Foto mostra destroços do carro de Ayrton Senna em Ímola, em 1 de maio de 1994: nesta quinta fará 20 anos da morte do piloto (AFP/Arquivos)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2014 às 20h45.
Ímola - Fãs e familiares estão se reunindo nesta semana em Ímola para prestar suas homenagens aos ex-pilotos de Fórmula 1 Ayrton Senna e Roland Ratzenberger no 20º aniversário de suas mortes. Conhecido como o "Capelão dos Pilotos" Sergio Mantovani celebrou nesta quarta-feira uma missa em uma sala ao lado do pit lane do Circuito Enzo e Dino Ferrari, que sediou por anos o GP de San Marino.
Os pais de Ratzenberger, Margit e Rudolf, se sentaram na primeira fila e choraram durante a cerimônia, realizada no exato aniversário da morte de seu filho. O austríaco Ratzenberger morreu após sofrer acidente no treino de classificação, em 30 de abril de 1994. Já Senna, três vezes campeão mundial de Fórmula 1, faleceu no dia seguinte, após acidente durante a corrida.
"É difícil para mim. Mas eu tenho que estar aqui para lembrar o meu filho", disse Margit Ratzenberger. "Mas eu acho que não volto nunca mais", acrescentou ela. "É o suficiente".
A comoção em torno da morte de Senna e de Ratzenberger trouxe melhorias de segurança para toda a Fórmula 1, com retas mais curtas, maiores áreas de escape nas curvas mais perigosas e motores menos potentes. "Muitas coisas mudaram", disse Margit Ratzenberger. "Os capacetes mudaram, as regras mudaram, e eu estou muito feliz que por causa deste acidente, pelo menos, ficou mais seguro".
Rudolf Ratzenberger recordou que uma lembrança ligada a seu filho foi encontrada no carro de Senna após o acidente do brasileiro. "Estamos muito honrados e muito emocionados por estarmos aqui", disse. "Senna também está em nossos corações. Senna tinha uma bandeira para Roland em seu carro e ele queria homenageá-lo se ganhasse. Esta é a quinta vez que estou aqui em Ímola. Mas para a minha esposa ainda é muito difícil estar aqui".
Enquanto os parentes de Senna ainda não foram vistos em Ímola, vários dos seus fãs já estão presentes para homenageá-lo. O capelão Mantovani, que era amigo de Senna e comandou a cerimônia desta quarta-feira, também lembrou as suas memórias do brasileiro.
"Ele sempre orava antes das corridas, disse Mantovani. "Eu não posso acreditar que faz 20 anos. Eu estava lá quando o acidente aconteceu. Lembro-me de falar com ele antes da corrida e parece que foi ontem", comentou.