Médicos temem quebra de sigilo com prontuário eletrônico
Entidades temem que os dados dos pacientes sejam acessados de forma ilegal ou até mesmo comercializados
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2013 às 08h55.
São Paulo - Entidades médicas de São Paulo receberam positivamente a adoção de um prontuário eletrônico unificado, mas temem que os dados dos pacientes sejam acessados de forma ilegal ou até mesmo comercializados.
"Precisamos tomar cuidado sobre quais pessoas têm acesso a essas informações. Se os dados chegarem a um convênio de saúde ou a um seguro de vida, por exemplo, não se pode excluir esse paciente porque já se sabe que doenças ele tem e se é ou não rentável assegurá-lo", afirma Renato Françoso Filho, do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e diretor de Comunicação da Associação Paulista de Medicina (APM).
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Cid Carvalhaes, é importante que o sistema registre quem teve acesso às informações e que o paciente possa acompanhar o prontuário. O próprio sistema tem de identificar e gravar quem acessou os dados, garantindo um controle de quem deve ler esse material.
Os dois ressaltam que o projeto só será eficaz se a tecnologia adotada pelo governo conseguir gerenciar com agilidade as informações registradas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.