Abiplast critica antidumping na compra de polipropileno
Entidade destaca que os preços no Brasil já são aproximadamente 35% maiores do que os internacionais
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 19h24.
São Paulo - A decisão do governo federal de aplicar direito antidumping provisório à importação de polipropileno (PP) oriundo da África do Sul, Coreia e Índia foi duramente criticada pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Em nota, a entidade que representa os transformadores usuários de PP como matéria-prima, destaca que os preços no Brasil já são aproximadamente 35% maiores do que os internacionais.
"O antidumping, instrumento legítimo de defesa comercial, tem sua função desviada e acaba sendo utilizado apenas para restringir a concorrência internacional da indústria fornecedora de matérias-primas e garantir que seus preços se mantenham acima do internacional", destacou a Abiplast, após relembrar que o processo de consolidação da indústria petroquímica brasileira resultou na criação de uma única fornecedora nacional, a Braskem.
Para a entidade, a adoção de um novo direito antidumping à importação de resinas é "mais um capítulo na história de proteção ao monopólio da petroquímica em detrimento à cadeia produtiva do setor plástico ". A Abiplast lembra ainda que o Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ao analisar o processo de consolidação do setor, ressaltou a importância da manutenção de condições de acesso ao mercado internacional.
Na nota, a Abiplast lembra também a existência de um antidumping contra a importação de PVC, que já dura mais de 20 anos, e de um direito antidumping de 10,66% sobre as importações de polipropileno dos Estados Unidos. "Resultado disso é a indústria de transformados plásticos convivendo com preços de matérias-primas cada vez mais altos frente ao internacional e com menos alternativas competitivas para compra dessas resinas", destacou a entidade, que vê seus associados sofrerem com a dificuldade de repassar o aumento dos preços aos clientes na mesma velocidade com que a Braskem ajusta suas cotações aos valores praticados internacionalmente.
Em 2013, lembra a Abiplast, os preços de polipropileno aumentaram 17%, contra uma alta de 5,04% nos valores praticados pela indústria de transformação e de 4,79% entre os produtos transformados plásticos. As variações são baseadas no índice de preços ao produtor divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São Paulo - A decisão do governo federal de aplicar direito antidumping provisório à importação de polipropileno (PP) oriundo da África do Sul, Coreia e Índia foi duramente criticada pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Em nota, a entidade que representa os transformadores usuários de PP como matéria-prima, destaca que os preços no Brasil já são aproximadamente 35% maiores do que os internacionais.
"O antidumping, instrumento legítimo de defesa comercial, tem sua função desviada e acaba sendo utilizado apenas para restringir a concorrência internacional da indústria fornecedora de matérias-primas e garantir que seus preços se mantenham acima do internacional", destacou a Abiplast, após relembrar que o processo de consolidação da indústria petroquímica brasileira resultou na criação de uma única fornecedora nacional, a Braskem.
Para a entidade, a adoção de um novo direito antidumping à importação de resinas é "mais um capítulo na história de proteção ao monopólio da petroquímica em detrimento à cadeia produtiva do setor plástico ". A Abiplast lembra ainda que o Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ao analisar o processo de consolidação do setor, ressaltou a importância da manutenção de condições de acesso ao mercado internacional.
Na nota, a Abiplast lembra também a existência de um antidumping contra a importação de PVC, que já dura mais de 20 anos, e de um direito antidumping de 10,66% sobre as importações de polipropileno dos Estados Unidos. "Resultado disso é a indústria de transformados plásticos convivendo com preços de matérias-primas cada vez mais altos frente ao internacional e com menos alternativas competitivas para compra dessas resinas", destacou a entidade, que vê seus associados sofrerem com a dificuldade de repassar o aumento dos preços aos clientes na mesma velocidade com que a Braskem ajusta suas cotações aos valores praticados internacionalmente.
Em 2013, lembra a Abiplast, os preços de polipropileno aumentaram 17%, contra uma alta de 5,04% nos valores praticados pela indústria de transformação e de 4,79% entre os produtos transformados plásticos. As variações são baseadas no índice de preços ao produtor divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).