Revolução do Churrasco: as novas apostas das casas de carne para aquecer o setor
O novo festival do tradicional Templo da Carne Marcos Bassi, mais um bar para carnívoros em São Paulo e outras novidades para os aficionados por churrasco
Daniel Salles
Publicado em 18 de fevereiro de 2021 às 16h14.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2021 às 11h25.
Ainda chamuscadas pela pandemia, que comprometeu e muito o faturamento do ano passado, churrascarias e casas de carnes continuam a quebrar a cabeça para garantir dias melhores – e atrair os antigos clientes que ainda estão ressabiados em voltar a comer fora de casa. Conheça as novidades com as quais alguns empreendimentos do gênero em São Paulo e no Rio de Janeiro querem reaquecer o setor.
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Os hits de Marcos Bassi fatiados
A história do Templo da Carne Marcos Bassi, em São Paulo, começou em 1978, quando o lendário Marcos Guardabassi (1948-2013) fundou no local um açougue, depois convertido em restaurante. Hoje tocado pelas herdeiras dele, o estabelecimento anunciou um almoço especial para estimular a volta dos clientes que ainda não se sentem seguros em colocar o pé na rua depois de meses e meses almoçando e jantando na própria casa. Trata-se do Festival dos Fatiados, que termina no dia 26 de fevereiro e é dedicado aos cortes mais pedidos do restaurante em versões fatiadas. Um deles é o baby beef/miolo de alcatra, com aproximadamente 600 gramas, que serve até duas pessoas. A picanha, de 800 gramas, mais ou menos, também para duas pessoas, custa 218 reais. Outro hit da casa, a fraldinha, de 900 gramas, farta até três pessoas e sai por 238 reais. Os três pedidos chegam à mesa acompanhados de arroz e de duas long necks da Stella Artois (três, no caso da fraldinha). Atenção: é preciso gerar um voucher antecipadamente por meio do site do restaurante, templodacarne.com.br.
Endereço: Rua Treze de Maio, 668, Bela Vista, São Paulo, tel. (11) 9 94726-8619 e 3251-1442.
Um bar para carnívoros
Os grandes diferenciais do restaurante Varal 87, que funciona em Moema, em São Paulo, desde 2019, são dois. Um deles é a área usada para defumar e assar carnes, legumes e frutas por longos períodos – os ingredientes ficam atados, longe das brasas, em varais, daí o nome do estabelecimento, que também se vale de uma parrilla e da técnica do fogo de chão. O segundo diferencial é o amplo e arborizado quintal, onde ficam as mesas mais concorridas e também uma providencial área de recreação infantil. E um terceiro grande chamariz acaba de ser inaugurado, um bar na área da frente do imóvel. Busca virar mais uma opção no bairro para a happy hour e atrair a turma que não abre mão de empunhar um drinque mesmo na hora de saborear um churrasco. A carta de drinques lista coquetéis como o sunset, união de gim, licor de pêssego, xarope de toranja, abacaxi e limão siciliano (33,87 reais), e o kentucky varal, que junta bourbon, limoncello, limão Taiti, xarope de capim santo e maracujá (33,87 reais). Para equilibrar o álcool há aperitivos como empanadas de costela (19,87 reais) e burrata gratinada com queijo parmesão e pesto de manjericão (49,87 reais). O varal de antepastos junta copa, sardela, musseline de gorgonzola, manteiga de dill e pão rústico (17,87 reais). Uma das sugestões preparadas na parrilla combina cortes bovinos e camarão grelhado (64,87 reais).
Endereço: Rua Graúna, 87, Moema, São Paulo, tel. (11) 2307-0141 e (11) 97222-0240.
Picanha na porta de casa
A Churrascaria Palace, situada ao lado do hotel mais famoso de Copacabana, no Rio de Janeiro, está na ativa desde 1951 – é a mais antiga da cidade. Além de alterar um ponto ou outro de seu rodízio para diminuir os riscos de disseminação da covid-19, resolveu bater na porta da sua vasta clientela para lhe entregar seus afamados cortes. Há três opções para quem opta pelo delivery. O mais em conta, a 108 reais, combina uma peça de 250 gramas de picanha, uma linguiça toscana e 50 gramas de coração de frango. O segundo, para duas pessoas, reúne 250 gramas de picanha, 200 gramas de costela, 150 gramas de prime rib suíno, 2 linguiças toscanas e 100 gramas de coração de frango (196 reais). Mais uma opção, essa a 296 reais: 500 gramas de picanha, 400 gramas de t-bone, 150 gramas de asinha de frango, 200 gramas de prime rib suíno, 200 gramas de coração de frango e 4 linguiças toscanas. Seja qual for sua escolha os acompanhamentos são os mesmos: pão de queijo, molho vinagrete, batata prussiana, arroz com brócolis, farofa com ovos, polenta e salada. Ainda uma referência, o rodízio custa 169 reais por pessoa. Bife ancho, prime rib e a costela são alguns dos destaques.
Endereço: Rua Rodolfo Dantas, 16, Copacabana, Rio de Janeiro, tel. (21) 2541-5898.
Carnes ao gosto do Felipe Massa
A meta do ex-piloto de Fórmula 1 era dar a partida no Beefbar paulistano no dia 20 de março do ano passado. Atropelada pela pandemia, a inauguração do restaurante só ocorreu em setembro passado. Trata-se de uma filial da rede fundada pelo restaurateur italiano Riccardo Giraudi em Monte Carlo, no principado de Mônaco, onde Felipe Massa vive há 15 anos. As onze unidades em operação ficam em destinos badalados, como Mykonos e Saint-Tropez. E mais cinco filiais estão previstas para cidades como Doha e Roma. A unidade paulistana ocupa um imóvel na mesma rua do D.O.M., do chef Alex Atala, nos Jardins. O foco, claro, são as carnes, incluindo as mais incensadas. A fraldinha custa 81 reais; o tomahawk, de 1 quilo, 299 reais; e o bife de chorizo japonês, 260 reais. Os cortes chegam à mesa com uma cobertura crocante e interior suculento — a casa gaba-se de dispor de um forno que chega a 1.100 °C. O purê de trufas negras (39 reais) e a berinjela grelhada ao missô (22 reais) são dois dos acompanhamentos mais elogiados. O carta de drinques lista coquetéis como o palm beach sour, que junta gim, butiá, vinho sauvignon blanc e xarope de amêndoas (33 reais).
Endereço: Rua Barão de Capanema, 320, Jardins, São Paulo, tel. (11) 2386-1918.