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Ópera perde o belga Gérard Mortier, polêmico e inovador

Diretor de ópera morreu em consequência de um câncer de pâncreas detectado em meados de 2013

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2014 às 17h17.

Madri -  O mundo da ópera perdeu na noite de ontem, sábado, o belga Gérard Mortier, um polêmico inovador, que morreu aos 70 anos em sua casa em Bruxelas em consequência de um câncer de pâncreas detectado em meados de 2013, quando ainda estava à frente da direção de arte do Teatro Real de Madri.

Mortier (Gent, Bélgica, 1943) sempre esteve acompanhado pela controvérsia e tinha claro que seu papel à frente das instituições musicais que dirigiu ao longo de sua carreira foi ampliar o horizonte musical do público e fazê-lo refletir.

'Dizem que gosto de provocar, mas o que gosto é de agitar, e vejo muita gente feliz. O único mal para o teatro é a indiferença', disse Mortier há um ano e meio.

Bruxelas, Paris, Salzburgo e Madri, cujos palcos de ópera dirigiu, lembraram hoje a figura de Mortier.

O Teatro Real de Madri, do qual era conselheiro artístico, dedicou a tarde de hoje a Mortier durante a apresentação de 'Alceste', de Gluck, na qual fez um minuto de silêncio em sua memória, enquanto as bandeiras de sua fachada no exterior ondeavam a meio mastro em sinal de luto.

O diretor-geral do Teatro Real, Ignacio García-Belenguer, disse à Agência Efe que lamentava a 'profunda perda' para a ópera, para a qual, acrescentou, foi um 'revolucionário e inovador' capaz de mobilizar todo o público e 'sobretudo o jovem'.

Há apenas algumas semanas Mortier levou ao Real sua adaptação para a ópera do famoso filme 'O Segredo de Brokeback Mountain'.

A organização do Festival de Salzburgo, através de sua presidente, Helga Rabl-Stadler, ressaltou o trabalho de Mortier na década (1991-2001) que esteve à frente desta instituição: 'Era maravilhoso trabalhar com ele, quando com competência e paixão realizava programas que antes pareciam impossíveis'. Mas lembra: 'Era difícil trabalhar com ele quando sua vontade de provocar feria companheiros e artistas'.

Por sua vez, a ministra francesa de Cultura, Aurélie Filippetti, prestou homenagem a Mortier, que esteve à frente da Ópera de Paris entre 2004 e 2009, e ao que classificou como 'grande figura da arte lírica'.

Após a morte do diretor, cujo funeral será fechado para familiares e amigos, várias instituições que o belga dirigiu já anunciaram homenagens. Entre elas, a Ópera de Paris informou que dedicará a reedição de seu 'Tristão e Isolda' a partir do dia 8. EFE

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Mortier (Gent, Bélgica, 1943) sempre esteve acompanhado pela controvérsia e tinha claro que seu papel à frente das instituições musicais que dirigiu ao longo de sua carreira foi ampliar o horizonte musical do público e fazê-lo refletir.

'Dizem que gosto de provocar, mas o que gosto é de agitar, e vejo muita gente feliz. O único mal para o teatro é a indiferença', disse Mortier há um ano e meio.

Bruxelas, Paris, Salzburgo e Madri, cujos palcos de ópera dirigiu, lembraram hoje a figura de Mortier.

O Teatro Real de Madri, do qual era conselheiro artístico, dedicou a tarde de hoje a Mortier durante a apresentação de 'Alceste', de Gluck, na qual fez um minuto de silêncio em sua memória, enquanto as bandeiras de sua fachada no exterior ondeavam a meio mastro em sinal de luto.

O diretor-geral do Teatro Real, Ignacio García-Belenguer, disse à Agência Efe que lamentava a 'profunda perda' para a ópera, para a qual, acrescentou, foi um 'revolucionário e inovador' capaz de mobilizar todo o público e 'sobretudo o jovem'.

Há apenas algumas semanas Mortier levou ao Real sua adaptação para a ópera do famoso filme 'O Segredo de Brokeback Mountain'.

A organização do Festival de Salzburgo, através de sua presidente, Helga Rabl-Stadler, ressaltou o trabalho de Mortier na década (1991-2001) que esteve à frente desta instituição: 'Era maravilhoso trabalhar com ele, quando com competência e paixão realizava programas que antes pareciam impossíveis'. Mas lembra: 'Era difícil trabalhar com ele quando sua vontade de provocar feria companheiros e artistas'.

Por sua vez, a ministra francesa de Cultura, Aurélie Filippetti, prestou homenagem a Mortier, que esteve à frente da Ópera de Paris entre 2004 e 2009, e ao que classificou como 'grande figura da arte lírica'.

Após a morte do diretor, cujo funeral será fechado para familiares e amigos, várias instituições que o belga dirigiu já anunciaram homenagens. Entre elas, a Ópera de Paris informou que dedicará a reedição de seu 'Tristão e Isolda' a partir do dia 8. EFE

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