Brett Ratner entra na lista de acusados de assédio em Hollywood
O diretor de "A hora do rush" e "X-Men: o confronto final" foi acusado de assédio e má conduta sexual pelas atrizes Natasha Henstridge e Olivia Munn
AFP
Publicado em 1 de novembro de 2017 às 14h30.
As atrizes Natasha Henstridge e Olivia Munn, assim como outras quatro mulheres, acusaram o diretor de cinema Brett Ratner de má conduta sexual, ou de assédio - informou o jornal "Los Angeles Times" nesta quarta-feira (1º).
Ratner, de 48 anos, diretor de "A hora do rush" e "X-Men: o confronto final", entre outros filmes, rebateu as acusações com firmeza, em uma nota enviada ao Times por seu advogado.
Natasha disse ao Times que era uma modelo de 19 anos em Nova York, no início da década de 1990, quando Rather, um diretor de clipes musicais então na faixa dos 20, obrigou-a a fazer sexo oral.
"Me forçou com seus braços, de verdade. Me forçou fisicamente", descreveu Henstridge, que trabalhou em filmes como "A experiência" e "Meu vizinho mafioso".
"Em determinado momento, parei de resistir e ele fez a coisa dele", relatou.
Henstridge disse ter-se inspirado nas histórias de outras mulheres que lançaram, recentemente, acusações de assédio sexual por parte do produtor Harvey Weinstein e do diretor James Toback.
Munn, que trabalhou na série da HBO "The Newsroom" e no filme "Magic Mike", disse ao Times que Ratner se masturbou na frente dela, quando era uma atriz iniciante no set de "Ladrão de diamantes".
Sua história foi contada em um livro de sua autoria, sem mencionar diretamente o diretor.
Agora, alegou ela, chegou a hora de falar.
"Tomei decisões específicas, conscientes, para não trabalhar com Brett Ratner", desabafou, na entrevista ao jornal.
Outras quatro mulheres também contaram ao jornal histórias sobre o mau comportamento sexual, ou intimidador, de Ratner.
Por meio de seu advogado, Martin Singer, o diretor rejeitou as acusações.
"Representei o sr. Ratner durante duas décadas, e nenhuma mulher nunca apresentou queixas contra ele por má conduta sexual, ou por assédio sexual", defendeu Singer, em uma carta de dez páginas ao jornal.
"Muito mais do que isso, nunca uma mulher reivindicou, ou recebeu, qualquer acordo financeiro por parte do meu cliente", insistiu Singer.