Ciência

Próxima pandemia pode ser mais grave, diz criadora da vacina AstraZeneca

O discurso é parte da Conferência Richard Dimbleby, que conta todos anos com discursos de personalidades do mundo das ciências, artes e empresarial. 

Pandemia: Esta professora da Universidade de Oxford pedirá que os avanços científicos conquistados na luta contra o coronavírus não sejam "perdidos" por falta financiamento (Krit of Studio OMG/Getty Images)

Pandemia: Esta professora da Universidade de Oxford pedirá que os avanços científicos conquistados na luta contra o coronavírus não sejam "perdidos" por falta financiamento (Krit of Studio OMG/Getty Images)

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AFP

Publicado em 6 de dezembro de 2021 às 11h45.

Última atualização em 8 de dezembro de 2021 às 17h41.

Uma futura nova pandemia ameaça ser "pior" que a atual, advertiu nesta segunda-feira (6) a cientista britânica Sarah Gilbert, uma das criadoras da vacina contra a covid-19 Oxford/AstraZeneca, que pediu mais investimentos em pesquisas para que o planeta esteja melhor preparados para a possibilidade.

"Esta não será a última vez que o vírus ameaçará nossas vidas e meios de subsistência. A verdade é que o próximo pode ser pior. Pode ser mais contagioso, ou mais mortal, ou as duas coisas", afirmou Gilbert de acordo com trechos de um discurso que será exibido nesta segunda-feira à noite pela BBC.

O discurso é parte da Conferência Richard Dimbleby, que conta todos anos com discursos de personalidades do mundo das ciências, artes e empresarial.

Esta professora da Universidade de Oxford, que ajudou a criar uma vacina contra o covid-19 que atualmente é aplicada em mais de 170 países, pedirá que os avanços científicos conquistados na luta contra o coronavírus não sejam "perdidos" por falta financiamento.

"Não podemos permitir uma situação na qual, depois de passar por tudo que passamos, descubramos que as enormes perdas econômicas que sofremos significam que ainda não há fundos para a preparação a uma pandemia", ela deve afirmar.

Gilbert também falará sobre a variante ômicron, contra a qual o Reino Unido intensificou a campanha de vacinação e retomou a obrigatoriedade do uso de máscaras nos transportes públicos e no comércio.

Ela explicará que a variante "contém mutações já conhecidas que aumentam a transmissibilidade do vírus" e que "os anticorpos induzidos pelas vacinas, ou pela infecção com outras variantes, podem ser menos eficazes para prevenir o contágio com a ômicron".

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"Até que saibamos mais, nós devemos ser prudentes e adotar medidas para frear a propagação desta nova  variante", recomenda.

Para frear a propagação, o governo britânico anunciou no fim de semana que os viajantes com destino ao Reino Unido terão que apresentar um teste negativo para covid-19 antes de embarcar.

Também devem ser submetidos a um teste de PCR nos dois dias seguintes à chegada, com isolamento até a divulgação do resultado.

O Reino Unido, um dos países mais afetados da Europa pela covid-19, com mais de 145.500 mortes desde o início da pandemia, anunciou no domingo que tem 246 casos confirmados da variante ômicron, contra 160 no sábado.

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