Ciência

Açaí faz bem para a cabeça

Pesquisadores brasileiros e canadenses testam o potencial do fruto contra doenças neuropsiquiátricas, como a bipolaridade

Açaí: extrato do fruto reverteu, em laboratório, uma disfunção nas mitocôndrias (iStock/Thinkstock)

Açaí: extrato do fruto reverteu, em laboratório, uma disfunção nas mitocôndrias (iStock/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2017 às 12h53.

Última atualização em 9 de abril de 2017 às 11h42.

Uma iguaria paraense que faz sucesso no Brasil todo, o açaí já foi associado ao melhor controle do colesterol e à prevenção do câncer.

Agora, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e da Universidade de Toronto, no Canadá, adicionam outra façanha à lista: a possível melhora no quadro de transtorno bipolar.

É que o extrato do fruto reverteu, em laboratório, uma disfunção nas mitocôndrias, organelas que produzem energia para as células – na doença, elas acabam liberando os perigosos radicais livres.

“Além disso, houve redução na inflamação”, conta o biomédico Alencar Kolinski Machado, um dos brasileiros envolvidos no projeto. “Sabemos que indivíduos bipolares têm uma ativação inflamatória crônica”, informa.

Como tirar proveito

De acordo com Machado, é provável que o consumo do fruto (e não só do extrato) já traga vantagens. Um estudo demonstrou, por exemplo, que 120 mililitros do suco por dia promoveram um efeito anti-inflamatório capaz de amenizar a dor.

O açaí na tigela cairia igualmente bem, pois contém a polpa do alimento. Basta evitar certos acompanhamentos, como xarope de guaraná e leite condensado. Prefira frutas naturais e um pouco de mel – e não abuse da granola.

Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Saúde.

Acompanhe tudo sobre:Alimentaçãocomida-e-bebidaSaúde

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido