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Lygia Clark e Botero lideram vendas em leilões de Nova York

Casa Christie's vendeu um total de US$ 17,6 milhões e a Sotheby's outros US$ 15,1 milhões durante leilões de arte latina em Nova York

Escultura "Cabeza", do artista Angel Botello, é vista durante leilão da Christie's, em Nova York (Shannon Stapleton/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 16h30.

Nova York - Um retrato de família do artista colombiano Fernando Botero e obras do artista uruguaio Joaquín Torres-García e da escultora brasileira Lygia Clark se destacaram em leilões de arte latino-americana em Nova York.

A casa Christie's vendeu um total de 17,6 milhões de dólares, e a Sotheby's outros 15,1 milhões na quarta-feira, dia em que ainda se estabeleceu um recorde de leilões com Ernesto Icaza, pintor mexicano do início do século 20.

“O leilão refletiu a força do atual mercado de arte latino-americana”, disse Virgilio Garza, que chefia a seção dedicada ao tema na Christie's. “Houve muitos compradores novos, alguns norte-americanos e alguns sul-americanos”.

O lote principal da Christie's foi a pintura "Composición TSF", de Torres-García, de 1931, arrebatada por 1,6 milhão de dólares.

Também conhecida como "Constructivo Universal", a obra é composta de grades retangulares que emolduram símbolos de ligação globais, como telecomunicações sem fio, viagens marítimas e um balão.

"A Composición TSF sugere um universo pessoal e cósmico por meio dos seus arranjos de sinais exibidos em alto-relevo suave dentro de uma estrutura semelhante a uma caixa em tons de preto, branco, cinza e ocre”, detalhou Marysol Nieves, especialista em América Latina da Christie’s.

Na Sotheby's, o "Grafismo Infinito" de Torres-García, de 1937, foi vendido por pouco mais de 1 milhão de dólares.

Neste quadro, ele tenta criar uma linguagem pictográfica universal, incluindo referências aos artefatos de pedra de Inca e princípios da arquitetura ocidental clássica, disse Axel Stein, responsável por arte sul-americana da Sotheby's.

Ainda na Christie's, o “Homem Indo ao Trabalho”, obra de Botero de 1969 comprada por 1,4 milhão de dólares, mostra um homem saindo de casa sob o olhar da sua mulher e seu bebê muito maiores. O jardim é enquadrado por montanhas cobertas de neve e um vulcão emitindo fumaça.

“É o homem cotidiano tornado estranho”, afirmou Garza. “Transmite uma sensação sobrenatural, como em uma pintura (do surrealista belga René) Magritte”.

O "Bicho-Em-Si-Mid (No. IV)”, obra de Lygia Clark de 1960, foi arrematada por 1,2 milhão de dólares na Sotheby's. A escultura, que consiste de placas com dobradiças, foi feita para ser manuseada pelos espectadores para criar uma variedade de configurações que lembrem as formas ilimitadas de um bicho.

Clark, que morreu em 1988, tem atraído cada vez mais interesse no exterior – o Museu de Arte Moderna de Nova York abriu uma retrospectiva do seu trabalho no início deste mês.

Um conjunto de 12 pinturas de “charros” (cavaleiros), vendida por 905 mil dólares, atingiu o valor recorde para obras de Icaza.

A "Mujer con Sandía" (Mulher com Melancia), de Rufino Tamayo, pintada em 1939, também estabeleceu um recorde para um trabalho em papel do artista, sendo negociada por 473 mil dólares.

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Nova York - Um retrato de família do artista colombiano Fernando Botero e obras do artista uruguaio Joaquín Torres-García e da escultora brasileira Lygia Clark se destacaram em leilões de arte latino-americana em Nova York.

A casa Christie's vendeu um total de 17,6 milhões de dólares, e a Sotheby's outros 15,1 milhões na quarta-feira, dia em que ainda se estabeleceu um recorde de leilões com Ernesto Icaza, pintor mexicano do início do século 20.

“O leilão refletiu a força do atual mercado de arte latino-americana”, disse Virgilio Garza, que chefia a seção dedicada ao tema na Christie's. “Houve muitos compradores novos, alguns norte-americanos e alguns sul-americanos”.

O lote principal da Christie's foi a pintura "Composición TSF", de Torres-García, de 1931, arrebatada por 1,6 milhão de dólares.

Também conhecida como "Constructivo Universal", a obra é composta de grades retangulares que emolduram símbolos de ligação globais, como telecomunicações sem fio, viagens marítimas e um balão.

"A Composición TSF sugere um universo pessoal e cósmico por meio dos seus arranjos de sinais exibidos em alto-relevo suave dentro de uma estrutura semelhante a uma caixa em tons de preto, branco, cinza e ocre”, detalhou Marysol Nieves, especialista em América Latina da Christie’s.

Na Sotheby's, o "Grafismo Infinito" de Torres-García, de 1937, foi vendido por pouco mais de 1 milhão de dólares.

Neste quadro, ele tenta criar uma linguagem pictográfica universal, incluindo referências aos artefatos de pedra de Inca e princípios da arquitetura ocidental clássica, disse Axel Stein, responsável por arte sul-americana da Sotheby's.

Ainda na Christie's, o “Homem Indo ao Trabalho”, obra de Botero de 1969 comprada por 1,4 milhão de dólares, mostra um homem saindo de casa sob o olhar da sua mulher e seu bebê muito maiores. O jardim é enquadrado por montanhas cobertas de neve e um vulcão emitindo fumaça.

“É o homem cotidiano tornado estranho”, afirmou Garza. “Transmite uma sensação sobrenatural, como em uma pintura (do surrealista belga René) Magritte”.

O "Bicho-Em-Si-Mid (No. IV)”, obra de Lygia Clark de 1960, foi arrematada por 1,2 milhão de dólares na Sotheby's. A escultura, que consiste de placas com dobradiças, foi feita para ser manuseada pelos espectadores para criar uma variedade de configurações que lembrem as formas ilimitadas de um bicho.

Clark, que morreu em 1988, tem atraído cada vez mais interesse no exterior – o Museu de Arte Moderna de Nova York abriu uma retrospectiva do seu trabalho no início deste mês.

Um conjunto de 12 pinturas de “charros” (cavaleiros), vendida por 905 mil dólares, atingiu o valor recorde para obras de Icaza.

A "Mujer con Sandía" (Mulher com Melancia), de Rufino Tamayo, pintada em 1939, também estabeleceu um recorde para um trabalho em papel do artista, sendo negociada por 473 mil dólares.

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