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Brasileiro de 17 anos conquista ouro na Olimpíada de Física

Caio Siqueira, natural de Ribeirão Preto (SP), foi ainda mais longe e atingiu a maior nota em participações do Brasil na história do evento

Por conta da pandemia de covid-19, a competição a ocorreu de forma remota (Redes sociais/Reprodução)
AG

Allan Gavioli

Publicado em 30 de julho de 2021 às 15h22.

Última atualização em 30 de julho de 2021 às 20h46.

Um jovem brasileiro de 17 anos trouxe mais um ouro olímpico para casa. E ele nem foi para Tóquio e muito menos faz parte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Trata-se da Olimpíada Internacional de Física (IPhO), considerada uma das competições científicas estudantis mais relevantes do mundo. Pela primeira vez na história, o Brasil consegue a premiação máxima entre os 380 competidores, estudantes de países como China , Coreia do Sul , Rússia e Estados Unidos .

O jovem Caio Siqueira, de 17 anos, natural de Ribeirão Preto (SP) foi ainda mais longe e atingiu a maior nota em participações do Brasil na história do evento, que é realizado há mais de 50 anos. Embora seja natural do interior paulista, Caio mora em Santo André e estuda no Colégio Objetivo, que já teve outros alunos premiados em Olimpíadas Científicas no passado.

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Antes de se consagrar com mais um ouro olímpico para o Brasil, Caio já havia levado o ouro na Olimpíada Internacional Júnior de Ciências enquanto ainda estava no primeiro ano do ensino médio, aos 15 anos.

Caio também venceu, em 2019, a Olimpíada Brasileira de Física (OBF), da Sociedade Brasileira de Física (SBF). Com a conquista, o jovem se qualificou para disputar, com cerca de 200 outros estudantes brasileiros, as cinco vagas para a competição internacional — já que cada país participante pode ser representado por até cinco estudantes.

As competições aconteceram entre os dias 17 e 24 de julho, de forma remota, por conta das restrições impostas pela pandemia de covid-19.

Durante os dias da competição, os participantes realizam uma prova teórica, com questões de física quântica, ótica e eletromagnetismo, e outra experimental, em que os competidores trabalharam com circuitos elétricos com capacitores.

Ronaldo Fogo, professor-orientador nos Cursos Especiais de Física do Objetivo, aproveitou a oportunidade para comparar Caio com o mais novo astro olímpico do surfe nacional.

"Na comunidade de olimpíadas científicas, ele foi nosso Ítalo Ferreira ", diz o professor.

Brasil também brilha em outras Olimpíadas

Para além dos Jogos de Tóquio, o Brasil vem conquistando um espaço importante nas Olimpíadas Científicas. Na IBO Challenge II, a versão online da tradicional Olimpíada Internacional de Biologia (IBO, na sigla em inglês), O Brasil conquistou duas medalhas de bronze e duas menções honrosas.

O feito conquistado pelos brasileiros da competição foi o melhor resultado entre todos os países da América Latina e o segundo melhor entre os ibero-americanos, atrás apenas da Espanha.

Os estudantes Érico de Carvalho Leitão Pimentel, do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo, e Lucas Batini Araújo, do Colégio Londrinense, de Londrina (PR), foram premiados com medalhas de bronze. Ambos cursam o segundo ano do ensino médio.

Os outros dois representantes do Brasil, João Pedro Moritz de Carvalho, do Colégio Dante Alighieri, e Matheus Henrique Sicupira Lima, da Escola Técnica Estadual (Etec), ambos de São Paulo, receberam menção honrosa.

Participaram do desafio internacional 304 estudantes de 76 países, que realizaram provas teóricas e teórico-práticas sobre biologia celular, molecular, fisiologia animal, entre outros temas.

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