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Alemanha aproveita saída dos EUA do acordo Transpacífico

"Se Trump começar uma guerra comercial com a Ásia e a América do Sul, isso abrirá oportunidades para nós", disse o vice-chanceler alemão

Trump: o presidente americano assinou um decreto que retira formalmente os EUA do TPP de 12 nações, cumprindo uma promessa de campanha (Kevin Lamarque/Reuters)
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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 18h08.

Berlim - A indústria alemã vai tirar proveito de todas as oportunidades de comércio na Ásia e na América do Sul deixadas pelos Estados Unidos, disse o vice-chanceler Sigmar Gabriel nesta segunda-feira, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, se retirou da Parceria Transpacífico (TPP).

Em uma entrevista ao jornal Handelsblatt a ser divulgada na terça-feira, ele disse: "Se Trump começar uma guerra comercial com a Ásia e a América do Sul, isso abrirá oportunidades para nós".

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"Trump precisa simplesmente reconhecer que a economia dos EUA muitas vezes não é competitiva, enquanto a (economia) alemã é", afirmou ele, criticando a ameaça de Trump de impor uma tarifa de 35 por cento sobre carros alemães importados do México.

Isso, segundo ele, seria contraproducente para os Estados Unidos.

Trump assinou um decreto que retira formalmente os EUA do TPP de 12 nações, cumprindo uma promessa de campanha. Ele chamou a mudança de "grande coisa para o trabalhador americano".

Gabriel --ministro da Economia e líder dos social-democratas de centro-esquerda (SPD), que deverá enfrentar a chanceler Angela Merkel nas eleições de setembro-- disse que a indústria alemã deve permanecer confiante diante das decisões de Trump.

Apenas 10 por cento das exportações alemãs vão para os Estados Unidos, disse Gabriel, enquanto 60 por cento vão para outros países da Europa.

"Você pode ver o peso de nossos interesses econômicos", disse Gabriel. "A Alemanha deve agir com autoconfiança e não ser temerosa ou servil."

"Somos uma nação exportadora altamente bem-sucedida, tecnologicamente avançada, com muitas pessoas trabalhadoras e empresas inteligentes."

 

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