(NASA/Thinkstock)
Vanessa Barbosa
Publicado em 28 de maio de 2018 às 12h03.
Última atualização em 28 de maio de 2018 às 12h10.
São Paulo - Um novo estudo liderado pela Nasa mostra que a mudança climática provavelmente intensificará os chamados rios voadores, “cursos de água atmosféricos” formados por massas de ar carregadas de vapor de água, na maior parte do globo até o final deste século, ao mesmo tempo que reduzirá “ligeiramente” seu número.
Publicado na revista Geophysical Research Letters, o estudo projeta que, mantido o ritmo atual de emissões de gases efeito estufa, haverá cerca de 10% menos rios atmosféricos globalmente até o final do século 21.
Por outro lado, eles serão em média 25% mais largos e mais longos, e o mais preocupante: as condições atmosféricas associadas aos rios voadores, como fortes chuvas e ventos, aumentarão em cerca de 50%.
O estudo também alerta para o aumento da frequência de tempestades atmosféricas mais intensas, que deve duplicar.
Em geral, os rios voadores têm de 400 a 600 quilômetros de largura e transportam tanta água (na forma de vapor de água) quanto cerca de 25 rios do americano Mississippi.
Quando um rio atmosférico se precipita contra o terreno montanhoso (como a Sierra Nevada e os Andes), libera muito daquele vapor de água na forma de chuva ou neve.
Em muitas áreas da Terra, eles trazem uma contribuição importante para o abastecimento anual de água doce. No entanto, rios atmosféricos mais fortes podem causar enchentes severas, gerando prejuízos à região afetada.