Exame Logo

"Hitchcock" é, na verdade, uma história sobre sua esposa

O filme não chega a ser um elogio às virtudes do genial diretor, e sim às de sua esposa, a roteirista Alma Reville

Pôster do filme "Hitchcock": o filme se concentra em um episódio central da vida profissional do diretor, seu empenho pessoal em levar ao cinema a história de"Psicose" (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 11h01.

Redação Central - "Hitchcock", o filme, não é uma biografia do genial diretor. É um episódio de sua vida, importante, sim, mas não chega a ser um elogio às virtudes de Hitch, e sim às de sua esposa, a roteirista Alma Reville, e às de Helen Mirren, que a interpreta - mais que às de Anthony Hopkins.

Se a ideia era dar protagonismo a Alfred Hitchcock, - e a julgar pelo título, era essa a intenção - a produção teve efeito contrário ao que esperava o diretor Sacha Gervasi.

A excessiva caracterização de Anthony Hopkins como Hitchcock foi mais um empecilho que um benefício para o ator galês, cuja interpretação ficou muito condicionada pelo aspecto físico característico do diretor de "Psicose".

Sua voz impostada e a sensação que sempre se vê o ator acima do personagem fazem com que seja ainda mais evidente a sutileza da interpretação de Helen Mirren em seu papel de esposa à sombra - mas não abnegada, do grande diretor.

Alma Reville é sem dúvida a revelação do filme. Tanto pelo pouco que se sabe de sua pessoa como pela força de uma personalidade que, apesar de tudo, soube entender melhor que ninguém a grandeza e as fragilidades de Hitchcock.


O filme se concentra em um episódio central da vida profissional do diretor: seu empenho pessoal em levar ao cinema a história de "Psicose", um projeto em que ninguém parecia apostar na Hollywood de 1960.

Ninguém exceto Hitch e sua fiel escudeira, Alma, responsável por escrever e reescrever a maioria dos roteiros de seus filmes .

O filme não deixou de fora nenhum aspecto, abordando o prazer de Hitchcock pela comida, sua adoração por loiras de aspecto frio, a obsessão pelos detalhes, seu egocentrismo, seu gênio difícil e a dependência a sua mulher.

Scarlett Johansson interpreta Janet Leigh, a protagonista de "Psicose", e personifica todas as loiras que obcecavam o cineasta - de Tippi Hedren a Grace Kelly, passando por Kim Novak.

Mas além dos tópicos, o filme mostra o diretor pelos olhos de Alma, uma mulher equilibrada, inteligente, forte e que amava e respeitava profundamente o marido.

É esse personagem, de Helen Mirren, que prende o espectador e protagoniza os melhores momentos do filme que chega em março aos cinemas brasileiros, mas que não correspondeu em sua estreia nos Estados Unidos às expectativas que havia gerado.

Veja também

Redação Central - "Hitchcock", o filme, não é uma biografia do genial diretor. É um episódio de sua vida, importante, sim, mas não chega a ser um elogio às virtudes de Hitch, e sim às de sua esposa, a roteirista Alma Reville, e às de Helen Mirren, que a interpreta - mais que às de Anthony Hopkins.

Se a ideia era dar protagonismo a Alfred Hitchcock, - e a julgar pelo título, era essa a intenção - a produção teve efeito contrário ao que esperava o diretor Sacha Gervasi.

A excessiva caracterização de Anthony Hopkins como Hitchcock foi mais um empecilho que um benefício para o ator galês, cuja interpretação ficou muito condicionada pelo aspecto físico característico do diretor de "Psicose".

Sua voz impostada e a sensação que sempre se vê o ator acima do personagem fazem com que seja ainda mais evidente a sutileza da interpretação de Helen Mirren em seu papel de esposa à sombra - mas não abnegada, do grande diretor.

Alma Reville é sem dúvida a revelação do filme. Tanto pelo pouco que se sabe de sua pessoa como pela força de uma personalidade que, apesar de tudo, soube entender melhor que ninguém a grandeza e as fragilidades de Hitchcock.


O filme se concentra em um episódio central da vida profissional do diretor: seu empenho pessoal em levar ao cinema a história de "Psicose", um projeto em que ninguém parecia apostar na Hollywood de 1960.

Ninguém exceto Hitch e sua fiel escudeira, Alma, responsável por escrever e reescrever a maioria dos roteiros de seus filmes .

O filme não deixou de fora nenhum aspecto, abordando o prazer de Hitchcock pela comida, sua adoração por loiras de aspecto frio, a obsessão pelos detalhes, seu egocentrismo, seu gênio difícil e a dependência a sua mulher.

Scarlett Johansson interpreta Janet Leigh, a protagonista de "Psicose", e personifica todas as loiras que obcecavam o cineasta - de Tippi Hedren a Grace Kelly, passando por Kim Novak.

Mas além dos tópicos, o filme mostra o diretor pelos olhos de Alma, uma mulher equilibrada, inteligente, forte e que amava e respeitava profundamente o marido.

É esse personagem, de Helen Mirren, que prende o espectador e protagoniza os melhores momentos do filme que chega em março aos cinemas brasileiros, mas que não correspondeu em sua estreia nos Estados Unidos às expectativas que havia gerado.

Acompanhe tudo sobre:ArteCinemaEntretenimentoFilmes

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Casual

Mais na Exame