Conheça pessoas com contrato CLT e que também gerem o próprio negócio
Modelo de franquia acaba sendo um dos principais caminhos para quem quer empreender com suporte, mas dupla jornada requer organização
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(Banco Pan/Divulgação)
Publicado em 1 de julho de 2022, 09h00.
O Brasil saiu da 13ª para a 7ª posição no ranking global de empreendedorismo em 2021, segundo pesquisa recente divulgada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Segundo o levantamento, existem, no país, 14 milhões de empreendedores estabelecidos, que são aqueles com três anos e meio ou mais de operação.
Somando os empreendedores nascentes, que têm negócios com até três meses de vida, e os “novos”, com empresas entre três meses e três anos e meio, o Brasil soma 43 milhões de empreendedores.
O perfil dos empreendedores
Entre os novatos, 54,4% são homens, 57% ganham menos de três salários mínimos, 62% têm entre 25 e 44 anos e 47% têm ensino médio completo.
Parte desses donos de negócios não espera perder o emprego para empreender. Por isso, escolheu abrir a própria empresa enquanto segue trabalhando como CLT. A ideia é quase sempre fazer uma transição mais gradual.
Franquias baratas e lucrativas
Há seis anos trabalhando em regime CLT como analista de sistemas de uma empresa do ramo automotivo, Everton Silva Moreira, de 36 anos, decidiu investir R$ 50 mil e tirar o sonho de empreender do papel.
Recentemente, ele abriu uma unidade da franquia Sofá Novo de Novo em Carapicuíba, na Grande São Paulo. “Optei pela liberdade em aumentar meus rendimentos e fazer meu próprio salário”, diz Moreira.
A escolha pelo modelo de franquia se deu também pelo suporte oferecido pela franqueadora. “Como franqueado não preciso passar por muitas dificuldades ou outras situações para aprender, pois a franqueadora já nos auxilia nessa jornada.”
O maior desafio, hoje, diz ele, é conciliar a dupla jornada: de funcionário e empreendedor. Um técnico o auxilia na prestação dos serviços e a esposa apoia no atendimento ao cliente. Moreira fica de olho nas métricas. É preciso acompanhar os números de perto e de forma constante, ele diz, senão o negócio estaciona.
Além do incremento financeiro, o negócio próprio oferece a ele a liberdade para tomada de decisões, mesmo tendo que seguir o direcionamento da franquia. “Sempre tive vontade de ter o próprio negócio”, comenta. “Para construir a liberdade de poder ditar as próprias regras, fazer do jeito certo para dar certo, com mais autonomia na rotina e nas decisões.”

Limpeza com Zelo: empresa tem franqueados no Brasil e em Portugal (Limpeza com Zelo/Divulgação)
Empreender na aposentadoria
Assim como Moreira, Claudio Silva, de 58 anos, também abriu uma franquia em paralelo ao emprego como funcionário. Prestes a se aposentar, o economista, que trabalha na mesma empresa com contrato CLT há 36 anos, resolveu colocar em prática um antigo sonho: empreender. “Realizar uma atividade após a aposentadoria é algo desafiador e estimulante”, diz.
Silva optou pela franquia Limpeza com Zelo – a unidade foi inaugurada no começo deste ano. Ele diz ter percebido no período pós-pandemia um momento adequado para esse passo.
“Após períodos de recessão, o ciclo econômico tende a se fortalecer e novas oportunidades são criadas”, afirma. “Dessa forma, apesar de todas as dificuldades, o país está se reerguendo e os empreendedores vão crescer junto. Acredito no meu trabalho e na construção de uma empresa sólida no futuro.”
A conciliação entre o trabalho em tempo integral e o empreendedorismo só é possível porque Silva tem um sócio na franquia, com quem distribui as atividades. “Sempre fui uma pessoa organizada em minha vida. Esse ponto positivo me ajuda muito nas atividades do dia a dia”, conclui.
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