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Alckmin escolhe para Fazenda paulista nome ligado a Levy

O economista Renato Villela foi escolhido como secretário da Fazenda em São Paulo no novo mandato do tucano

Alckmin: com a troca, Alckmin terá num posto estratégico um nome com boa relação com o governo federal (Wilson Dias/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 09h21.

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anuncia nesta sexta-feira, 12, o economista Renato Villela como secretário da Fazenda em São Paulo no novo mandato do tucano.

Ele substituirá Andrea Calabi, no comando da pasta desde 2011. Com a troca, Alckmin terá num posto estratégico um nome com boa relação com o governo federal.

Villela foi adjunto do futuro ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff, Joaquim Levy , quando ele era secretário da Fazenda da gestão de Sérgio Cabral (PMDB), no Rio. Em 2010, com a saída de Levy, Villela assumiu a pasta. A decisão foi tomada ontem.

Formado pela PUC-Rio, o economista foi diretor adjunto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), secretário adjunto do Tesouro Nacional e subsecretário de Fazenda da prefeitura do Rio na gestão de Cesar Maia (DEM).

A avaliação interna é que Calabi, que já havia anunciado que deixaria o cargo, tinha perfil "muito teórico", apresentava "poucos resultados" e não tinha boa relação com a Secretaria de Planejamento.

Villela assumirá o comando da Fazenda em um ano cujo orçamento será "apertado", segundo as próprias previsões do governo estadual.

Em setembro, ao encaminhar a peça orçamentária de 2015 para a Assembleia Legislativa de São Paulo, Calabi avaliou que o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) refletiria nas contas do governo.

"Se você pensar com relação ao orçamento, isso é um aperto. Porque o orçamento foi elaborado com previsão de 2,5% de crescimento real do PIB e 5,5% de inflação. Nós vamos acabar com 5,5% de crescimento nominal, portanto 2,5% abaixo da projeção que tínhamos nessa época no ano passado", disse Calabi na época.

Além de Villela, Alckmin definiu e já anunciou nesta quinta-feira, 11, que o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, substituirá Mauro Arce na Secretaria de Recursos Hídricos.

O governador pretende trazer nomes de prestígio ao novo mandato para cacifar uma eventual candidatura à Presidência em 2018. A ideia, segundo integrantes do Palácio dos Bandeirantes, é dar à nova equipe "status de ministério".

CPTM

As mudanças não vão se restringir às secretarias. O governador disse nesta semana que pretende realizar alterações nos comandos das estatais. O tucano já sinalizou que vai trocar o atual presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira.

Na semana passada, Bandeira foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga o cartel no setor metroferroviário que atuou em São Paulo entre 1998 e 2008, nas gestões tucanas de Mário Covas, José Serra e Alckmin.

Aliados do governador informaram que ele pretende fazer as todas as alterações até o final do mês. Segundo eles, Alckmin também estuda fundir algumas secretarias para agilizar a gestão e também conter gastos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anuncia nesta sexta-feira, 12, o economista Renato Villela como secretário da Fazenda em São Paulo no novo mandato do tucano.

Ele substituirá Andrea Calabi, no comando da pasta desde 2011. Com a troca, Alckmin terá num posto estratégico um nome com boa relação com o governo federal.

Villela foi adjunto do futuro ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff, Joaquim Levy , quando ele era secretário da Fazenda da gestão de Sérgio Cabral (PMDB), no Rio. Em 2010, com a saída de Levy, Villela assumiu a pasta. A decisão foi tomada ontem.

Formado pela PUC-Rio, o economista foi diretor adjunto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), secretário adjunto do Tesouro Nacional e subsecretário de Fazenda da prefeitura do Rio na gestão de Cesar Maia (DEM).

A avaliação interna é que Calabi, que já havia anunciado que deixaria o cargo, tinha perfil "muito teórico", apresentava "poucos resultados" e não tinha boa relação com a Secretaria de Planejamento.

Villela assumirá o comando da Fazenda em um ano cujo orçamento será "apertado", segundo as próprias previsões do governo estadual.

Em setembro, ao encaminhar a peça orçamentária de 2015 para a Assembleia Legislativa de São Paulo, Calabi avaliou que o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) refletiria nas contas do governo.

"Se você pensar com relação ao orçamento, isso é um aperto. Porque o orçamento foi elaborado com previsão de 2,5% de crescimento real do PIB e 5,5% de inflação. Nós vamos acabar com 5,5% de crescimento nominal, portanto 2,5% abaixo da projeção que tínhamos nessa época no ano passado", disse Calabi na época.

Além de Villela, Alckmin definiu e já anunciou nesta quinta-feira, 11, que o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, substituirá Mauro Arce na Secretaria de Recursos Hídricos.

O governador pretende trazer nomes de prestígio ao novo mandato para cacifar uma eventual candidatura à Presidência em 2018. A ideia, segundo integrantes do Palácio dos Bandeirantes, é dar à nova equipe "status de ministério".

CPTM

As mudanças não vão se restringir às secretarias. O governador disse nesta semana que pretende realizar alterações nos comandos das estatais. O tucano já sinalizou que vai trocar o atual presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira.

Na semana passada, Bandeira foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga o cartel no setor metroferroviário que atuou em São Paulo entre 1998 e 2008, nas gestões tucanas de Mário Covas, José Serra e Alckmin.

Aliados do governador informaram que ele pretende fazer as todas as alterações até o final do mês. Segundo eles, Alckmin também estuda fundir algumas secretarias para agilizar a gestão e também conter gastos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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