'Tintim', Di Caprio e Fassbender integram 'os esquecidos' do Oscar 2012
Além desses nomes, o diretor Clint Eastwood também foi esquecido pela premiação da Academia de Hollywood
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 06h36.
Madri - Com uma única indicação ao Oscar deste ano, a animação 'As Aventuras de Tintim' é um dos grandes nomes esquecidos pela Academia de Hollywood nesta edição do prêmio, mas não o único. Leonardo Di Caprio, Michael Fassbender e Clint Eastwood também pertencem ao clube.
A cada edição do Oscar, alguns trabalhos notáveis são deixados de lado ou não tão valorizados quanto deveriam. Dessa vez não podia ser diferente. Embora haja espaço para todos os gostos, sempre há casos incontestáveis de trabalhos que mereciam estar na lista de indicados, mas que ficaram de fora.
O destaque deste ano é a adaptação para as telonas das aventuras de um dos personagens de história em quadrinhos mais conhecidos, nada menos que o jornalista e detetive belga Tintim, levado ao cinema por Steven Spielberg.
A produção representou um sonho realizado para o diretor de 'E.T. - O Extraterrestre', que dispôs de meios técnicos avançados para conseguir um enorme realismo, através do sistema de 'motion capture' - captura de movimento -, que consiste em rodar o filme com atores reais e depois digitalizar as imagens captadas.
Mas nem a fidelidade ao texto, o preciosismo das cenas e os mais de US$ 370 milhões arrecadados convenceram a Academia de Hollywood, que só nomeou o trabalho de John Williams para concorrer à estatueta de Melhor Trilha Sonora.
O filme nem sequer disputará o prêmio de Melhor Animação, para o qual foram indicados trabalhos muito menores, como o francês 'Um Gato em Paris' e o espanhol 'Chico & Rita'.
Spielberg não será a única ausência notável desta edição. Clint Eastwood, com 'J.Edgar', filme sobre o todo-poderoso John Edgar Hoover - protagonizado por Leonardo Di Caprio - também ficou de fora do Oscar.
Mas Eastwood já deve estar acostumado a esta situação, já que, depois de dois prêmios de Melhor Diretor e dois de Melhor Filme (por 'Os Imperdoáveis' e 'Menina de Ouro'), além de outras 10 indicações, o ator e diretor não recebe candidaturas ao prêmio desde 2006.
'A Troca' (2008), 'Gran Torino' (2008), 'Invictus' (2009) e 'Além da Vida' (2010) passaram tão despercebidos quanto 'J.Edgar', em que nem sequer a excelente interpretação de Di Caprio conseguiu reconhecimento.
O ator não conseguiu entrar na lista de cinco indicados, para a qual foram selecionados George Clooney, Brad Pitt, Jean Dujardin, Gary Oldman e o mexicano Demian Bichir, que, segundo os críticos de cinema, foi quem arrebatou o lugar de Di Caprio.
O mesmo poderia ser dito sobre Michael Fassbender, a quem todos davam como certo na lista por seus papéis em 'Um Método Perigoso', de David Cronenberg, e sobretudo em 'Shame', de Steve McQueen, que rendeu ao ator a Copa Volpi do Festival de Veneza e é outro dos que poderiam estar com toda justiça entre os indicados a Melhor Direção.
Não menos adequada teria sido a indicação de Ryan Gosling, que também realizou duas interpretações dignas de lembrança, em 'Drive', de Nicolas Winding Refn, e em 'Tudo Pelo Poder', de George Clooney.
É preciso acrescentar no lado masculino a ausência de Albert Brooks, por sua impressionante atuação de um mafioso sem escrúpulos em 'Drive', enquanto nas categorias femininas as mais sentidas são de Tilda Swinton, por seu papel 'Precisamos Falar Sobre o Kevin', e a Shailene Woodley, que acompanha George Clooney em 'Os Descendentes'.
O documentário 'Senna', de Asif Kapadia; o trabalho de David Fincher como diretor por 'Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres'; e a atuação do sempre intenso Michael Shannon em 'O Abrigo' são outros dos que tinham porte para estar entre os finalistas.
O mesmo se pode dizer das músicas de Madonna para 'W.E. - O Romance do Século', Sinéad O'Connor para 'Albert Nobbs', Mary J. Blige para 'Histórias Cruzadas', e Elton John para 'Gnomeu e Julieta', na categoria que terá apenas dois concorrentes: Carlinhos Brown e Sergio Mendes por 'Real in Rio', do filme 'Rio'; e Bret McKenzie, por 'Man or Muppet', de 'Os Muppets'.
Madri - Com uma única indicação ao Oscar deste ano, a animação 'As Aventuras de Tintim' é um dos grandes nomes esquecidos pela Academia de Hollywood nesta edição do prêmio, mas não o único. Leonardo Di Caprio, Michael Fassbender e Clint Eastwood também pertencem ao clube.
A cada edição do Oscar, alguns trabalhos notáveis são deixados de lado ou não tão valorizados quanto deveriam. Dessa vez não podia ser diferente. Embora haja espaço para todos os gostos, sempre há casos incontestáveis de trabalhos que mereciam estar na lista de indicados, mas que ficaram de fora.
O destaque deste ano é a adaptação para as telonas das aventuras de um dos personagens de história em quadrinhos mais conhecidos, nada menos que o jornalista e detetive belga Tintim, levado ao cinema por Steven Spielberg.
A produção representou um sonho realizado para o diretor de 'E.T. - O Extraterrestre', que dispôs de meios técnicos avançados para conseguir um enorme realismo, através do sistema de 'motion capture' - captura de movimento -, que consiste em rodar o filme com atores reais e depois digitalizar as imagens captadas.
Mas nem a fidelidade ao texto, o preciosismo das cenas e os mais de US$ 370 milhões arrecadados convenceram a Academia de Hollywood, que só nomeou o trabalho de John Williams para concorrer à estatueta de Melhor Trilha Sonora.
O filme nem sequer disputará o prêmio de Melhor Animação, para o qual foram indicados trabalhos muito menores, como o francês 'Um Gato em Paris' e o espanhol 'Chico & Rita'.
Spielberg não será a única ausência notável desta edição. Clint Eastwood, com 'J.Edgar', filme sobre o todo-poderoso John Edgar Hoover - protagonizado por Leonardo Di Caprio - também ficou de fora do Oscar.
Mas Eastwood já deve estar acostumado a esta situação, já que, depois de dois prêmios de Melhor Diretor e dois de Melhor Filme (por 'Os Imperdoáveis' e 'Menina de Ouro'), além de outras 10 indicações, o ator e diretor não recebe candidaturas ao prêmio desde 2006.
'A Troca' (2008), 'Gran Torino' (2008), 'Invictus' (2009) e 'Além da Vida' (2010) passaram tão despercebidos quanto 'J.Edgar', em que nem sequer a excelente interpretação de Di Caprio conseguiu reconhecimento.
O ator não conseguiu entrar na lista de cinco indicados, para a qual foram selecionados George Clooney, Brad Pitt, Jean Dujardin, Gary Oldman e o mexicano Demian Bichir, que, segundo os críticos de cinema, foi quem arrebatou o lugar de Di Caprio.
O mesmo poderia ser dito sobre Michael Fassbender, a quem todos davam como certo na lista por seus papéis em 'Um Método Perigoso', de David Cronenberg, e sobretudo em 'Shame', de Steve McQueen, que rendeu ao ator a Copa Volpi do Festival de Veneza e é outro dos que poderiam estar com toda justiça entre os indicados a Melhor Direção.
Não menos adequada teria sido a indicação de Ryan Gosling, que também realizou duas interpretações dignas de lembrança, em 'Drive', de Nicolas Winding Refn, e em 'Tudo Pelo Poder', de George Clooney.
É preciso acrescentar no lado masculino a ausência de Albert Brooks, por sua impressionante atuação de um mafioso sem escrúpulos em 'Drive', enquanto nas categorias femininas as mais sentidas são de Tilda Swinton, por seu papel 'Precisamos Falar Sobre o Kevin', e a Shailene Woodley, que acompanha George Clooney em 'Os Descendentes'.
O documentário 'Senna', de Asif Kapadia; o trabalho de David Fincher como diretor por 'Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres'; e a atuação do sempre intenso Michael Shannon em 'O Abrigo' são outros dos que tinham porte para estar entre os finalistas.
O mesmo se pode dizer das músicas de Madonna para 'W.E. - O Romance do Século', Sinéad O'Connor para 'Albert Nobbs', Mary J. Blige para 'Histórias Cruzadas', e Elton John para 'Gnomeu e Julieta', na categoria que terá apenas dois concorrentes: Carlinhos Brown e Sergio Mendes por 'Real in Rio', do filme 'Rio'; e Bret McKenzie, por 'Man or Muppet', de 'Os Muppets'.