Economia

Alívio da dívida para países pobres pode ser estendido, diz G7

Ministros das Finanças das sete maiores economias do mundo pediram a todos os credores oficiais que se unam à iniciativa

Moedas internacionais: iniciativa de alívio da dívida atraiu solicitações de apenas metade dos países elegíveis até agora (Priscila Zambotto/Getty Images)

Moedas internacionais: iniciativa de alívio da dívida atraiu solicitações de apenas metade dos países elegíveis até agora (Priscila Zambotto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de junho de 2020 às 11h50.

Última atualização em 3 de junho de 2020 às 11h52.

Os ministros das Finanças do G7, grupo das economias mais avançadas no mundo, disseram nesta quarta-feira que estão comprometidos a implementar o programa de alívio da dívida bilateral para os países mais pobres do mundo até o final do ano e possivelmente por mais tempo conforme eles enfrentam a pandemia de coronavírus.

Em um longo comunicado conjunto, os ministros das Finanças do G7 pediram a todos os credores oficiais que se unam à iniciativa, pediram um relatório reforçado dos dados da dívida pública e disseram que todos os credores -- públicos e privados -- deveriam tomar decisões de empréstimo responsáveis, de acordo com as diretrizes de sustentabilidade da dívida.

Em uma aparente referência a práticas supostamente usadas pela China, um dos principais credores dos países de baixa renda, os ministros das economias mais avançadas do mundo também disseram que os credores devem divulgar totalmente os termos da dívida pública e limitar o uso de cláusulas de confidencialidade, inclusive para empresas estatais.

Houve alertas generalizados de que as economias de mercados emergentes e de baixa renda serão duramente atingidas pela pandemia, e precisarão de mais do que a estimativa inicial do Fundo Monetário Internacional de 2,5 trilhões de dólares para superar a crise.

Uma iniciativa de alívio da dívida oferecida pelo Grupo das 20 principais economias e pelo Clube de Paris de credores oficiais até o final de 2020 atraiu solicitações de apenas metade dos países elegíveis até agora, e a participação do setor privado tem sido interrompida.

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, alertou na semana passada que seria necessário "muito mais" alívio da dívida, pedindo a todos os credores comerciais que "participem em termos comparáveis e não explorem o alívio da dívida de outros".

O comunicado do G7 destacou a importância do financiamento privado para o desenvolvimento sustentável e disse que espera acompanhamento dos credores privados após o lançamento de um plano na semana passada para sua participação no esforço de alívio da dívida pelo Instituto de Finanças Internacionais.

Os ministros do G7 disseram que abraçaram a liderança do IIF e pediram um rápido progresso na criação de um depósito para hospedar dados sobre empréstimos do setor privado a países de baixa renda.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse em comunicado separado que o grupo concordou em continuar se reunindo regularmente para discutir questões econômicas críticas, à medida que trabalha para restaurar suas respectivas economias.

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