Ciência

Cientistas chineses testam possível anticorpo universal contra HIV

Anticorpo é "universalmente eficaz" contra cepas de HIV-1 geneticamente divergentes nas quais foi testado e promove eliminação das células infectadas

HIV: estima-se que 36,9 milhões de pessoas vivem atualmente com o vírus (CHIARI_VFX/Thinkstock)

HIV: estima-se que 36,9 milhões de pessoas vivem atualmente com o vírus (CHIARI_VFX/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 15 de junho de 2018 às 20h21.

Última atualização em 15 de junho de 2018 às 20h58.

Madri - Uma equipe de pesquisadores chineses criou um anticorpo universal para a prevenção e imunoterapia contra um dos dois tipos de vírus do HIV, que foi testado somente em ratos, segundo um artigo publicado recentemente no "Journal of Clinical Investigation".

Cientistas Universidade de Hong Kong, liderados por Chen Zhiwei, usaram a engenharia em um conjunto de anticorpos biespecíficos neutralizadores (com capacidade de bloquear certas partes em vírus ou toxinas).

Assim descobriram que o novo anticorpo é "universalmente eficaz" contra todas as cepas de HIV-1 geneticamente divergentes nas quais foi testado e que além disso promove a eliminação de todas as células infectadas.

Todos os testes, segundo o relatório, foram realizados em um modelo de rato humanizado.

A Aids continua sendo uma doença incurável que matou 36 milhões de pessoas desde a sua descoberta, em 1981, e estima-se que 36,9 milhões de pessoas vivem atualmente com o vírus HIV, segundo dados de UNAIDS.

Para dar fim à pandemia, segundo a Universidade de Hong Kong, é importante descobrir uma vacina efetiva ou uma cura terapêutica, mas um dos desafios é a grande diversidade que o HIV-1 apresenta.

Já que é "muito difícil" desenvolver um imunógeno apropriado para obter anticorpos amplamente neutralizadores (bnAbs) contra todos os subtipos de HIV-1, desenvolver os já existentes como imunização passiva se torna um enfoque útil para a profilaxia e imunoterapia contra a doença, indicou a universidade.

A equipe de Chen criou um conjunto de anticorpos amplamente neutralizadores e genericamente codificado chamado "BilA-SG", que é capaz de se unir à proteína CD4 da célula e que, com isso, tende a "emboscar estratégicamente" ao vírus para proteger os linfócitos T CD4 positivo que protegem a célula.

Segundo o estudo, BilA-Sg mostra uma "potente atividade" contra os três conjuntos de 124 cepas de HIV-1 geneticamente divergentes. EFE

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