Estudo liga TVs, carros e PCs à obesidade em países pobres
Descobertas sugerem que é necessário tomar um cuidado extra para evitar problemas de saúde em países que estão aderindo ao estilo de vida ocidental
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 18h18.
As pessoas que vivem em países em desenvolvimento e possuem automóveis, televisores e computadores em casa costumam ser mais propensas a sofrer de obesidade do que as que não dispõem dessas comodidades em casa, alertaram cientistas nesta segunda-feira.
Comer mais, ficar muito tempo sentado e trocar as caminhadas pelos deslocamentos de carro são as razões mais prováveis para que as pessoas que têm acesso a estes luxos modernos possam começar a ganhar peso e aumentar o risco de desenvolver doenças como a diabetes, afirmaram os cientistas.
As descobertas, publicadas no periódico Canadian Medical Journal, sugerem que é necessário tomar um cuidado extra para evitar problemas de saúde em países que estão aderindo ao estilo de vida ocidental.
"Com a aquisição crescente de comodidades da vida moderna - TVs, carros, computadores - países com populações de rendas baixa e média podem ter as mesmas taxas de obesidade e de diabetes que os países de renda alta, resultantes do sedentarismo, de atividade física menor e um consumo crescente de calorias", advertiu o principal autor do estudo, Scott Lear, da Universidade Simon Fraser.
"Isso pode ter consequências potencialmente devastadoras para a saúde social desses países", acrescentou.
A mesma relação não existia nos países desenvolvidos, sugerindo que os efeitos nocivos dessas máquinas na saúde já se refletem em taxas elevadas de obesidade e diabetes.
O estudo foi realizado com cerca de 154.000 adultos de 17 países de todas as faixas de renda, dos Estados Unidos, Canadá e Suécia a China, Irã, Índia, Bangladesh e Paquistão.
Os televisores foram os dispositivos eletrônicos mais comuns nos países em desenvolvimento - 78% dos lares tinham um -, seguidos dos computadores (34%) e do carro (32%).
Apenas 4% das pessoas de países em desenvolvimento tinham as três máquinas em casa, contra 83% das pessoas de países de renda elevada.
Aqueles que tinham aparelhos eletrônicos eram mais gordos e menos ativos do que aqueles que não dispunham destes dispositivos.
As pessoas que tinham os três eram ao menos um terço menos ativas, permaneciam sentadas 20% mais tempo e tinham uma circunferência abdominal 9 centímetros maior do que aqueles que não tinham nenhum destes equipamentos.
A prevalência da obesidade em países em desenvolvimento aumentou de 3,4% entre aqueles sem aparelhos para 14,5% entre os que possuíam os três equipamentos.
No Canadá, 25% da população é de obesos, enquanto nos Estados Unidos essa proporção é de 35%.
"Nossas descobertas enfatizam a importância de se limitar a quantidade de tempo gasto usando equipamentos domésticos, em reduzir o comportamento sedentário e encorajar a atividade física para prevenir a obesidade e a diabetes", destacou o estudo.
As pessoas que vivem em países em desenvolvimento e possuem automóveis, televisores e computadores em casa costumam ser mais propensas a sofrer de obesidade do que as que não dispõem dessas comodidades em casa, alertaram cientistas nesta segunda-feira.
Comer mais, ficar muito tempo sentado e trocar as caminhadas pelos deslocamentos de carro são as razões mais prováveis para que as pessoas que têm acesso a estes luxos modernos possam começar a ganhar peso e aumentar o risco de desenvolver doenças como a diabetes, afirmaram os cientistas.
As descobertas, publicadas no periódico Canadian Medical Journal, sugerem que é necessário tomar um cuidado extra para evitar problemas de saúde em países que estão aderindo ao estilo de vida ocidental.
"Com a aquisição crescente de comodidades da vida moderna - TVs, carros, computadores - países com populações de rendas baixa e média podem ter as mesmas taxas de obesidade e de diabetes que os países de renda alta, resultantes do sedentarismo, de atividade física menor e um consumo crescente de calorias", advertiu o principal autor do estudo, Scott Lear, da Universidade Simon Fraser.
"Isso pode ter consequências potencialmente devastadoras para a saúde social desses países", acrescentou.
A mesma relação não existia nos países desenvolvidos, sugerindo que os efeitos nocivos dessas máquinas na saúde já se refletem em taxas elevadas de obesidade e diabetes.
O estudo foi realizado com cerca de 154.000 adultos de 17 países de todas as faixas de renda, dos Estados Unidos, Canadá e Suécia a China, Irã, Índia, Bangladesh e Paquistão.
Os televisores foram os dispositivos eletrônicos mais comuns nos países em desenvolvimento - 78% dos lares tinham um -, seguidos dos computadores (34%) e do carro (32%).
Apenas 4% das pessoas de países em desenvolvimento tinham as três máquinas em casa, contra 83% das pessoas de países de renda elevada.
Aqueles que tinham aparelhos eletrônicos eram mais gordos e menos ativos do que aqueles que não dispunham destes dispositivos.
As pessoas que tinham os três eram ao menos um terço menos ativas, permaneciam sentadas 20% mais tempo e tinham uma circunferência abdominal 9 centímetros maior do que aqueles que não tinham nenhum destes equipamentos.
A prevalência da obesidade em países em desenvolvimento aumentou de 3,4% entre aqueles sem aparelhos para 14,5% entre os que possuíam os três equipamentos.
No Canadá, 25% da população é de obesos, enquanto nos Estados Unidos essa proporção é de 35%.
"Nossas descobertas enfatizam a importância de se limitar a quantidade de tempo gasto usando equipamentos domésticos, em reduzir o comportamento sedentário e encorajar a atividade física para prevenir a obesidade e a diabetes", destacou o estudo.