Hopkins vive Hitchcock em filme que não agradou à crítica
O longa, que estreou recentemente nos cinemas europeus, é baseado no livro de Stephen Rebello "Alfred Hitchcock and the Making of Psycho"
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 05h44.
Londres - Anthony Hopkins e Helen Mirren dão vida ao mestre do suspense e à sua mulher Alma Reville em "Hitchcock", um filme que explora a relação do casal durante a filmagem de "Psicose" e que não agradou à crítica.
O filme de Sacha Gervasi foi muito esperado pelos críticos, mas não recebeu elogios apesar da grande interpretação de Hopkins, que, como disse em entrevista à Agência Efe, buscou imitar a voz e os gestos do diretor "sem exagerar".
Para o jornal "The Guardian", trata-se de uma biografia "superficial" e "ingênua" do gênio do cinema e foi um pouco "decepcionante", enquanto para o "Independent", o filme não conseguiu "captar" a energia de "Psicose".
O filme, que estreou recentemente nos cinemas europeus e é baseado no livro de Stephen Rebello "Alfred Hitchcock and the Making of Psycho", mergulha na relação profissional e sentimental do casal quando Hitchcock decidiu levar ao cinema, em 1960, "Psicose", um trabalho do qual muitos duvidavam, mas que se tornou uma das obras-primas do diretor de origem britânica.
Com a cena mais impactante da história da sétima arte, o ataque à protagonista, Janet Leigh (interpretada por Scarlett Johansson), na ducha, Gervasi mostra a paixão de Hitchcock por "Psicose", seu amor pelo espetáculo, sua vaidade, seus sentimentos reprimidos e sua ansiedade compulsiva pela comida.
Além disso, o filme aborda os ciúmes mútuos, especialmente os de Alma em relação a Janet Leigh, que finalmente se mostraram infundados.
Hopkins revelou à Efe sua grande admiração por Hitchcock, que descreveu como um homem que "provavelmente era vaidoso, adorava ser o centro das atenções, ser uma celebridade, dar autógrafos, mas (também) era um homem distante".
O ator contou que Janet Leigh confessou certa vez que Hitchcock era um homem divertido e que quando grandes estrelas como Tony Curtis e Cary Grant iam a sua casa de Hollywood sempre riam, "era um grande entretenimento".
Mas não foi fácil para Hopkins se colocar na pele de Hitchcock, já que o ator se negou a engordar para imitar sua figura física corpulenta, por isso os produtores fizeram uma prótese com que ficou difícil se movimentar pelo estúdio.
Apesar de tudo, o ator de 75 anos não quis ensaiar sem a prótese, por isso precisaram esperar que ficasse pronta. "Neguei-me a entrar no estúdio até que estivesse totalmente vestido. Sou metódico. Não gosto de ir ensaiar estando metade vestido. "Esperem (dizia à equipe no set) até que me transforme". Levo isso muito a sério", relatou o ator de origem galesa explicando seu método de trabalho.
Hopkins confessou também que precisava andar com cuidado porque os estúdios "são lugares perigosos, cheios de cabos. As pessoas se acidentam todo o tempo. Tinha que me movimentar devagar, mas foi uma maneira maravilhosa de preparar Hitchcock".
"Ri muito, mas quando as câmeras começavam a gravar, tratei de me transformar em Hitchcock, imitar sua voz, suas peculiaridades, sem exagerar", disse o astro, que foi um "grande admirador" do diretor desde pequeno.
Helen Mirren dá vida a uma Alma Reville quase desconhecida pelo público, mas que foi fundamental no sucesso cinematográfico do gênio do suspense, pois fazia sugestões, editava roteiros e chegou a substituí-lo em algum momento na direção de "Psicose".
Mirren, de 67 anos, falou à Efe sobre o prazer de interpretar Alma - "acho que a entendi e gostei (dela)"- e sobre a honra de estar frente a frente com um "ator tão poderosamente extraordinário quanto Hopkins. Tudo o que você quer é ser suficientemente boa".
Para a atriz de "A Rainha", em que interpretou Elizabeth II, o sucesso de "Psicose" é que "muitas vezes a grande a arte vem após uma grande resistência".
Londres - Anthony Hopkins e Helen Mirren dão vida ao mestre do suspense e à sua mulher Alma Reville em "Hitchcock", um filme que explora a relação do casal durante a filmagem de "Psicose" e que não agradou à crítica.
O filme de Sacha Gervasi foi muito esperado pelos críticos, mas não recebeu elogios apesar da grande interpretação de Hopkins, que, como disse em entrevista à Agência Efe, buscou imitar a voz e os gestos do diretor "sem exagerar".
Para o jornal "The Guardian", trata-se de uma biografia "superficial" e "ingênua" do gênio do cinema e foi um pouco "decepcionante", enquanto para o "Independent", o filme não conseguiu "captar" a energia de "Psicose".
O filme, que estreou recentemente nos cinemas europeus e é baseado no livro de Stephen Rebello "Alfred Hitchcock and the Making of Psycho", mergulha na relação profissional e sentimental do casal quando Hitchcock decidiu levar ao cinema, em 1960, "Psicose", um trabalho do qual muitos duvidavam, mas que se tornou uma das obras-primas do diretor de origem britânica.
Com a cena mais impactante da história da sétima arte, o ataque à protagonista, Janet Leigh (interpretada por Scarlett Johansson), na ducha, Gervasi mostra a paixão de Hitchcock por "Psicose", seu amor pelo espetáculo, sua vaidade, seus sentimentos reprimidos e sua ansiedade compulsiva pela comida.
Além disso, o filme aborda os ciúmes mútuos, especialmente os de Alma em relação a Janet Leigh, que finalmente se mostraram infundados.
Hopkins revelou à Efe sua grande admiração por Hitchcock, que descreveu como um homem que "provavelmente era vaidoso, adorava ser o centro das atenções, ser uma celebridade, dar autógrafos, mas (também) era um homem distante".
O ator contou que Janet Leigh confessou certa vez que Hitchcock era um homem divertido e que quando grandes estrelas como Tony Curtis e Cary Grant iam a sua casa de Hollywood sempre riam, "era um grande entretenimento".
Mas não foi fácil para Hopkins se colocar na pele de Hitchcock, já que o ator se negou a engordar para imitar sua figura física corpulenta, por isso os produtores fizeram uma prótese com que ficou difícil se movimentar pelo estúdio.
Apesar de tudo, o ator de 75 anos não quis ensaiar sem a prótese, por isso precisaram esperar que ficasse pronta. "Neguei-me a entrar no estúdio até que estivesse totalmente vestido. Sou metódico. Não gosto de ir ensaiar estando metade vestido. "Esperem (dizia à equipe no set) até que me transforme". Levo isso muito a sério", relatou o ator de origem galesa explicando seu método de trabalho.
Hopkins confessou também que precisava andar com cuidado porque os estúdios "são lugares perigosos, cheios de cabos. As pessoas se acidentam todo o tempo. Tinha que me movimentar devagar, mas foi uma maneira maravilhosa de preparar Hitchcock".
"Ri muito, mas quando as câmeras começavam a gravar, tratei de me transformar em Hitchcock, imitar sua voz, suas peculiaridades, sem exagerar", disse o astro, que foi um "grande admirador" do diretor desde pequeno.
Helen Mirren dá vida a uma Alma Reville quase desconhecida pelo público, mas que foi fundamental no sucesso cinematográfico do gênio do suspense, pois fazia sugestões, editava roteiros e chegou a substituí-lo em algum momento na direção de "Psicose".
Mirren, de 67 anos, falou à Efe sobre o prazer de interpretar Alma - "acho que a entendi e gostei (dela)"- e sobre a honra de estar frente a frente com um "ator tão poderosamente extraordinário quanto Hopkins. Tudo o que você quer é ser suficientemente boa".
Para a atriz de "A Rainha", em que interpretou Elizabeth II, o sucesso de "Psicose" é que "muitas vezes a grande a arte vem após uma grande resistência".