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Reportagem da 'república da maconha' é premiada

A matéria jornalística fala sobre a região conhecida como Tierra Caliente, no México, onde os habitantes vivem do cultivo da droga que enviam aos Estados Unidos

Com leis próprias, os policiais plantam drogas, os camponeses pagam impostos para os policiais e 'os cavalheiros templários' forjam alianças com cartéis (Paula Bronstein/Getty Images)

Com leis próprias, os policiais plantam drogas, os camponeses pagam impostos para os policiais e 'os cavalheiros templários' forjam alianças com cartéis (Paula Bronstein/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 11h10.

Madri - Os jornalistas mexicanos Dalia Martínez Delgado e Humberto Padgett León foram agraciados nesta quinta-feira com o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha na categoria de Imprensa pela reportagem sobre 'a república da maconha' na região conhecida como Tierra Caliente, no México.

'La república marihuanera. Así gobiernan los caballeros templarios' foi publicado em 8 de agosto de 2011 na revista 'Emeequis'.

O trabalho premiado é uma reportagem sobre uma nação dentro de outra, onde os habitantes vivem do cultivo da droga que enviam aos Estados Unidos.

Neste estado, com leis próprias, os policiais plantam drogas, os camponeses pagam impostos para os policiais e 'os cavalheiros templários' forjam alianças com os diferentes cartéis.

'Estamos premiando uma reportagem muito bem documentada que reflete um grave problema que atinge uma região do México dominada pelo narcotráfico', justificou o júri da 29ª edição do prêmio, promovido anualmente pela Agência Efe e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).

A reportagem premiada, além disso, 'expõem as situações limites a que passam milhares de pessoas em diferentes pontos da América Latina', acrescenta o júri.


Padgett León, que estudou Jornalismo na Universidade Nacional Autônoma do México, foi repórter do jornal 'Reforma' e desde 2006 pertence à equipe da revista 'Emeequis'.

Em 2011, o jornalista recebeu uma menção honrosa no Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha na categoria de Imprensa pela reportagem 'Las muertas del Edomex son muchas más que las de Juárez', agraciado também em 2010 com o Premio Nacional Rostros de la Discriminación.

Ele também recebeu o Prêmio Nacional de Jornalismo, em duas ocasiões, e o primeiro Prêmio Ibero-americano de Jornalismo Jovem 'A Pepa 1812'.

Padgett León, de 37 anos, publicou os livros 'Jauría. La verdadera historia del secuestro en México' (2010) e 'Historias mexicanas de mujeres asesinadas' (2008).

Dalia, formada em Ciências da Comunicação pela Universidade privada 'Vasco de Quiroga', da cidade de Morelia, em Michoacán, trabalhou para a agência de notícias 'Notimex' e o jornal 'Província' e atualmente é jornalista da revista 'Emeequis'.

O Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha na categoria de Imprensa é dotado de 6 mil euros e uma escultura de bronze do artista Joaquín Vaquero Turcios.

Os prêmios serão entregues em data a ser definida pelo rei Juan Carlos I, em cerimônia em Madri. 

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