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Amorim evita tema do gás em visita à Bolívia

Chanceler brasileiro destaca projetos de longo prazo com o vizinho em encontro no com o presidente boliviano

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

Embora a situação da Petrobras na Bolívia ainda não esteja resolvida, os impactos da nacionalização do setor petrolífero pelo presidente Evo Morales não deverão ser abordados pelo ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em visita ao país. O chanceler, que se reúne nesta segunda-feira (22/5) com Morales, afirma que o objetivo será o desenvolvimento de projetos de longo prazo.

Não está previsto, por exemplo, nenhum encontro com o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, um dos mais fortes defensores das medidas anunciadas em 1º de maio e que criaram uma forte tensão entre o Brasil e a Bolívia. "Mas, obviamente, se alguém tocar no assunto, eu vou escutar", afirmou Amorim ao jornal boliviano La Razon. De acordo com o embaixador brasileiro no país, Antonio Mena Gonçalves, o tema energético está a cargo da diretoria da Petrobras e do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. "Há comissões técnicas trabalhando no assunto", disse à publicação.

Migração, projetos de apoio mútuo e temas comerciais serão os focos da comitiva brasileira, que desembarcou neste domingo (21/5) em La Paz. De acordo com a Radiobras, agência oficial de notícias do Brasil, o único tema quente do encontro será a ameaça de Morales de retomar terras de produtores brasileiros de soja, instalados na fronteiro do país. "Os brasileiros querem segurança jurídica para continuar investindo, não pode ter surpresas", disse Amorim.

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