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Spotify completa 10 anos como "salva-vidas" da indústria fonográfica

Com 35 milhões de músicas em seu catálogo, o Spotify continua sendo o serviço de áudio online "mais popular do mundo"

Spotify: gravemente prejudicada pela pirataria na internet, indústria encontrou respiro no serviço de streaming (Christian Hartmann/Reuters/Reuters)
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EFE

Publicado em 8 de outubro de 2018 às 11h18.

Madri - O famoso aplicativo sueco de streaming de música Spotify completou dez anos neste domingo como "salva-vidas" da outrora florescente indústria fonográfica, que foi gravemente prejudicada pela pirataria na internet.

Com 35 milhões de músicas em seu catálogo, o Spotify continua sendo o serviço de áudio online "mais popular do mundo", com uma comunidade de 180 milhões de usuários.

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Destes, 83 milhões são assinantes que pagam pelo serviço, que está presente em 65 mercados do planeta. Em março, a plataforma chegou à África do Sul, o que representou seu lançamento no continente africano.

O aplicativo também é o serviço que mais proporciona retorno econômico até hoje à indústria musical, com US$ 9,2 trilhões em 31 de dezembro de 2017.

Por cada usuário, a plataforma paga US$ 20 a selos e gravadoras, enquanto o YouTube, outro nome gigante do 'streaming', remunera os artistas com menos de um dólar.

Seu desenvolvimento tecnológico começou em 2006 e o lançamento oficial aconteceu dois anos depois, em 2008, alterando a percepção de que era preciso possuir a música em algum tipo de suporte, físico ou virtual, para poder desfrutar da mesma.

Com a revolução digital do início deste século, os consumidores já estavam habituados ao fato de que não era mais preciso adquirir música em suporte físico. No entanto, a facilidade da pirataria pelos meios digitais fez com que, para cada música baixada legalmente, 20 fossem adquiridas de forma ilícita.

Isso fez com que a indústria fonográfica registrasse oito anos de perdas consecutivas, que depois chegariam a 15.

Assim, o setor musical passou de quase US$ 23,3 bilhões de faturamento no ano 2000 para cerca de US$ 17 bilhões em 2008 e chegou ao fundo do poço em 2014, com US$ 14,3 bilhões, o que supôs uma retração de quase 40%, segundo dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês).

Somente nos últimos três anos, a indústria vem retornando para o caminho do crescimento e faturou US$ 17,3 bilhões em 2017, graças ao empurrão dado pelo 'streaming', que gerou 38% das receitas totais, após aumentar seu faturamento em 41% de um ano para o outro.

Com a tecnologia de 'streaming', o consumidor de música não precisa mais adquirir um disco completo se estiver interessado em apenas uma canção, uma situação semelhante ao que acontecia quando as gravadoras lançavam álbuns e singles em suporte físico.

A maior sombra sobre o futuro do Spotify, no entanto, está relacionada com seu equilíbrio econômico, já que, desde a sua fundação, vem registrando prejuízos. Em 2017, a companhia fechou o ano com perdas de US$ 1,5 bilhão.

Por outro lado, suas receitas vêm progredindo e chegaram a US$ 4,99 bilhões no ano passado e o valor de suas ações na Bolsa de Nova York seguem acima do preço de seu lançamento. EFE

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