Leilão na Christie's de Nova York: leilões de obras de arte movimentaram 15,2 bilhões de dólares em 2014, contra 12,5 bilhões de 2013 (Don Emmert/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 10h44.
Paris - O ano de 2014 foi excepcional para os leilões de obras de arte no mundo, que movimentaram 26% de dinheiro a mais do que no ano anterior, registrando um número recorde de vendas, superiores a 1 milhão de dólares.
A China supera por pouco os Estados Unidos, segundo o relatório anual da Artprice, líder mundial de dados enviados com exclusividade à AFP.
No total, os leilões de obras de arte movimentaram 15,2 bilhões de dólares, contra 12,5 bilhões de 2013, um novo recorde.
"Um resultado surpreendente, que cresceu 300% em uma década", afirmou Thierry Ehrmann, presidente fundador da Artprice.com, que elaborou o relatório em colaboração com o conglomerado chinês Artron.
Em 2014 aconteceram 1.679 vendas superiores ou de valor igual a um milhão de dólares, quatro vezes mais que há dez anos. No total, 125 obras alcançaram 10 milhões de dólares ou mais, contra 18 em 2005.
As vendas de obras de arte alcançaram 5,6 bilhões de dólares na China (incluindo Hong Kong e Taiwan), 5% menos que no ano anterior. Apesar da desaceleração, o mercado chinês movimenta mais dinheiro que o americano, principalmente porque dispõe de um mercado maior de obras antigas.
Em compensação, 2014 foi excelente nos Estados Unidos onde as vendas, 4,8 bilhões de dólares, cresceram 21%. Na Grã-Bretanha também foram registrados resultados excelentes (+ 35%), o que permite que o país apareça na terceira posição, com 2,8 bilhões de dólares.
Também foram criados mais museus entre 2000 e 2015 que durante os séculos XIX e XX juntos e, na Grande Ásia, um museu é aberto por dia, afirma o estudo.
Um dos leilões mais espetaculares foi o que teve a venda do quadro do americano Barnett Newman de 1961 ("Black Fine 1"), que tinha um lance inicial de 39 milhões de dólares, mas foi vendido por US$ 75 milhões na Christie's em maio passado.