Como aproveitar bem a Black Friday e evitar roubadas? Especialista ensina
Para Pedro Rabelo, CEO da plataforma Bagy, consumidores precisam se planejar desde já, assim como os varejistas
Daniel Salles
Publicado em 21 de setembro de 2020 às 06h15.
Última atualização em 21 de setembro de 2020 às 10h46.
Fundada e presidida por Pedro Rabelo, a Bagy é uma plataforma que ajuda pequenos e médios varejistas a criar o seu e-commerce. Ele conta que os clientes da empresa, com a pandemia, cresceram em conjunto cerca de 40%. E a expectativa de todos é crescer ainda mais com a esperada Black Friday, no dia 27 de novembro – prevê-se que a edição deste ano será a maior de todas.
Para os consumidores a Black Friday pode ser sinônimo de descontos raros, desde que os primeiros não caiam em roubadas. “É fundamental se preparar para ela, não dá para esperar até o dia 27 de novembro para decidir o que você quer comprar”, recomenda Rabelo. O que ele indica é que você defina desde já os itens que pretende adquirir e descobrir quanto estão custando agora e nas próximas semanas. “É a melhor forma de você ter certeza de que os descontos da Black Friday são verdadeiros”, emenda.
A estratégia também minimiza os riscos das compras por impulso, das quais muita gente acaba arrependida. “Também sugiro que os consumidores mapeiem o quanto antes os sites mais confiáveis para fazer suas compras”, sugere o Ceo da Bagy. “À beira da Black Friday costumam surgir lojas criadas só para aplicar golpes”. Outra dica: “Em sites desconhecidos, desconfie sempre de preços três vezes menores”. Rabelo também recomenda ficar de olho nas empresas que oferecem cupons de desconto e cashback. “Podem ser recompensas tão atrativas quanto um simples desconto”, teoriza.
Ele ressalta que a Black Friday costuma ser uma boa data para mudar o guarda-roupa, já que os descontos oferecidos por lojas de roupa costumam rondar os 70%. “É raro ver equipamentos robustos, como geladeiras ou fogões, com descontos percentualmente grandes”, diz. “Mas, como são caros, os valores finais se mostram atraentes mesmo assim”.
Para os varejistas o Ceo da Bagy também prescreve planejamento desde já. “Antes de mais nada é preciso traçar qual é o objetivo com a Black Friday. É zerar o estoque? Então os esforços precisam ser concentrados nesse sentido”, sugere. Ele também lembra da importância de criar um planejamento de divulgação. “Não dá para anunciar as ofertas só na véspera. O melhor é chamar a atenção do consumidor com vários dias de antecedência, para ele se preparar e não esquecer de você”, completa. Outra dica crucial: garantir estoque. “A pior coisa é investir em divulgação e depois não ter o que vender”, diz.
Nos dias 8, 9 e 10 de outubro o especialista vai comandar, no perfil da Bagy no Instagram, uma maratona de conversas com a Black Friday como tema. Serão 18 horas de papo com a participação de 17 convidados, como Gisele Paula, cofundadora do Reclame Aqui e fundadora do Instituto Cliente Feliz, e Lohran Schmidt, cofundador da Desinchá.