Remédios em teste vão além da hidroxicloroquina. Veja quais
Estudos mostram que cada vez mais remédios estão sendo utilizados no combate à covid-19. Nenhuma medicação foi aprovada e a automedicação não é recomendada
Rodrigo Loureiro
Publicado em 20 de março de 2020 às 15h38.
Última atualização em 20 de março de 2020 às 17h54.
Conhecida pelo nome comercial Reuquinol e utilizada contra a malária, a hidroxicloroquina ganhou destaque no mundo nos últimos dias pela efetividade dos seus primeiros testes no tratamento do novo coronavírus . Estudos recentes, porém, apontam outras medicações que também estão sendo pesquisadas para tratar pacientes que estão com a covid-19.
É importante ressaltar que todos os estudos são preliminares e não existe comprovação da eficácia de nenhum medicamento. A compra de remédios e a automedicação não são recomendadas, e podem contribuir para a falta desses remédios nas redes de farmácias, prejudicando doentes crônicos que dependem dos medicamentos.
De acordo com uma pesquisa publicada pelo JP Morgan, quatro remédios já foram liberados para o teste em pacientes que apresentam os sintomas da doença que já deixou mais de 11.000 mortos no mundo. A lista conta com fármacos antigripais e fortalecedores do sistema imunológico.
Veja quais remédios estão sendo utilizados no combate ao coronavírus:
- Kaletra: utilizado no tratamento da infecção por HIV, contém lopinavir e ritonavir e é utilizado para fortalecer o sistema imunológico do organismo
- Arbidol: antiviral à base de umifenovir, utilizado no tratamento da gripe comum, é um dos remédios mais populares da Rússia, onde foi desenvolvido
- Actemra: trata-se de um anticorpo monoclonal que bloqueia receptores de interleucina 6 e é um medicamento utilizado principalmente no tratamento de artrite reumatoide
- Fanipiravir: produzido no Japão sob o nome de Avigan, o fármaco já está sendo utilizado no país no tratamento contra a covid-19 ao impedir a multiplicação de células doentes no corpo
- Rintatolimod: conhecido pelo nome comercial Ampligen, é utilizado no tratamento da síndrome da fadiga crônica e está sendo utilizado em pacientes com coronavírus desde fevereiro
Vale lembrar que nenhum desses medicamentos pode ser classificado como uma vacina que impeça que o vírus infecte o organismo humano. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o desenvolvimento de uma vacina pode demorar um ano para chegar ao mercado.
Ibuprofeno
A OMS voltou atrás em relação ao veto que havia feito para o uso de ibuprofeno em pacientes com os sintomas do novo coronavírus. Nas últimas semanas, o órgão havia informado que o anti-inflamatório deveria ser substituído por paracetamol, já que um estudo publicado pelo periódico científico The Lancet mostrou que o remédio pode potencializar a ação do vírus.
Na quinta-feira, 19, porém, tudo mudou. Com base em novos estudos, a OMS informou que não há contraindicação para o uso do medicamento que tem seu princípio ativo presente em remédios como Doraliv, Buscofem, Alivium, Lombalgina, entre outros.