Grupo de executivos adverte sobre riscos de 'robôs assassinos'
Cerca de 100 executivos de alto escalão, entre eles o milionário Elon Musk, escreveram uma carta aberta às Nações Unidas para advertir sobre este perigo
AFP
Publicado em 20 de agosto de 2017 às 17h57.
Cerca de 100 executivos de alto escalão de empresas de robótica ou especializadas em inteligência artificial, entre eles o milionário Elon Musk , escreveram uma carta aberta às Nações Unidas para advertir sobre os perigos das armas autônomas, chamadas de "robôs assassinos".
As "armas ofensivas [destinadas a matar] autônomas [...] provocarão conflitos armados em uma escala jamais vista antes e a velocidades difíceis de conceber pelos humanos", diz essa carta aberta à Convenção sobre Armas das Nações Unidas.
Entre os signatários destacam-se Elon Musk, presidente da Tesla, fabricante de veículos elétricos e parcialmente autônomos, e da companhia espacial SpaceX, e Mustafa Suleyman, da empresa britânica DeepMind, de propriedade da Google e especializada em inteligência artificial.
"Como empresas que aprimoram as tecnologias de inteligência artificial e de robótica, que podem ser desviadas para desenvolver armas autônomas, nos sentimos particularmente responsáveis por dar o sinal de alarme", afirmam na carta.
"Podem ser máquinas aterrorizantes, armas que ditadores e terroristas utilizam contra populações inocentes, e armas pirateadas com fins funestos", acrescentam os firmantes nesta mensagem divulgada pelo Future of Life Institute, organização sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos que se dedica a advertir sobre possíveis estragos das tecnologias.