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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.
As atividades agropecuárias e de extração mineral foram as principais alavancas da renda per capita entre 2001 e 2002, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isto porque o crescimento desses setores ajudou a elevar o Produto Interno Bruto (PIB) dos estados onde essas atividades têm maior participação. Em 2002, o PIB da agropecuária aumentou 7% sobre o ano anterior. Já a extração mineral avançou 11,7%, puxada sobretudo pela exploração de petróleo.
No Rio de Janeiro, que responde por 82,5% da extração de petróleo do país, o PIB do setor petrolífero cresceu 15% em 2002. Com isso, a renda per capita passou de 10 092 reais, em 2001, para 11 459 reais (valores deflacionados). O desempenho foi suficiente para elevar o estado da terceira para a segunda colocação no ranking das unidades federativas de maior renda per capita. Em contrapartida, São Paulo, que ocupava o segundo lugar, caiu para terceiro, mesmo com sua renda per capita evoluindo de 10 547 reais para 11 353 reais.
O Espírito Santo também beneficiou-se da renda gerada pelo petróleo. Nesse estado, as atividades petrolíferas cresceram 21% em 2002. Essa evolução foi o principal fator para elevar o PIB per capita capixaba de 7 078 reais para 7 631 reais. Apesar do incremento de renda, o estado permaneceu na oitava posição entre 2001 e 2002.
Agropecuária
O Mato Grosso foi o estado com maior taxa de crescimento do PIB em 2002: 9,5% sobre o ano anterior. Segundo o IBGE, a expansão de 23% da lavoura de soja foi o principal impulsionador da economia matogrossense. Outras culturas também contribuíram, como o milho, que avançou 12%, cana-de-açúcar (16%) e café (6%). Devido à agropecuária, a renda per capita do estado subiu de 5 585 reais para 6 773 reais. O estado manteve-se em 12º lugar entre os maiores PIBs per capita do país.
Outros estados que também foram beneficiados pela expansão das atividades do campo foram Goiás, onde o setor cresceu 33%, e o Paraná (11%). Em valores, os goianos obtiveram 5 921 reais per capita em 2002, contra 4 840 reais no ano anterior. Já os paranaenses passaram de 7 457 reais para 8 241 reais (veja a tabela abaixo).
Evolução da renda per capita do Brasil | |||||
Renda per capita 2001 | Renda per capita 2002 | ||||
Estado | R$ | Posição | Estado | R$ | Posição |
Distrito Federal | 15 517 | 1º | Distrito Federal | 16 361 | 1º |
São Paulo | 10 547 | 2º | Rio de Janeiro | 11 459 | 2º |
Rio de Janeiro | 10 092 | 3º | São Paulo | 11 353 | 3º |
Rio Grande do Sul | 9 071 | 4º | Rio Grande do Sul | 9 958 | 4º |
Santa Catarina | 8 462 | 5º | Santa Catarina | 9 272 | 5º |
Paraná | 7 457 | 6º | Amazonas | 8 374 | 6º |
Amazonas | 7 125 | 7º | Paraná | 8 241 | 7º |
Espírito Santo | 7 078 | 8º | Espírito Santo | 7 631 | 8º |
BRASIL | 6 896 | 9º | BRASIL | 7 631 | 9º |
Mato Grosso do Sul | 6 448 | 10º | Mato Grosso do Sul | 7 092 | 10º |
Minas Gerais | 6 215 | 11º | Minas Gerais | 6 775 | 11º |
Mato Grosso | 5 585 | 12º | Mato Grosso | 6 773 | 12º |
Goiás | 4 840 | 13º | Goiás | 5 921 | 13º |
Amapá | 4 628 | 14º | Amapá | 5 233 | 14º |
Sergipe | 4 469 | 15º | Sergipe | 5 082 | 15º |
Rondônia | 4 123 | 16º | Rondônia | 4 843 | 16º |
Pernambuco | 3 938 | 17º | Bahia | 4 629 | 17º |
Bahia | 3 934 | 18º | Pernambuco | 4 482 | 18º |
Roraima | 3 528 | 19º | Roraima | 4 162 | 19º |
Rio Grande do Norte | 3 463 | 20º | Rio Grande do Norte | 4 039 | 20º |
Pará | 3 383 | 21º | Pará | 3 887 | 21º |
Acre | 3 347 | 22º | Acre | 3 833 | 22º |
Paraíba | 2 946 | 23º | Paraíba | 3 311 | 23º |
Ceará | 2 833 | 24º | Ceará | 3 129 | 24º |
Alagoas | 2 631 | 25º | Alagoas | 3 012 | 25º |
Tocantins | 2 591 | 26º | Tocantins | 2 931 | 26º |
Piauí | 1 930 | 27º | Piauí | 2 113 | 27º |
Maranhão | 1 782 | 28º | Maranhão | 1 949 | 28º |
Fonte: IBGE |