Combustíveis não devem pressionar muito o IPC-S (Jeff J Mitchell/Getty Images/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 14h48.
São Paulo - O impacto do aumento médio de 8,1% no preço da gasolina nas refinarias desde o último dia 6 ainda não está influenciando o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S).
Porém, está prestes a aparecer, conforme o coordenador do IPC-S da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti.
Contudo, ele acredita que a desaceleração no ritmo de alta no preço do etanol no varejo deve equilibrar o efeito de elevação da gasolina para o consumidor. "O aumento ainda pode ser ponderado pela demanda fraca", afirmou.
Na segunda quadrissemana, a gasolina teve variação negativa de 0,30%, praticamente a mesma apurada anteriormente, de -0,32% Já a taxa do etanol no IPC-S ficou positiva em 1,59%, na comparação com 2,56% na primeira leitura de dezembro.
"Os combustíveis não devem pressionar muito o IPC-S, nem por um lado nem de por outro. De alguma forma, a desaceleração na alta do etanol pode compensar o reajuste da gasolina", reforçou.
Bandeira Verde
A vigência da bandeira tarifária verde, sem custo para os consumidores, este mês, ajudou permitiu deflação de 0,48% para o grupo Habitação na segunda quadrissemana, segundo Picchetti.
Na primeira leitura foi de queda de 0,24%. O item tarifa de eletricidade residencial intensificou o ritmo de queda de 2,42% para 4,21%. Os sinais, conforme ele, são de novas retrações.