Ex-colegas de Mandela querem concluir segunda parte do livro
Ex-colegas estão empenhados em concluir um livro que o primeiro presidente negro da África do Sul começou a escrever logo antes de deixar o cargo
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 19h25.
Johanesburgo - Ex-colegas de Nelson Mandela estão empenhados em concluir um livro que o primeiro presidente negro da África do Sul começou a escrever logo antes de deixar o cargo, e que seria uma segunda parte da sua autobiografia "Longa Caminhada Até a Liberdade", disse o arquivista dele na segunda-feira.
Na primeira redação de "Os Anos Presidenciais", datada de 16 de outubro de 1998 e vista pela Reuters no arquivo da Fundação Nelson Mandela, o herói da luta contra o apartheid escreve sobre as esperanças, medos e fragilidades dos movimentos de libertação do mundo todo.
Duas décadas depois do final do regime de segregação racial, alguns trechos podem soar desconfortáveis para os atuais líderes do Congresso Nacional Africano (CNA, partido de Mandela), entre eles o presidente do país, Jacob Zuma, suspeito de receber o equivalente a 20 milhões de dólares em verbas públicas para reformar sua casa.
"A história nunca para de pregar peças, mesmo com combatentes da liberdade experientes e mundialmente famosos", escreveu Mandela após comentar as dificuldades de movimentos vitoriosos em exercer a transparência na gestão pública e reduzir disparidades sociais.
"Frequentemente, antigos revolucionários sucumbiram facilmente à cobiça, e a tendência de desviar recursos públicos para enriquecimento pessoal acabou por dominá-los", prosseguiu Mandela, que deixou a presidência em 1999, após um só mandato, e hoje, aos 95 anos, tem a saúde frágil.
"Ao acumular uma vasta riqueza pessoal e ao trair os nobres objetivos que os tornaram famosos, eles virtualmente desertaram das massas e aderiram aos ex-opressores, que se enriqueceram roubando de forma inclemente os mais pobres", escreveu Mandela, sem citar nomes.
O executivo-chefe da Fundação Mandela, Sello Hatang, disse que ex-colegas haviam começado a tentativa de terminar o trabalho, baseando-se em textos do próprio Mandela, outros materiais de arquivo e suas lembranças pessoais do prêmio Nobel da Paz.
"É um trabalho coletivo, um projeto de pessoas que trabalharam com Mandela", afirmou Hatang à Reuters na Fundação em Johanesburgo, onde Mandela passou seu período profissional após deixar o cargo.
Ele se recusou a dizer quem estava trabalhando no livro ou quando ele pode ser publicado.
Johanesburgo - Ex-colegas de Nelson Mandela estão empenhados em concluir um livro que o primeiro presidente negro da África do Sul começou a escrever logo antes de deixar o cargo, e que seria uma segunda parte da sua autobiografia "Longa Caminhada Até a Liberdade", disse o arquivista dele na segunda-feira.
Na primeira redação de "Os Anos Presidenciais", datada de 16 de outubro de 1998 e vista pela Reuters no arquivo da Fundação Nelson Mandela, o herói da luta contra o apartheid escreve sobre as esperanças, medos e fragilidades dos movimentos de libertação do mundo todo.
Duas décadas depois do final do regime de segregação racial, alguns trechos podem soar desconfortáveis para os atuais líderes do Congresso Nacional Africano (CNA, partido de Mandela), entre eles o presidente do país, Jacob Zuma, suspeito de receber o equivalente a 20 milhões de dólares em verbas públicas para reformar sua casa.
"A história nunca para de pregar peças, mesmo com combatentes da liberdade experientes e mundialmente famosos", escreveu Mandela após comentar as dificuldades de movimentos vitoriosos em exercer a transparência na gestão pública e reduzir disparidades sociais.
"Frequentemente, antigos revolucionários sucumbiram facilmente à cobiça, e a tendência de desviar recursos públicos para enriquecimento pessoal acabou por dominá-los", prosseguiu Mandela, que deixou a presidência em 1999, após um só mandato, e hoje, aos 95 anos, tem a saúde frágil.
"Ao acumular uma vasta riqueza pessoal e ao trair os nobres objetivos que os tornaram famosos, eles virtualmente desertaram das massas e aderiram aos ex-opressores, que se enriqueceram roubando de forma inclemente os mais pobres", escreveu Mandela, sem citar nomes.
O executivo-chefe da Fundação Mandela, Sello Hatang, disse que ex-colegas haviam começado a tentativa de terminar o trabalho, baseando-se em textos do próprio Mandela, outros materiais de arquivo e suas lembranças pessoais do prêmio Nobel da Paz.
"É um trabalho coletivo, um projeto de pessoas que trabalharam com Mandela", afirmou Hatang à Reuters na Fundação em Johanesburgo, onde Mandela passou seu período profissional após deixar o cargo.
Ele se recusou a dizer quem estava trabalhando no livro ou quando ele pode ser publicado.