Ciência

Tecnologia para controlar diabetes substitui picada no dedo por saliva

No método criado por pesquisadores australianos, o teste de glicose é sem dor. A inovação também é avaliada para a detecção de covid-19

O controle dos níveis de açúcar no sangue de diabéticos pode ser dificultado por testes dolorosos (Harry Langer/DeFodi Images/Getty Images)

O controle dos níveis de açúcar no sangue de diabéticos pode ser dificultado por testes dolorosos (Harry Langer/DeFodi Images/Getty Images)

Para os que olham de longe, a picada na ponta no dedo para medir a glicose de quem tem diabetes parece inofensiva. No entanto, é preciso considerar que ela não ocorre só uma vez. Ao final do dia, trata-se de um procedimento incômodo. E o receio de sentir dor pode diminuir o número de medições e prejudicar o controle da doença. 

O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor 

Neste sentido, mirando em mais conforto no tratamento de diabéticos, cientistas australianos criaram um teste que verifica os níveis de glicose pela saliva, eliminando as agulhadas do caminho.

A inovação foi uma descoberta coordenada pelo professor de física Paul Dastoor, da Universidade de Newcastle, na Austrália. Trata-se de um dispositivo bastante simples, que se vale da incorporação de uma enzima em um transistor sensível à glicose, numa tira de material eletrônico impresso com tinta.  

Com tamanha simplicidade, a tecnologia poderia ser transferida para testes de covid-19 ou testes de alérgenos, hormônios e câncer. Bastaria substituir a enzima reagente no transistor.

“Acredito que vai mudar radicalmente a maneira como pensamos sobre os dispositivos médicos e, em particular, os sensores, porque podemos imprimi-los a um custo incrivelmente baixo”, disse Dastoor em comunicado.

  • Quer saber tudo sobre o desenvolvimento e eficácia de vacinas contra a covid-19? Assine a EXAME e fique por dentro.
Acompanhe tudo sobre:DiabetesGadgetsPesquisa

Mais de Ciência

Cientistas constatam 'tempo negativo' em experimentos quânticos

Missões para a Lua, Marte e Mercúrio: veja destaques na exploração espacial em 2024

Cientistas revelam o mapa mais detalhado já feito do fundo do mar; veja a imagem

Superexplosões solares podem ocorrer a cada século – e a próxima pode ser devastadora