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Confira os novos relógios de luxo apresentados na LVMH Watch Week

Casual EXAME esteve em Nova York para conhecer as novidades de Bvlgari, TAG Heuer, Hublot e Zenith

TAG Heuer Carrera comemorativo de 60 anos (TAG Heuer/Divulgação)

TAG Heuer Carrera comemorativo de 60 anos (TAG Heuer/Divulgação)

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Julia Storch

Publicado em 27 de janeiro de 2023 às 15h55.

Última atualização em 27 de janeiro de 2023 às 16h11.

A indústria de relógios de luxo começou o ano com a quarta edição da LVMH Watch Week, a primeira desde o início da pandemia. Em duas apresentações, em Singapura e em Nova York, foram divulgados os últimos lançamentos da Bvlgari, TAG Heuer, Hublot e Zenith. Casual EXAME esteve na cidade americana para conhecer as peças e conversar com os executivos das companhias.

Em comunicado à imprensa, Stéphane Bianchi, presidente e CEO da divisão de relógios e joias da LVMH, disse estar satisfeito com a volta dos eventos presenciais e elogiou as peças que foram apresentadas na edição. "São ícones reinventados e peças excepcionais que atestam o artesanato singular de alta qualidade e visão da relojoaria, dois ingredientes que alimentam o crescimento das marcas do grupo".

Dentre os lançamentos, da TAG Heuer, a edição comemorativa dos 60 anos do Carrera. Usado por lendas do esporte a motor e estrelas de cinema, de James Hunt na década de 1960, a Mick Jagger na década de 1970, e a Ryan Gosling hoje, a peça é celebrada com uma edição comemorativa limitada de 60 anos com 600 unidades. Porém, poucas unidades ainda estão disponíveis.

Para o lançamento, as equipes de design e engenharia da TAG Heuer optaram por retornar a um dos mais colecionáveis de todos os Carreras vintage, o 2447 SN de referência do final da década de 1960.

Para George Ciz, diretor de marketing da TAG Heuer, há uma dualidade que se complementa na marca, a inovação aliada ao passado e ao futuro.

"Com o Carrera, tentamos trazer um pouco mais de modernidade com o pensamento 'o que faz um Carrera, ser um Carrera'. Mas, também colocamos um pouco de imaginação e inovação. TAG significa 'técnica avant-garde', por isso, realmente nos concentramos em inovar constantemente para melhorar as coisas. Para não apenas viver no passado, mas continuar trazendo o passado para o presente e para o futuro", diz.

"Estamos muito empolgados e será o primeiro de alguns lançamentos que acontecerão realmente para comemorar os 60 anos do carro. Então, muito mais por vir", comenta Benjamin Beuafils, presidente da TAG Heuer.

Dentre as peças voltadas para o futuro é possível citar a nova versão de 42 mm do smartwatch TAG Heuer Connected Calibre E4 Golf Edition, que também foi lançado durante o evento.

Com uma aula de explicações sobre a peça, é possível entender a menção de Ciz sobre a inovação nos relógios. O relógio, voltado para esportistas, mas principalmente para praticantes de golfe, contabiliza diversos momentos da partida, desde distância da tacada, velocidade a mapas 2D de alta resolução de mais de 40 mil campos pelo mundo.

"Imagine como foi desenvolver uma peça que sabe o momento em que o taco toca na bola de golfe?", me questiona um dos assessores durante a demonstração da peça. Mais do que um acessório, ou peça que calcula o tempo, o relógio se aproxima e ajuda a aperfeiçoar todas as tacadas.

TAG Heuer Connected Calibre E4 Golf Edition. (TAG Heuer/Divulgação)

Na ala de relógios femininos, a Bvlgari firma seu legado com peças que remetem ao passado joalheiro. Dentre os lançamentos da edição, está a famosa serpente revivida com o Serpenti Tubogas Infinity, feito em comemoração aos 75 anos da peça. O relógio tem na pulseira de três voltas diamantes que seguem a silhueta até a cabeça do animal, inteiramente decorada com a pedra. 

Mais do que uma joia, Antoine Pin diretor administrativo da divisão de relógios da Bvlgari, explica sobre a complexidade do desenvolvimento por trás do relógio. "Na verdade, é a peça é feita de uma maneira que provavelmente está mais próxima da técnica dos relojoeiros do que dos joalheiros. Cada elo é primeiro decorado e depois encaixado, formando a pulseira", diz Pin.

Além disso, a técnica usada na construção da peça permite que o relógio tenha mais ouro. "Os conectores da pulseira são mais grossos, com mais metal do que a caixa do relógio".

Serpenti Tubogas Infinity. (Bulgari/Divulgação)

Sobre como é reinventar a mesma peça por mais de sete décadas, Pin, diz ser essa a essência da marca. "O perigo para nossos criativos é se repetir e fazer sempre o mesmo. Não se renovar ou o contrário, sair do seu território, são soluções fáceis, mas que acabam perdendo a essência da marca", explica.

Além do animais, como a serpente e o pavão, que também adorna outra peça lançada, o conceito de "alegria" também dá o tom da coleção. "Mesmo que seja provavelmente um conceito menos figurativo", diz Pin. "Existe uma noção para nós que a felicidade é superimportante. Seja da extraordinária beleza que a natureza nos traz, quanto da alegria de viver em Roma", explica.

Com isso, a marca italiana desenvolveu relógios com muitas cores com gemas como turmalinas, citrinos, rodolitos e peridotos, em formas associadas a safiras rosas ou amarelas.

Allegra Pink Sapphires. (Bulgari/Divulgação)

Ainda falando sobre cores, dois destaques da Hublot foram o Big Bang Integrated King Gold Rainbow e o Big Bang Tourbillon Automatic Yellow Neon Saxem 44 mm. O primeiro inteiramente coberto com gemas nas cores do arco-íris e o segundo na cor amarelo neon.

Sobre o público consumidor da marca, Ricardo Guadalupe, CEO da Hublot prefere não apontar para uma faixa etária. "Vemos o espírito do consumidor mais do que da idade, porque geralmente alguns caras com 25 anos já estão velhos", conta rindo.

"Nossas peças são para pessoas que querem algo disruptivo. Claro que o neon amarelo não é para alguém que vai comprar seu primeiro relógio, é para alguém que já tem uma coleção, mas ao mesmo tempo, conseguimos nos conectar melhor com esses clientes do que com uma marca com séculos de história".

Big Bang Integrated King Gold Rainbow. (Hublot)

Já a Zenith, ao atualizar a marca, buscou um novo mercado consumidor. "Por ser uma marca muito histórica com uma herança forte e muito autêntica, era um pouco antiquada um pouco. Estou falando de cinco seis anos atrás. Basicamente trabalhamos todos esses anos com a equipe para expressar nossa marca de uma forma contemporânea porque temos uma longa história da qual nos orgulhamos. Mas, não é porque você tem uma longa herança histórica que precisa se voltar para o passado", diz Julien Tornare, CEO da Zenith.

Com o lançamento do DEFY Skyline Skeleton, uma versão moderna do relógio esqueleto, equipado com um calibre El Primero e um mostrador aberto. A coleção contou ainda com uma nova versão sem gênero de 36 mm com novas cores pastel (rosa e pistache).

"Temos a garantia de uma longa história de 158 anos de seriedade dos fabricantes de movimentos, mas nós somos uma marca descolada", finaliza Tornare.

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