Economia

Alta dos juros abre caminho para um 2003 mais tranquilo

A esperada ata do Copom deve dar ao mercado a explicação para o aumento dos 3 pontos percentuais na taxa Selic neste mês de dezembro. Ao longo de 1995-1998, a taxa real de juros média deflacionada pelo IPCA foi de 20,7%, atingindo patamares recordes de 28% durante as crises externas que produziram ataques especulativos ao […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

A esperada ata do Copom deve dar ao mercado a explicação para o aumento dos 3 pontos percentuais na taxa Selic neste mês de dezembro. Ao longo de 1995-1998, a taxa real de juros média deflacionada pelo IPCA foi de 20,7%, atingindo patamares recordes de 28% durante as crises externas que produziram ataques especulativos ao real. Já entre 1999-2001, a taxa real de juros média foi de 15,1%. Em 2002, segundo estimativas feitas pelo BBV com base nos estudos do Banco Central, a taxa real de juros deve fechar em 7%, descontado o IPCA acumulado nos 12 meses.

Na avaliação do BBV Banco, esses números sugerem que o Banco Central aplicasse um choque de alta nos juros, para não comprometer a política monetária, já que há um "maior risco associado ao cenário inflacionário em 2003".

"A elevação mais significativa dos juros seria o primeiro passo para reverter o desgaste do regime de metas. Além disso, o caminho mais curto para a redução das taxas de juros em 2003 é o seu aumento expressivo neste momento, quando as expectativas negativas estão se formando", avaliam os economista Octavio de Barros, Zeina Latif e Luis Afonso Lima, no estudo "Política monetária, o foco das atenções", do BBV Banco.

Contas do governo

O Banco Central elevou sua previsão para o PIB deste ano, com base nas expectativas de mercado e um fôlego extra no último trimestre, de 1,32% para 1,40% para 2002 e manteve-se em 2,00% para 2003.

Já para o superávit da balança comercial, a previsão manteve-se em US$ 12,50 bilhões para 2002 e reduziu-se de US$ 15,60 bilhões para US$ 15,20 bilhões para 2003.

As expectativas para o déficit em conta corrente reduziram-se de US$9,10 bilhões para US$8,90 bilhões para 2002 e mantiveram-se em US$6,00 bilhões para 2003.

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