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Pódio olímpico: dez atletas brasileiros com mais chance de trazer medalhas

No lugar de figurinhas já carimbadas pelos torcedores, a delegação do Brasil que estará na cerimônia de abertura da próxima sexta-feira é majoritariamente composta por novos talentos

 (Behrouz Mehri/Getty Images)

(Behrouz Mehri/Getty Images)

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Julia Storch

Publicado em 22 de julho de 2021 às 06h00.

Última atualização em 22 de julho de 2021 às 14h18.

Olimpíada de Tóquio: os atletas que vencerem o ouro levarão para a casa a medalha e 250 mil reais (BEHROUZ MEHRI/Getty Images)

Neymar, César Cielo, Jade Barbosa, Bruno Soares. Esses são alguns dos atletas brasileiros que marcaram presença em Olimpíadas passadas mas que não participarão dos Jogos de Tóquio em 2021. No lugar de figurinhas já carimbadas pelos torcedores, a delegação do Brasil que estará na cerimônia de abertura da próxima sexta-feira é majoritariamente composta por novos talentos, muitos deles ainda pouco conhecidos.

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No total, serão 307 atletas brasileiros competindo em 35 modalidades diferentes, a maior delegação a ir para fora do país desde os jogos de Pequim em 2008, quando o time Brasil levou 277 desportistas para a China.

O acréscimo no número de atletas e a inclusão de novas modalidades olímpicas, como o surfe e o skate, podem ajudar o Brasil a se destacar mais do que em edições anteriores dos jogos.

De acordo com estimativa da Gracenote, empresa de pesquisa subsidiária da Nielsen, o time Brasil deve trazer de Tóquio 20 medalhas: 5 de ouro, 5 de prata e 10 de bronze, ficando na 17º posição mundial. 

Na Olimpíada do Rio em 2016, há cinco anos, o Brasil conquistou 19 medalhas e ficou na 13º colocação mundial: foram 7 de ouros, 6 de pratas e 6 de bronzes. Para superar as 20 medalhas, meta do Comitê Olímpico do Brasil (COB), nomes estreantes como o do surfista Gabriel Medida e da skatista Pâmela Rosa são a grande aposta.

Em Tóquio, os atletas premiados também serão melhor remunerados. Os que conquistarem a medalha de ouro em modalidades individuais embolsarão 250 mil reais. A prata pagará 150 mil reais e o bronze, 100 mil reais.

Já os times com até seis atletas receberão 500 mil reais pelo ouro, 300 mil reais pela prata e 200 mil reais pelo bronze. Modalidades coletivas, como vôlei e futebol, que possuem mais de 11 jogadores, serão premiadas com 750 mil reais, 450 mil reais e 300 mil reais, respectivamente.

Confira os dez atletas brasileiros mais cotados para trazer medalhas ao Brasil:

Gabriel Medina (surfe)

O bicampeão da WSL, Gabriel Medina. (Ed Sloane/WSL/Getty Images)

Um dos nomes mais famosos do surfe mundial, Gabriel Medina foi o primeiro brasileiro a conquistar o título de melhor do mundo no World Surf League em 2014. Após quatro anos, em 2018, refez a história conquistando novamente o prêmio. De Maresias, litoral norte de São Paulo,  o atleta de 27 anos está desde 2016 no top 3 do ranking do WSL. Em 2019, recebeu o prêmio de Surfista do Ano do Comitê Olímpico Brasileiro.

Ítalo Ferreira (surfe)

Italo Ferreira, campeão mundial em 2019. (Matt King/Getty Images)

Italo Ferreira transformava as tampas das caixas de isopor, que abrigavam os peixes capturados pelo pai, em pranchas de surfe. Ainda aos oito anos de idade, o potiguar da pequena Baía Formosa começou a pegar suas primeiras ondas. Aos 12 anos, o jovem conseguiu seu primeiro patrocínio, e aos 21 anos, em 2015, foi eleito o “estreante do ano” ao conquistar a 7ª posição no ranking no campeonato mundial. Após quatro anos, se sagrava campeão mundial no World Surf League. 

Pâmela Rosa (skate)

Pamela Rosa do Brasil comemora após vencer as finais durante o Campeonato Mundial WS/SLS 2019 em 2019 no Parque Anhembi em São Paulo. (Alexandre Schneider/Getty Images)

Com skate nos pés desde os oito anos de idade, hoje aos 21, Pâmela é uma das três integrantes femininas da equipe de Skate brasileira. Em 2019 foi eleita Skatista do Ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro. A paulista de São José dos Campos também conta com cinco medalhas do X Games na carreira. Com o esporte estreante nos Jogos, Rosa estará competindo ao lado de Leticia Bufoni e Rayssa Leal, a “fadinha”. 

Rayssa Leal (skate)

Rayssa Leal treina em Tóquio. (Ezra Shaw/Getty Images)

A caçula da equipe de skate tem apenas 13 anos mas um currículo de peso: a 3ª e 2ª colocação no mundial em 2021 (Roma) e 2019 (São Paulo) e o 4º lugar nos X Games em 2019. Realizando manobras desde os 6 anos, em 2015 ela viralizou na internet com um vídeo em que realizava manobras com uma fantasia de fada. Rendeu o apelido de “fadinha”. 

Isaquias Queiroz (C1 1000m)

Isaquias Queiroz comemora depois de competir durante a Final A 1000m de Canoagem Masculino Masculino nos Jogos Olímpicos Rio 2016. (Buda Mendes/Getty Images)

O início de Isaquias na canoagem foi através de um projeto social em sua cidade, Ubaitaba (BA), aos 11 anos. Aos 22 anos, na Olimpíada do Rio 2016 foi o primeiro atleta brasileiro a conquistar três medalhas olímpicas em uma mesma edição dos Jogos, com duas medalhas de prata e uma de bronze. Entre os prêmios, Isaquias recebeu a condecoração de Atleta Brasileiro Masculino do Ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro em 2015, 2016 e 2018.

Beatriz Ferreira (boxe)

Beatriz Ferreira: a atleta é considerada uma das melhores boxeadoras brasileiras na categoria 60kg. (Buda Mendes/Getty Images)

Bia Ferreira é a atual vencedora do título mundial de boxe feminino (categoria 60kg) e é a grande aposta brasileira nesta categoria para os jogos de Tóquio. Junto a outros seis boxeadores, Bia é a cabeça de chave número 3 do time verde e amarelo. Embora o Brasil tenha um histórico positivo nessa modalidade esportiva, o país só tem uma medalha de ouro pelo boxe: a de Robson Conceição, conquistada em Londres na olimpíada de 2012. Antes de Tóquio, Bia venceu dois torneios na Europa e, atualmente, é considerada uma das melhores boxeadoras brasileiras.

Martine Grael & Kahena Kunze (vela)

Martine Grael & Kahena Kunze: a dupla ganhou medalha de ouro na olimpíada do Rio. (Clive Mason/Getty Images)

A dupla dinâmica Martine Grael e Kahena Kunze desembarcam em Tóquio buscando o segundo ouro olímpico. O primeiro veio na Olimpíada do Rio, em 2016. Juntas, as atletas e amigas de infância já venceram inúmeros campeonatos mundiais e são as velejadoras brasileiras mais celebradas da atualidade. Martine Grael é filha de Torben Grael, velejador brasileiro que é dono de duas medalhas de bronze (Seul 1988 e Atlanta 1996). 

Arthur Zanetti (argolas)

Arthur Zanetti: atleta soma um ouro e uma prata nas duas últimas olimpíadas. (Minas Panagiotakis/Getty Images)

Estrela da ginástica artística com argolas, Arthur Zanetti venceu o ouro na olimpíada de Londres de 2012 e foi prata nos jogos do Rio de Janeiro em 2016. Se conquistar mais uma medalha em Tóquio, Zanetti se tornará o único ginasta na história a conquistar 3 medalhas olímpicas seguidas. 

Mayra Aguiar (judô)

Mayra Aguiar: a atleta busca seu primeiro ouro em uma olimpíada. (Harry How/Getty Images)

A Judoca Mayra Aguiar é referência em sua categoria e acumula prêmios desde os 15 anos, quando se tornou faixa preta em judô. Nas Olimpíadas, Mayra conquistou a medalha de bronze no Rio 2016. Neste ano, ela está é considerada a grande aposta brasileira no tatame. 

Alison dos Santos (corrida com barreiras)

Alison dos Santos: atleta é recordista mundial dos 400 metros com obstáculos. (JEWEL SAMAD/Getty Images)

Alison dos Santos é campeão e recordista mundial dos 400 metros com barreiras e chega a Tóquio como uma das maiores promessas do time brasileiro de atletismo. Aos 21 anos, Alison já bateu o recorde de velocidade sul-americano cinco vezes. 

Aceitação do público 

Após um ano de adiamento e sem público nas arquibancadas, a realização dos Jogos também não é bem vista por grande parte da população japonesa. Com 23,3% dos habitantes da ilha totalmente vacinados, a proporção da população que aprova o evento é semelhante, 22%, segundo pesquisa Attitudes To The Tokyo 2020 Summer Olympics, realizada pela Ipsos com 28 países.

No Brasil, a porcentagem da população que apoia os Jogos é maior: 32% do total de entrevistados no Brasil concordam que as Olimpíadas deveriam ocorrer em 2021, mesmo que a pandemia de Covid-19 ainda não tenha terminado. Globalmente, a aprovação é consideravelmente maior, de 43%. 

As nações que mais apoiam o início dos Jogos Olímpicos amanhã (23), são a Turquia (71%), a Arábia Saudita (66%) e a Rússia (61%). Por outro lado, além do anfitrião dos Jogos, a Coreia do Sul (14%) e a Argentina (31%) apresentam os menores percentuais de suporte à realização do evento esportivo.

Ainda que um terço dos entrevistados brasileiros apoiem a realização do evento, mais da metade não demonstra interesse em acompanhar os Jogos. 

Algumas modalidades esportivas despertam mais interesse do que outras. No Brasil, os esportes preferidos são: futebol, citado por 40% do total de respondentes, voleibol (38%) e ginástica (29%). No mundo, o esporte de maior relevância se mantém o futebol, com 30% de menções. No entanto, em segundo lugar, está o atletismo (27%) e, em terceiro, as modalidades aquáticas, como mergulho, natação, nado sincronizado e polo aquático (22%).

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