Vinícola europeia transforma Brasil em centro de inovação após vender 3 milhões de garrafas por ano
Se na Europa as vinícolas estão precisando destruir vinhedos por falta de demanda, por aqui o crescimento das vendas está na casa dos dois dígitos
Repórter de Lifestyle
Publicado em 11 de abril de 2024 às 14h24.
Última atualização em 11 de abril de 2024 às 14h51.
A expectativa global é que o consumo de vinho caia 1% todos os anos até 2026, de acordo com a consultoria IWSR, especializada no mercado de bebidas. Aqui no Brasil a situação é outra. O consumo médio per capita saiu de 1,8 litro em 2019 para 2,7 litros em 2022, e permanece nesse patamar. Se na Europa vinícolas estão precisando destruir vinhedos por falta de demanda, por aqui os produtores e importadores estão cada vez mais felizes com crescimentos das vendas na casa dos dois dígitos.
É por esse contexto que a Henkell Freixenet decidiu transformar o Brasil em hub de negócios e inovação para toda a América Latina.A filial brasileira alcançou o status de maior crescimento entre as outras 30 filiais da vinícola a nível mundial, tornando-se um mercado estratégico para a matriz nos próximos anos.
Quem vai comandar esse novo centro de inovação é Fabiano Ruiz, que foi promovido a vice-presidente da Henkell Freixenet Latam e CEO da Henkell Freixenet Brasil. O objetivo é levar toda a expertise aplicada no Brasil para os países vizinhos, além de melhorar as experiências dos clientes e impulsionar os negócios.
“Conquistar esse território do mercado é um mérito grande para a equipe, que analisa dados e entende as oportunidades. Tivemos movimentos assertivos e estratégicos no Brasil que motivaram a escolha de nos colocar como hub de negócios. Agora, o desafio é perpetuar o crescimento de maneira saudável”, explica o executivo.
Vendas no Brasil
Dados da vinícola mostram que um em cada dez espumantes vendidos no mundo é do grupo Henkell Freixenet. Já no Brasil, a cada três espumantes importados consumidos, um é Freixenet. Entre os rótulos mais procurados, tanto no e-commerce quanto nos pontos de venda físicos, estão os Cavas da linha clássica, como Carta Nevada, Cordón Negro e Rosado, além das linhas de alta gama como Cuveé de Prestige e Elyssia.
Fabiano Ruiz lembra que quando chegou à empresa, em 2009, a companhia vendia apenas 100 mil garrafas no país. Após 15 anos, o cenário é outro. O grupo teve um crescimento de 32% em faturamento no último ano, alcançando 34% de market share na categoria de espumantes importados no Brasil. “Superamos a meta de vender mais de 3 milhões de garrafas em 2023 e, agora, o objetivo é alcançar 3,7 milhões de garrafas vendidas no ano de 2024”, diz.