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Telas em assentos de aviões devem se tornar espécie em extinção

Algumas das maiores companhias aéreas americanas estão removendo telas de seus jatos domésticos

Aviação: com wifi em voos, talvez seja o fim da tela nos assentos (anyaberkut/Thinkstock)

Aviação: com wifi em voos, talvez seja o fim da tela nos assentos (anyaberkut/Thinkstock)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 15 de outubro de 2019 às 08h00.

Última atualização em 15 de outubro de 2019 às 08h00.

Na busca por tarifas mais altas e fidelidade dos passageiros, companhias aéreas estão constantemente tentando promover seus serviços a bordo como melhores que a Marca X. Atualmente, um campo de batalha evidente está bem na sua frente: as telas instaladas nos assentos.

Embora essas telas sejam um recurso frequentemente oferecido em rotas de longo curso, o que ajuda a passar o tempo durante as travessias oceânicas, há uma profunda diferença de opinião entre as aéreas americanas quando se trata de jatos domésticos de corredor único. O advento do Wi-Fi a bordo deu às companhias aéreas a opção de usar o celular ou tablet dos passageiros como um portal para filmes, programas de televisão e videogames, evitando a despesa do hardware instalado em todos os assentos.

Três das maiores companhias aéreas americanas - American Airlines, United Airlines e Alaska Air - estão removendo telas de seus jatos domésticos, a família de aeronaves 737 e A320 de médio alcance vendidas pela Boeing e Airbus, respectivamente. A Southwest Airlines nunca equipou seu Boeing 737 com telas e disse que não tem planos de mudar de estratégia.

Enquanto isso, a Delta Air Lines e a JetBlue Airways apostam que telas no encosto com áudio e vídeo sob demanda atrairão passageiros domésticos. Uma subsidiária da Delta fundada há três anos, a Delta Flight Products, uniu os dois mundos, desenvolvendo um produto de streaming sem fio e telas de tablet instaladas em assentos em muitas das novas encomendas da companhia aérea, dispensando o peso associado aos monitores tradicionais com fio.

A divisão também é evidente internacionalmente: as telas das frotas de corredor único são raras na Europa, mas ainda relativamente comuns na Ásia entre as operadoras de serviço completo.

A razão para substituir a tela do assento é, obviamente, o onipresente smartphone. Os serviços de streaming a bordo são vistos por algumas companhias aéreas como uma maneira óbvia de reduzir gastos. Para outras, porém, essa sensação de desânimo dos passageiros que se afundam no assento quando percebem que não há uma tela em sua frente representa uma oportunidade de marketing.

As companhias aéreas que dispensam as telas dizem que não se trata apenas de altos custos de instalação. Essas telas aumentam o peso e os custos de combustível. Além disso, a tecnologia em uma tela no assento geralmente se torna obsoleta muito mais rapidamente do que o dispositivo trazido pelo passageiro. Kurt Stache, vice-presidente sênior de marketing e fidelidade da American, disse que a manutenção das telas também não é barata: “Isso é claramente um problema depois de alguns anos.” Os novos tablets de tela pop-up da Delta, entretanto, podem facilmente ser substituídos.

Mais de 50% dos passageiros da American trazem dois dispositivos, disse Stache. Como resultado, tomadas e compartimentos superiores maiores - e não telas - são os itens mais valorizados quando a American consulta os passageiros sobre suas prioridades. A companhia aérea também está equipando a maior parte de sua frota de corredor único com acesso mais rápido à Internet por satélite.

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