Economia

5 mil empregos financeiros no Reino Unido podem migrar após Brexit

Uma pesquisa da Reuters com 119 empresas apontou que Paris superou Frankfurt como destino mais popular para os novos cargos

BREXIT: britânicos permanecem em incerteza mesmo com processo de saída com data marcada  (Richard Baker/Getty Images)

BREXIT: britânicos permanecem em incerteza mesmo com processo de saída com data marcada (Richard Baker/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de março de 2018 às 20h39.

Londres - O número de empregos financeiros a serem transferidos do Reino Unido ou criados no exterior em março de 2019 devido ao Brexit caiu pela metade em comparação a seis meses atrás, a 5 mil cargos, disseram à Reuters empresas que empregam a maior parte dos trabalhadores em finanças internacionais do Reino Unido.

Uma pesquisa da Reuters com 119 empresas, seguindo uma pesquisa anterior de setembro de 2017, apontou que Paris superou Frankfurt como destino mais popular para os novos cargos.

Alguns bancos reduziram as estimativas de empregos que precisam ser transferidos, à medida que consideram mais cuidadosamente quanto de suas operações de fato vão precisar na União Europeia se o Reino Unido perder o acesso ao mercado único do bloco, segundo a pesquisa.

Um tom mais conciliatório em relação aos setores financeiros do governo da primeira-ministra britânica Theresa May e o progresso nas negociações com a UE também surtiram efeito.

As descobertas sugerem que Londres ficará confortavelmente no maior centro financeiro da Europa, pelo menos no curto prazo estimulando os apoiadores da saída da UE, que dizem que a ameaça de perda de empregos em uma das maiores indústrias do Reino Unido foi exagerada.

Executivos e políticos previam um saída em massa de empregos financeiros de Londres para centros rivais na Europa continental, depois que Reino Unido votou para a saída da UE no verão de 2016.

O Reino Unido e a UE concordaram em 19 de março com um período de transição de 21 meses para dar tempo para conversas sobre futuros laços comerciais. O acordo alivia as preocupações com um Brexit difícil, mas ainda deve ser aprovado pelo parlamento em uma votação prevista para o final deste ano.

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