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Comidinhas e comidões para aproveitar em São Paulo

Cidade é a capital gastronômica da América Latina. Veja aqui alguns dos pratos que são a cara da cidade

O pastel de feira é sinônimo de fim de feira junto com o inseparável caldo de calda. É um campeão das happy-hours em formato menor e porções variadas (Divulgação)

O pastel de feira é sinônimo de fim de feira junto com o inseparável caldo de calda. É um campeão das happy-hours em formato menor e porções variadas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 07h51.

São Paulo - Quantas vezes você já recepcionou algum amigo vindo de outro estado ou país e não soube lhe dizer qual é o prato-símbolo de São Paulo? Pizza? Feijoada? Virado a Paulista? São Paulo é uma terra de forasteiros: árabes, judeus, orientais, nordestinos, ibéricos, italianos, gaúchos e mineiros. Suas influências são tão marcantes que a gastronomia paulistana é um caleidoscópio de influências, cores e sabores. Veja alguns dos pratos favoritos dos paulistanos, os da gema e os adotados:

Bauru – pão francês, rosbife, queijos fundidos, pepino em conserva e tomate. Essa delícia criada por Casimiro Pinto Neto na lanchonete Ponto Chic teve sua receita eternizada em lei e até virou monumento. O que ninguém consegue explicar é como virou um misto-quente com tomate em boa parte das lanchonetes da cidade. Se quiser provar a receita clássica, vá para o Largo do Paiçandu ou nas filiais em Perdizes e no Paraíso.

Coxinha – tem coisa melhor que aquela casquinha fininha, crocante, envolvendo uma massa espessa, mas leve? No centro, aquele recheio bem temperado, que só precisa de uma gota de pimenta para ficar perfeito. Nem precisa continuar. As melhores coxinhas estão no Veloso, na Vila Mariana, e no Frangó, na Freguesia do Ó.

Esfiha e kibe – que festa de criança é completa sem a dupla esfiha e kibe? São Paulo provavelmente tem mais sírio-libaneses (e seus descendentes) que as próprias cidades de Beirute e Damasco. Os imigrantes não só construíram um forte legado na cidade, com personalidades como Adib Jatene, Amyr Klink e Milton Hatoum, mas também trouxeram delícias como charutinho de folha de uva, homus, babaganush, taboule, kafta e doces maravilhosos. Porém, nada se compara à dupla esfiha-kibe. Simples e saborosos, por aqui transformaram-se em sinônimo de fast-food, mas nós preferimos os quitutes de casas como Arabia, Brasserie Victoria e Tenda do Nilo.

Feijoada – o prato símbolo do Brasil é muito apreciado pelos paulistanos. Às quartas e sábados (ou todos os dias, no Bolinha), todos sabem que passarão uma tarde lesada depois de enfrentar uma cumbuca de feijoada e seu arsenal de complementos. Se uma caipirinha estiver à bordo, é melhor procurar uma rede para tirar uma soneca. Um dos endereços clássicos para apreciar uma boa feijoada é o Bar Brahma (na esquina da Ipiranga com a São João).


Pastel de feira – Tem gente que adora escolher frutas e verduras no meio da gritaria da feira, enquanto alguém passa com a roda do carrinho em cima do seu pé. Mas alegria mesmo é passar pelas pontas, com sacolas cheias, e comer um baita de um pastel especial. Antes só haviam os de carne e queijo, mas agora tem até carne seca e caranguejo. Existe até um concurso para eleger o melhor da cidade, mas bom mesmo é curtir aquele pertinho de você, com um copo de caldo de cana.

Pizza – talvez o mais paulistano dos pratos. Todos os dias, cerca de um milhão de redondas são devoradas em restaurantes especializados, aos pedaços na padaria da esquina, com um guardanapo assistindo ao futebol. Nos anos 70 os rodízios imperavam, mas com o fenômeno do serviço delivery, o consumo explodiu. Os paulistanos praticamente decretaram que este é um prato noturno, sabe-se lá a razão. O importante, é claro, é não estragar com ketchup. Aqui na redação não entramos em acordo para eleger a melhor pizza da cidade, mas casas clássicas como A Tal da Pizza, Bráz,I Vitelloni e Speranza estão entre as favoritas.

Sanduíche de pernil – o prato perfeito pós-balada na Baixa Augusta é o sanduíche de pernil do Estadão. Ele quase nunca fecha. São 24 horas, sete dias por semana, assando e talhando pernis. Outra pedida é o Bac’s, no subsolo do Shopping Ibirapuera.

Sushi – São Paulo é a maior cidade japonesa fora do Japão. A grande comunidade contribuiu para que a mesa dos paulistanos fosse enriquecida não só com seus pratos típicos, mas introduzindo técnicas e produtos inéditos que melhoraram nossa agroindústria. Estamos falando de coisas hoje prosaicas como ovos, frango, tomate, morango, alface, chá e, pasmem, uva-itália. Mas, enfim, foram os sushis e sashimis que se tornaram sinônimo de gastronomia japonesa. As temakerias são uma febre em bairros como Vila Olímpia e Itaim Bibi, mas se quiser conhecer o que há de melhor visite casas como Aizomê, Jun Sakamoto, Shin Zushi, Huto e Sushi Yassu, todos estrelados pelo Guia 4 Rodas.

Virado a paulista – O mais típico dos pratos paulistas tem cara de comida mineira. Chega a ser um mistério a razão pela qual o virado é servido às segundas-feiras. Nem tão nublada é sua origem nas trilhas dos tropeiros entre São Paulo e Minas Gerais. Também conhecido como tutu, o virado de feijão mulatinho e farinha de milho hoje possui versões elaboradas, acompanhadas por couve na manteiga, bisteca, ovos fritos e banana empanada.

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