Os hobbies favoritos de CEOs brasileiros: conheça o que eles fazem nas horas vagas
Fernanda Ribeiro, presidente da Conta Black, começou a lutar boxe depois de um burnout
Repórter de Casual
Publicado em 24 de dezembro de 2024 às 14h16.
Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black
Fernanda Ribeiro, presidente da Conta Black, começou a lutar boxe depois de um burnout
A prática do boxe foi uma escolha que trouxe equilíbrio para a vida de Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black. O esporte, além de ajudar a desestressar, exige grande coordenação motora e proporciona foco total, desconectando-a de sua rotina intensa de trabalho.
Ribeiro sempre esteve envolvida com esportes, como musculação, natação, handebol e futebol, influenciada pelo pai. Durante um período de burnout, percebeu a necessidade de cuidar da saúde física e mental e começou a buscar novas formas de movimento, como o boxe.
Após fundar a Conta Black em 2017, banco digital voltado para pessoas negras e periféricas, Ribeiro iniciou aulas de boxe como parte de sua transição de carreira. Com um professor particular, ela adaptou os treinos a horários alternativos devido à agenda intensa de trabalho.
O boxe se tornou um momento de descontração para Ribeiro, ajudando-a a pensar em outras coisas e a desenvolver sua coordenação. Para ela, manter a disciplina e o compromisso com os treinos, mesmo em horários inusitados, é essencial para equilibrar a vida profissional e pessoal.
Ribeiro também incentiva sua equipe a cuidar da saúde, questionando sobre atividades físicas e terapias. Com uma rotina que começa às 5h30 da manhã, ela dedica tempo para meditação, leitura e alongamentos antes de mergulhar no trabalho da Conta Black, que já possui 60.000 correntistas.
Para iniciantes no boxe, Ribeiro recomenda disciplina, agendar os treinos como um compromisso e buscar profissionais especializados, como treinadores. A prática do boxe continua sendo um aprendizado constante, com Ribeiro valorizando a evolução e a consistência nos treinos, sem planos de competir.
Gustavo Filgueiras, CEO do Emiliano
Gustavo Filgueiras, CEO do Emiliano, passou parte da infância na costa brasileira em embarcações com o pai
Para Gustavo Filgueiras, CEO do Emiliano, a rotina de trabalho nos hotéis poderia facilmente durar 24 horas por dia. Entre os desafios de comandar as duas unidades do Emiliano, em São Paulo e no Rio de Janeiro, o executivo concilia sua agenda atribulada com 100 quilômetros de pedalada por semana e fins de semana no seu barco, de preferência em alto-mar, nas águas de Paraty. “Eu adoro navegar e, quando posso, estou em alto-mar”, revela.
A relação de Gustavo com o mar é profunda e vem de sua infância, influenciada por seu pai, Carlos Alberto Filgueiras, fundador da rede Emiliano. Carlos sempre foi um entusiasta do mar, praticando navegação, mergulho e pesca em apneia. Em 1976, ano do nascimento de Gustavo, Carlos comprou um terreno no hoje renomado Condomínio Laranjeiras, em Paraty, onde a família passava férias e fins de semana. Gustavo e seus três irmãos cresciam mergulhando e velejando no barco do pai, que ficava atracado em frente ao terreno.
“Quando olho para trás, os barcos grandes de hoje pareciam pequenos. Um barco de 32 pés era considerado médio, e a gente ficava hospedado lá, na frente do terreno, em um hotelzinho do condomínio. Meu pai ia para o mar, e nós, as crianças, ficávamos nadando de máscara, procurando peixes”, lembra Gustavo, com carinho. Destinos como Santos, Queimada Grande e Alcatraz também eram frequentes nas excursões da família.
A pesca oceânica, uma modalidade que exige mais técnica, entrou na vida de Gustavo por meio de competições organizadas no próprio condomínio. Em 1989, seu pai comprou outro barco, e Gustavo, encantado, se envolveu com a pesca no mar aberto. “Era uma pesca entre 20 e 30 milhas da costa, especialmente entre setembro e novembro, quando a corrente de água quente chega até a costa. Esses meses são perfeitos para a pesca oceânica.”
Viagens ao mar, além das competições de pesca, continuam sendo um ponto alto para a família. No ano passado, Gustavo e sua família alugaram um barco para navegar pelo Mar Mediterrâneo, e em breve partirão para a Amazônia para explorar o encontro dos Rios Amazonas e Tapajós. Mas, como sempre, o trabalho é o fator determinante. “Tudo depende da agenda do trabalho, que é bastante apertada”, diz Gustavo, com um sorriso.
A história de sucesso do Emiliano começou em 2001, com a inauguração da primeira unidade, na Rua Oscar Freire, em São Paulo. Com 56 acomodações que variam de 42 a 135 metros quadrados, o hotel conquistou rapidamente um lugar de destaque no mercado de luxo. Quinze anos depois, seu pai inaugurou a unidade do Rio de Janeiro, na orla de Copacabana. Desde 2005, Gustavo ocupa o cargo de CEO dos dois hotéis cinco estrelas e tem expandido a visão da marca, incluindo inovações como o v3rso, um tech boutique hotel do Grupo Emiliano. O conceito do v3rso é inovador: com tarifas até 60% mais baratas, ele varia de acordo com os horários de entrada e saída dos hóspedes, lembrando o aluguel de carros. “É uma proposta mais flexível para quem quer aproveitar ao máximo o tempo no hotel”, explica.
Nos momentos de descanso, Gustavo se refugia em seu Flexboat 760, o J Charles, barco que foi de seu pai e que agora é utilizado por ele. O nome é uma homenagem à sua avó, Juscelina, com o acréscimo de “Charles”, um apelido que a avó usava. Para o futuro, o hoteleiro tem planos de adquirir seu próprio barco, para explorar o mundo e viver novas aventuras. “Quero poder viajar, viver minhas aventuras mundo afora, e para isso, preciso ter meu próprio barco”, diz Gustavo, olhando para o horizonte com a mesma paixão que sente pelo mar e pela vida.
Andréa Cruz, CEO da Serh1
Um convite inesperado fez Andréa Cruz, fundadora e CEO da consultoria Serh1, retomar o montanhismo e viajar até Nepal
Na virada de 2018 para 2019, Andréa Cruz, fundadora e CEO da Serh1, consultoria especializada em gestão de carreira, estabeleceu a meta de fazer um mergulho e uma viagem longa. No entanto, seus planos mudaram quando recebeu um convite para uma expedição ao Everest. Embora inicialmente achasse a ideia uma loucura, ela aceitou, movida pela conexão com a natureza e a preparação do grupo. A viagem seria um retorno ao montanhismo, prática que iniciou na infância com sua família, frequentando a Chapada Diamantina e outros pontos, como o Parque Nacional do Itatiaia e a Pedra do Baú.
Antes do Everest, Andréa teve uma experiência no Peru, onde, aos 20 anos, viajou sozinha até Machu Picchu. Aprendeu, entre outras coisas, a importância de respeitar os limites da natureza e a necessidade de ter equipamentos adequados. No Everest, a experiência foi desafiadora, ensinando-lhe como lidar com os próprios medos e limitações. Ela e uma amiga foram as únicas a completar o trajeto de 10 dias, chegando a 5.364 metros de altitude.
Após a expedição, Andréa realizou o sonho de ter um golden retriever, chamado Nepal. A experiência no Everest também trouxe mudanças na sua carreira, com um crescimento significativo da Serh1. Ela aplica as lições das montanhas no seu trabalho com executivos, recomendando que todos adotem um hobby do zero para desconstruir as máscaras que as pessoas usam no mundo corporativo. Seu próximo objetivo é conhecer o Kilimanjaro e o Mont Blanc.
Sérgio All, fundador e co-CEO da Conta Black
Para All, a posição do goleiro se relaciona com o cargo de CEO
As manhãs de sábado de Sérgio All, fundador e co-CEO da Conta Black, são dedicadas ao futebol. Ele joga como goleiro em um time no bairro do Mandaqui, em São Paulo, que existe há mais de 30 anos e tem passado por gerações. O apelido "Aranha" reflete sua posição no time. Antes de fundar a Conta Black, Sérgio considerou a carreira profissional no futebol, mas um convite para treinar aos 16 anos foi interrompido por problemas de saúde decorrentes de seu trabalho como office boy. Ele, então, entendeu que sua carreira no esporte não era para ser.
O esporte sempre esteve presente em sua família, com os irmãos praticando diversos esportes. Aos sábados, seu pai, que trabalhava como metalúrgico, dedicava a tarde ao futebol com seus filhos. A rotina do pai incluía também churrascos com amigos de trabalho, e para Sérgio, isso traz lembranças de lazer simples, como comer pastel de calabresa e caldo de cana com gengibre na feira.
Para All, a posição de goleiro, embora menos valorizada pelos jogadores, traz importantes lições sobre visão estratégica e liderança. Ele relaciona seu papel de goleiro ao de CEO, com foco em manter a visão global, sempre atento ao crescimento e resultados da empresa.
Além do futebol real, All também joga videogame, reunindo-se online com um time aos domingos. Antes da Conta Black, ele fundou a SOS Games e a iBeats, agências de comunicação e desenvolvimento digital. Em 2017, criou a Conta Black com sua esposa, Fernanda Ribeiro, com o objetivo de democratizar os serviços bancários para pessoas negras e periféricas. Hoje, com Fernanda como CEO, All atua em um papel mais estratégico, focando no relacionamento com investidores e no futuro do banco.
Carla Assumpção, diretora-geral da Swarovski para Brasil, Chile e Argentina
Há mais de 25 anos Carla Assumpção é adepta da atividade de origem indiana
Antes de 2020, ter uma varanda em casa era um espaço para encontros ou apreciar a vista. Durante a pandemia, no entanto, o ambiente passou a ter novas funções, como trabalho, relaxamento e até atividades físicas. Carla Assumpção, diretora-geral da Swarovski para Brasil, Chile e Argentina, usou sua varanda para trabalhar e, hoje, pratica ioga diariamente no espaço.
Há mais de 25 anos, Assumpção pratica ioga, tendo se aprofundado na modalidade ashtanga, que praticou de forma vigorosa. Ela considera a ioga não apenas um hobby, mas um estilo de vida, influenciando várias áreas de sua vida. A prática surgiu inicialmente para complementar a corrida, buscando elasticidade, mas, ao longo do tempo, se tornou fundamental. A filosofia da ayurveda também está presente em sua rotina, sendo aplicada em massagens e alimentação, que Assumpção vê como curativa.
Seu desejo é passar uma temporada em um ashram na Índia, no berço do ashtanga, para vivenciar a prática com outras pessoas. Além disso, a carreira de Assumpção na Swarovski se mistura com sua prática de ioga, pois ela acredita que a disciplina adquirida com a ioga é essencial para lidar com os desafios da liderança.
Na Swarovski, Assumpção tem vivenciado uma nova fase. A marca inaugurou sua maior loja na Quinta Avenida, em Nova York, com design inovador e espaço dedicado à personalização dos produtos. A empresa também tem investido em novas coleções e parcerias, como a colaboração com a Skims, de Kim Kardashian. Assumpção acredita que a ioga é fundamental para enfrentar os desafios do trabalho, trazendo equilíbrio e disciplina para sua rotina empresarial.
Emily Ewell, CEO da Pantys
Emily Ewell, da Pantys, é engenheira química e conhece tudo sobre fermentação de uvas
Emily Ewell, fundadora e CEO da Pantys, tem uma forte conexão com o mundo dos vinhos, algo que reflete sua origem na Virgínia, o primeiro estado dos Estados Unidos a cultivar uvas para vinho, por iniciativa de Thomas Jefferson. Graduada em engenharia química pela Universidade da Virgínia, Ewell se encantou pelo processo técnico de fabricação de vinhos, incluindo plantação e fermentação. Durante a graduação, visitou várias vinícolas, e após o MBA, fez cursos e vivências relacionadas ao setor, incluindo visitas às regiões vinícolas da Califórnia, Espanha, França, Alemanha e, mais recentemente, ao Chile e Brasil, onde conheceu a vinícola Guaspari, referência em tecnologia de cultivo.
Apesar de não ter uma grande adega no Brasil, Ewell aprecia vinhos antigos, especialmente os da Califórnia que seu pai colecionava. Seu interesse por vinhos se estende para o mundo do streaming, com sugestões de documentários e filmes sobre o tema, como o "Somm: Into the Bottle" e "Gotas Divinas", produção recente da Apple TV+.
Para a aposentadoria, Ewell planeja ter uma vinícola, embora ainda ame seu trabalho à frente da Pantys, empresa que criou em 2016. A marca, especializada em calcinhas e sutiãs absorventes, tem produção nacional e está presente em lojas físicas e farmácias, além de exportar patentes para vinícolas internacionais. Ewell busca aprimorar as técnicas de produção e descarte de seus produtos, com o objetivo de fazer a marca crescer como um bom vinho ao longo do tempo.
Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil
Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil, leva os ensinamentos da dança para a rotina da empresa de softwares
Para muitas pessoas, as férias escolares de julho foram marcadas por viagens ou tardes em casa. Na adolescência de Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil, a pausa do mês era motivo para dançar. “Comecei a fazer balé com 4 anos e sempre adorei. Fiz balé, jazz, sapateado, contemporâneo, durante toda a minha infância e muito intensamente na minha adolescência. Então, durante as férias de julho, eu ia dançar nas praças da cidade”, recorda a executiva, que começou na dança por incentivo da mãe. “Participava dos grupos da academia que competiam nos festivais de dança. Fui para o Festival Internacional de Dança de Joinville, uma referência mundial na área por muitos anos seguidos. Renunciei à viagem de formatura do ensino médio para poder dançar fora de São Paulo.”
As práticas eram diárias e seguiram Aroulho até o momento da escolha do curso universitário, quando se viu dividida entre seguir carreira profissionalmente na dança ou ingressar nas ciências sociais. A executiva optou pelas humanas, e a dança se tornou um hobby. “Idealizava trabalhar no mundo acadêmico, devido à minha paixão pelas ciências humanas. Então acabei seguindo por esse caminho. Com isso, passei a ser mais apreciadora da dança. Ao longo dos anos tentei alguns formatos. Cheguei a fazer aula em algumas academias, mas os horários acabavam se complicando.”
Foi também na dança que Aroulho conheceu o marido, aos 15 anos.“Ele foi bailarino profissional e coreógrafo por muitos anos, até se aposentar. Dançamos juntos pela primeira vez quando eu tinha 15 e ele 21, no Festival de Joinville. Fizemos um pas-de-deux, mas não tínhamos muita intimidade. Nunca poderia imaginar o que estava por vir.” Após dois anos sem se encontrarem, Aroulho foi para um ensaio de dança com o rosto pintado por ter sido aceita na faculdade. “Ele fez um comentário, e as coisas começaram a mudar nesse dia. Dançamos novamente juntos pouco tempo depois, e nosso pas-de-deux já dura quase 30 anos.” Além do marido, a filha e os cunhados de Aroulho também são dançarinos.
Os passos de dança fazem parte até de momentos no escritório da SAP, empresa de software para gerenciamento de processos de negócios. “Uma história engraçada é que, em 2018, quando eu estava liderando uma linha de negócios na SAP, inventei uma ‘moda’ de comemorar grandes projetos virando uma estrela. Poderia ser no escritório, no palco do nosso evento de kickoff de trimestre, não importava. Virei várias estrelas. Para mim, é a coisa mais fácil do mundo. Mas as pessoas reagiam como se fosse uma apresentação do Cirque du Soleil. Era muito divertido”, conta.
Atualmente, Aroulho pratica balé fitness, atividade que mais se adaptou à sua rotina. “Desde que assumi a presidência da SAP Brasil, em meados de 2020, minha rotina mudou bastante. Hoje, minha prática está mais direcionada ao balé fitness. Minha personal trainer é bailarina profissional, e meus exercícios são focados na mistura de movimentos de balé clássico com pilates, ioga, ginástica funcional, alongamentos. Toda aula é diferente”, diz. As práticas acontecem duas vezes por semana, na academia do condomínio onde mora, mas para 2024, Aroulho planeja acrescentar cada vez mais dança em sua rotina.
Liderando uma empresa de tecnologia com 1.200 colaboradores no Brasil, Aroulho percebe a importância e o impacto da arte e da tecnologia na vida das pessoas.“Eu trouxe o balé comigo ao trabalho. Na verdade, qualquer prática que requer comprometimento se reflete no trabalho. Isso é muito importante. Quando se está dançando em parceria, é preciso perfeição, sincronismo e muita resiliência. No balé, você treina de 6 a 8 horas por dia para ter uma oportunidade no palco. Se você falhar, tem de lidar com a frustração e fazer melhor na próxima oportunidade, treinar mais, trabalhar mais. São grandes aprendizados. A arte pode inspirar também um time de vendas. Quando assumi a presidência, fazia os eventos de vendas em lugares inspiradores, como o Museu da Imagem e do Som ou o Museu de Arte de São Paulo. Trazer essa oxigenação para a rotina de uma equipe que vende software para empresas é muito positivo.”
Fernando Gorayeb, cofundador da marca de licor Ballena
Azul e rosa. Essas são as cores dos carros pilotados por Fernando Gorayeb, fundador e sócio de marcas de bebidas como o licor Ballena
Fernando Gorayeb, cofundador da marca de licor Ballena, passou de patrocinador a piloto de corridas há um ano, com sua equipe MC Tubarão. A equipe compete na classe GT4, e Gorayeb dirige um Audi RS 3 LMS em competições de longa duração, como a Império Endurance Series. As corridas de endurance podem durar até 24 horas e envolvem revezamento entre pilotos profissionais e gentleman drivers, como Gorayeb.
A equipe MC Tubarão, fundada em 1970, usa carros da classe Turismo, adaptados com modificações específicas, como freios de alta resistência e suspensão ajustável. Gorayeb explica que, nas corridas de endurance, é fundamental gerenciar o desgaste do carro e a estratégia de cada volta, tornando o esporte mais do que uma simples aceleração.
A vitória em outubro na etapa de Velocitta marcou um momento importante para Gorayeb, que valoriza o trabalho em equipe, tanto nas pistas quanto nos negócios. Ele acredita que a integração entre os membros da equipe é crucial para alcançar objetivos, assim como na empresa. Para ele, o automobilismo se tornou uma verdadeira paixão.
Em janeiro, Gorayeb participou das 1.000 Milhas de Interlagos e, desde então, continua aprimorando suas habilidades com treinos de pista, musculação e simuladores de realidade aumentada. Ele também utiliza um simulador em casa para treinar, visando o crescimento constante nas competições.
Fora das pistas, a Ballena, bebida criada por Gorayeb, investe cerca de 1 milhão de reais por ano em atletas. A marca tem três embaixadores e produz 120 mil garrafas mensais, muito mais que as 2.000 iniciais. A tequila usada na Ballena é altamente regulamentada no México.
Além de ser cofundador da Ballena, Gorayeb é sócio de outras marcas e planeja competir internacionalmente com o carro azul e rosa, com o objetivo de correr em Daytona em 2026, como preparação para as 24 Horas de Le Mans.
Antônio Oliva, diretor de novos negócios da Storymakers
Para além das grandes celebrações que organiza com a Holding N1, Antônio Oliva é tetracampeão brasileiro de adestramento de cavalos
Antônio Oliva, diretor de novos negócios da Storymakers, se surpreendeu ao ver o cavalo com o qual foi campeão brasileiro, aos 3 anos, na cerimônia da tocha olímpica. Embora não tenha competido, esteve nos Jogos Olímpicos torcendo por seu irmão, João Oliva, no adestramento.
O interesse pelo hipismo surgiu na infância, no haras do pai, José Victor Oliva. Inicialmente um espaço de lazer, a fazenda se transformou em um local de treinamento, com o pai incentivando os filhos a competirem, apesar das inseguranças de Antônio.
A família também tem um vínculo com o esporte através de sua mãe, Hortência Marcari, ex-atleta de basquete. Antônio explica o adestramento como uma prática comparada ao balé clássico, com movimentos artísticos avaliados por juízes. Ele destaca que é o único esporte onde homens e mulheres competem juntos.
Antônio foi tetracampeão brasileiro de adestramento, mas escolheu seguir carreira empresarial. Ele decidiu não trancar a faculdade para tentar uma Olimpíada e se tornou diretor na Storymakers, uma aceleradora de ideias, incluindo o Camarote No1 no Carnaval.
Além de sua carreira no entretenimento, Antônio é sócio do Tetto Rooftop Lounge e participa de eventos da holding. Ele também se apresenta como DJ e aplica no trabalho a lição do esporte de aprender com a derrota e buscar constância e persistência para o sucesso.
Embora tenha escolhido o caminho empresarial, Antônio não descarta retornar ao hipismo. Ele acredita que ainda voltará a competir, com o objetivo de chegar a uma Olimpíada, possivelmente ao lado do irmão, em uma competição que emocionaria sua mãe, Hortência.
Marcelo Raskin, CEO da Keune Haircosmetics Brasil
Marcelo Raskin, CEO da Keune Haircosmetics Brasil, encontra no preparo da bebida um caminho de conexão
Marcelo Raskin, CEO da Keune Haircosmetics Brasil, inicia suas manhãs com um ritual de café que vai além de uma simples xícara. Antes de sua rotina de exercícios e aulas de tênis, ele prepara seu café, moendo os grãos na noite anterior para otimizar o tempo e evitar barulho, criando uma atmosfera de meditação pessoal. Raskin usa métodos como Hario V60 e prensa francesa para preparar seu café.
Seu interesse por café começou há dez anos, quando ganhou uma cafeteira italiana de presente de casamento e passou a explorar mais sobre o universo da bebida com um amigo de infância. Isso o levou a adquirir equipamentos como a Hario V60 e um moedor, ampliando sua capacidade de perceber as nuances do café, como acidez e doçura. Atualmente, ele está explorando o método Chemex, um design icônico inspirado na Bauhaus, que garante uma filtragem mais pura, sem interferência de sabores de materiais.
Raskin acredita que, assim como o vinho, o café se distingue pela origem do grão e o método de filtragem. Ele busca cafés raros, como os japoneses, e aprecia grãos de países como Etiópia, Indonésia, Panamá, Colômbia, Costa Rica e, claro, Brasil. Suas viagens internacionais incluem visitas a cafeterias em Amsterdã, Nova York e Paris.
Como CEO da holding Gera Partner e da Keune Haircosmetics Brasil, Raskin lidera uma empresa familiar fundada em 1922 em Amsterdã, que encontrou no Brasil um mercado promissor. Sob sua direção, a Keune experimentou um crescimento significativo, com aumento de 16% no faturamento de 2023 em relação ao ano anterior. O crescimento contínuo da empresa se deve, em parte, ao retorno das atividades pós-pandemia e à crescente demanda por produtos de beleza.
O executivo é otimista quanto ao futuro da Keune no Brasil e acredita que a chave para o sucesso está na combinação de tradição e inovação. "Estamos sempre buscando novas maneiras de nos conectar com nossos clientes e oferecer produtos que atendam às suas necessidades", afirma, enquanto desfruta de sua xícara de café.
Antonio Forjaz, head na América Latina da Sportingbet
O padel é apenas mais um esporte da lista de atividades físicas que Antonio Forjaz, head na América Latina da Sportingbet, pratica
Antonio Forjaz, head da Sportingbet na América Latina, é um entusiasta de esportes e mantém uma rotina ativa que inclui futebol, corrida, ioga, musculação, tênis e padel, entre outras atividades. Morando atualmente em São Paulo, ele começa o dia correndo no Parque Ibirapuera, um contraste com as praias do Rio de Janeiro, onde passou uma temporada. “São Paulo é muito mais divertida para quem quer se desafiar. A quantidade de grupos de corrida e tênis no parque é impressionante”, afirma o executivo.
A paixão por esportes de Forjaz tem raízes na infância, quando praticava futebol e tênis com seu irmão. Mais tarde, ele integrou a 2ª divisão catalã de futebol em Barcelona e, ao abandonar a carreira no esporte, se apaixonou pelo rúgbi. “O rúgbi foi o esporte que mais me impactou em termos de espírito de equipe, fiz grandes amigos”, conta. Após esse período, Forjaz passou a correr sozinho, atividade que continua a praticar até hoje.
Além da corrida, Forjaz se dedica ao padel, esporte que combina elementos do tênis e do squash, e é jogado em uma quadra fechada com paredes que mantêm a bola em jogo. Para ele, o padel é mais estratégico do que técnico. “O padel não é sobre força. Mesmo quem nunca jogou se diverte logo na primeira partida. É uma combinação de estratégia e habilidade, ao contrário do tênis, que nem sempre é tão divertido de imediato.”
As lições adquiridas com o esporte influenciam sua abordagem de liderança e competitividade. “O esporte ensina a ter uma relação saudável com as derrotas. Perder mostra quais pontos precisam ser melhorados”, explica. Para ele, motivar um jogador em uma derrota é semelhante a motivar um colaborador em um desafio profissional. “Sem o esporte, eu não conseguiria ter uma relação tão saudável com o meu trabalho. O exercício é a chave para a saúde mental e física.”
Antes de ingressar na Sportingbet, Forjaz teve uma trajetória marcante como country manager do Amazon Prime Video Brasil e trabalhou com CRM no Grupo Globo, com foco no serviço de streaming Globoplay. Como CEO da Sportingbet, ele tem se dedicado a criar uma experiência de apostas mais enriquecedora para os fãs de esporte. “Queremos que as apostas enalteçam a experiência do torcedor, não que sejam vistas como uma forma de ganhar dinheiro. Nossa responsabilidade é explicar o que é uma casa de apostas e garantir que o Sportingbet seja sempre um espaço de diversão e entretenimento.”
A Sportingbet, empresa britânica fundada em 1998, tem se consolidado no Brasil, com 22 milhões de brasileiros fazendo apostas em 2023, conforme dados da Anbima. O volume de apostas no país cresceu 71% desde 2020, alcançando 120 bilhões de reais, de acordo com o BNL Data. A empresa também é patrocinadora da Conmebol Sul-Americana e da Copa Libertadores da América.
Forjaz, no entanto, não se limita ao mundo das apostas e esportes tradicionais. Ele também alimenta um desejo de aprender novas atividades e enfrenta o desafio de esquiar. “Adoraria esquiar, mas nas poucas vezes que pratiquei, fui ultrapassado por garotas de 8 anos. Tenho a sensação de que preciso ser estimulado”, brinca, mostrando que, mesmo com sua vasta experiência e habilidade, ele ainda está aberto a novos desafios.