Economia

Alckmin defende rigor fiscal para atrair investimentos ao país

O tucano defendeu uma política econômica baseada, além do rigor fiscal, em juros baixos e "câmbio livre, mas câmbio competitivo"

Alckmin: "Com um quadro fiscal melhor, é evidente que tem muito mais atração de investimentos" (Misha Friedman/Bloomberg)

Alckmin: "Com um quadro fiscal melhor, é evidente que tem muito mais atração de investimentos" (Misha Friedman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 13 de março de 2018 às 21h47.

São Paulo - O governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, defendeu nesta terça-feira rigor fiscal para atrair mais investimentos ao Brasil e classificou como "preocupante" a sequência de três anos de déficit primário nas contas públicas do país.

"Há uma questão fiscal não resolvida ainda. Nós temos já pelo terceiro ano seguido um déficit primário, o que é preocupante, mas é possível sim equacioná-lo", disse Alckmin em entrevista coletiva antes da versão latino-americana do Fórum Econômico Mundial, que acontecerá nesta semana na capital paulista.

"Com um quadro fiscal melhor, é evidente que tem muito mais atração de investimentos. Outra é segurança jurídica."

O tucano defendeu uma política econômica baseada, além do rigor fiscal, em juros baixos e "câmbio livre, mas câmbio competitivo".

Alckmin evitou criticar diretamente a imposição de sobretaxa às importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos, mas declarou-se um defensor do livre-comércio e de uma ampliação de acordos comerciais do Mercosul com outros parceiros.

"Essa (tarifa dos EUA sobre aço e alumínio) é uma questão do governo brasileiro, que certamente vai recorrer para excluir o aço brasileiro dessa sobretaxa", disse o pré-candidato do PSDB.

"Nós defendemos uma abertura comercial. Para isso, uma boa agenda de competitividade. E entendemos que o Mercosul --está muito bem a negociação com a União Europeia-- deve também se aproximar dos países do Pacífico, dos países andinos. Acho que nós temos que ampliar as possibilidades de acordos comerciais", afirmou.

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