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Detalhes da morte de David Bowie continuam sendo um mistério

Nos últimos dias, sua esposa, Iman, publicou várias mensagens comoventes, que de forma retrospectiva permitiriam antecipar a triste notícia

Mensagens de uma morte anunciada: nos últimos dias, sua esposa, Iman, publicou várias mensagens comoventes, que de forma retrospectiva permitiriam antecipar a triste notícia (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 11h54.

Os detalhes sobre a morte do britânico David Bowie, uma lenda da música , continuam sendo um mistério: a imprensa não sabe o local do falecimento, de qual tipo de câncer o artista sofria e se um funeral será organizado.

A notícia da morte foi divulgada na manhã de segunda-feira, três dias depois do lançamento de seu 25º álbum de estúdio, "Blackstar", na data em que Bowie completou 69 anos.

"David Bowie morreu em paz hoje cercado por sua família após uma corajosa batalha de 18 meses contra o câncer", afirmava uma curta mensagem com data de domingo, divulgada na segunda-feira nas contas oficiais do artista nas redes sociais.

A mensagem era acompanhada com um pedido de respeito à privacidade da família.

O artista, que vendeu 140 milhões de álbuns em mais de 45 anos de carreira e foi um dos mais influentes da história, nasceu no bairro de Brixton, sul de Londres, mas morava em Nova York há várias décadas.

Grande parte da imprensa deduziu que ele morreu na cidade americana. No entanto, o jornal The New York Post afirma que o Bowie faleceu em Londres.

Sem um anúncio oficial, o local da morte permanece como um mistério, assim como o local do sepultamento.

Procurada pela AFP, a gravadora de Columbia não respondeu aos questionamentos.

Em meio às dúvidas, os fãs prestaram homenagens a David Bowie em todos os locais onde o artista morou, Londres, Nova York e Berlim, onde o artista se refugiou no fim da década de 1970 para lutar contras as drogas e encontrar a inspiração perdida.

Em seu bairro natal de Brixton, mais de 2.000 fãs celebraram o ídolo e cantaram suas músicas durante grande parte da noite.

Muito discreto sobre sua vida privada, Bowie quase não aparecia na imprensa desde o infarto que sofreu em junho 2004. Porém nunca deixou de criar.

Ele foi visto em público pela última vez em 7 de dezembro em Nova York, na estreia do musical off-Broadway "Lazarus".

Câncer de fígado

De acordo com o belga Ivo van Hove, que dirigiu o musical que permanecerá em cartaz até 20 de janeiro no New York Theatre Workshop, o cantor sofria de câncer de fígado.

"Ele me contou há um ano e três meses que tinha câncer de fígado (...) Me disse porque sabia que nem sempre poderia estar presente", declarou Ivo van Hove à rádio holandesa NPO Radio 4.

No entanto, não há confirmação oficial sobre o tipo de câncer.

"Os atores não sabiam e acredito que os músicos que trabalharam com ele em 'Blackstar' também não sabiam", disse o diretor ao jornal NRC Dutch.

Van Hove chegou a afirmar que Bowie havia desmaiado no camarim no dia da estreia do musical.

"Entendi que talvez fosse a última vez que o via", completou.

Bowie conseguiu manter a doença praticamente secreta, sem provocar muitas perguntas, apesar de estar ausente durante vários meses.

Uma verdadeira façanha, como afirma a revista britânico The Spectator.

Nos últimos dias, no entanto, sua segunda esposa, Iman, ex-top model de origem somali, com quem se casou em 1992 e com quem teve uma filha, Alexandria, atualmente com 15 anos, publicou várias mensagens comoventes, que de forma retrospectiva permitiriam antecipar a triste notícia.

"A luta é verdadeira, mas Deus também é", escreveu no Facebook e Twitter no sábado.

Um dia antes, ela escreveu: "Às vezes você não conhece o verdadeiro valor de um momento até que ele vira uma recordação.

O filho mais velho de Bowie, o diretor de cinema Duncan Jones, confirmou na segunda-feira a morte do pai em uma mensagem curta no Twitter, sem outros comentários.

"Muito triste dizer que é verdade. Vou ficar offline por um tempo. Amor a todos".

Para Tony Visconti, produtor de longa data de Bowie, seu último álbum foi "um presente de despedida" para os fãs.

"Ele fez 'Blackstar' para nós", escreveu no Facebook.

Uma apresentação em homenagem a Bowie foi anunciada para 31 de março no Carnegie Hall em Nova York.

Como demonstração do tamanho do sigilo que Bowie conseguiu manter a respeito da doença, o amigo e parceiro musical Brian Eno disse que a morte foi uma "completa surpresa".

Ele declarou à BBC que recebeu um e-mail de Bowie uma semana antes da morte, que agora acredita que era uma mensagem de despedida.

"Era engraçado como sempre, e também surreal, com jogos de palavras e referências e as coisas que costumávamos fazer. Terminava com esta frase: 'Obrigado pelos bons tempos, Brian. Eles nunca vão apodrecer'," disse Eno.

"Eu percebo agora que ele estava dizendo adeus".

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Os detalhes sobre a morte do britânico David Bowie, uma lenda da música , continuam sendo um mistério: a imprensa não sabe o local do falecimento, de qual tipo de câncer o artista sofria e se um funeral será organizado.

A notícia da morte foi divulgada na manhã de segunda-feira, três dias depois do lançamento de seu 25º álbum de estúdio, "Blackstar", na data em que Bowie completou 69 anos.

"David Bowie morreu em paz hoje cercado por sua família após uma corajosa batalha de 18 meses contra o câncer", afirmava uma curta mensagem com data de domingo, divulgada na segunda-feira nas contas oficiais do artista nas redes sociais.

A mensagem era acompanhada com um pedido de respeito à privacidade da família.

O artista, que vendeu 140 milhões de álbuns em mais de 45 anos de carreira e foi um dos mais influentes da história, nasceu no bairro de Brixton, sul de Londres, mas morava em Nova York há várias décadas.

Grande parte da imprensa deduziu que ele morreu na cidade americana. No entanto, o jornal The New York Post afirma que o Bowie faleceu em Londres.

Sem um anúncio oficial, o local da morte permanece como um mistério, assim como o local do sepultamento.

Procurada pela AFP, a gravadora de Columbia não respondeu aos questionamentos.

Em meio às dúvidas, os fãs prestaram homenagens a David Bowie em todos os locais onde o artista morou, Londres, Nova York e Berlim, onde o artista se refugiou no fim da década de 1970 para lutar contras as drogas e encontrar a inspiração perdida.

Em seu bairro natal de Brixton, mais de 2.000 fãs celebraram o ídolo e cantaram suas músicas durante grande parte da noite.

Muito discreto sobre sua vida privada, Bowie quase não aparecia na imprensa desde o infarto que sofreu em junho 2004. Porém nunca deixou de criar.

Ele foi visto em público pela última vez em 7 de dezembro em Nova York, na estreia do musical off-Broadway "Lazarus".

Câncer de fígado

De acordo com o belga Ivo van Hove, que dirigiu o musical que permanecerá em cartaz até 20 de janeiro no New York Theatre Workshop, o cantor sofria de câncer de fígado.

"Ele me contou há um ano e três meses que tinha câncer de fígado (...) Me disse porque sabia que nem sempre poderia estar presente", declarou Ivo van Hove à rádio holandesa NPO Radio 4.

No entanto, não há confirmação oficial sobre o tipo de câncer.

"Os atores não sabiam e acredito que os músicos que trabalharam com ele em 'Blackstar' também não sabiam", disse o diretor ao jornal NRC Dutch.

Van Hove chegou a afirmar que Bowie havia desmaiado no camarim no dia da estreia do musical.

"Entendi que talvez fosse a última vez que o via", completou.

Bowie conseguiu manter a doença praticamente secreta, sem provocar muitas perguntas, apesar de estar ausente durante vários meses.

Uma verdadeira façanha, como afirma a revista britânico The Spectator.

Nos últimos dias, no entanto, sua segunda esposa, Iman, ex-top model de origem somali, com quem se casou em 1992 e com quem teve uma filha, Alexandria, atualmente com 15 anos, publicou várias mensagens comoventes, que de forma retrospectiva permitiriam antecipar a triste notícia.

"A luta é verdadeira, mas Deus também é", escreveu no Facebook e Twitter no sábado.

Um dia antes, ela escreveu: "Às vezes você não conhece o verdadeiro valor de um momento até que ele vira uma recordação.

O filho mais velho de Bowie, o diretor de cinema Duncan Jones, confirmou na segunda-feira a morte do pai em uma mensagem curta no Twitter, sem outros comentários.

"Muito triste dizer que é verdade. Vou ficar offline por um tempo. Amor a todos".

Para Tony Visconti, produtor de longa data de Bowie, seu último álbum foi "um presente de despedida" para os fãs.

"Ele fez 'Blackstar' para nós", escreveu no Facebook.

Uma apresentação em homenagem a Bowie foi anunciada para 31 de março no Carnegie Hall em Nova York.

Como demonstração do tamanho do sigilo que Bowie conseguiu manter a respeito da doença, o amigo e parceiro musical Brian Eno disse que a morte foi uma "completa surpresa".

Ele declarou à BBC que recebeu um e-mail de Bowie uma semana antes da morte, que agora acredita que era uma mensagem de despedida.

"Era engraçado como sempre, e também surreal, com jogos de palavras e referências e as coisas que costumávamos fazer. Terminava com esta frase: 'Obrigado pelos bons tempos, Brian. Eles nunca vão apodrecer'," disse Eno.

"Eu percebo agora que ele estava dizendo adeus".

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