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Brasil desafia favoritismo da anfitriã França nas oitavas da Copa do Mundo

Além de encarar as anfitriãs, a seleção precisará deixar para trás o retrospecto negativo de nunca ter vencido a França

Seleção feminina: jogadoras da seleção atingiram feitos marcantes (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

Seleção feminina: jogadoras da seleção atingiram feitos marcantes (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de junho de 2019 às 09h22.

São Paulo - Com uma campanha até agora marcada pela conquista de marcas pessoais, a seleção brasileira feminina entra em campo neste domingo, a partir das 16 horas (de Brasília), para encarar o desafio de enfrentar a favorita e anfitriã França pelas oitavas de final, sabendo que precisará de um bom jogo coletivo para alcançar um novo feito, deixando o Stade Óceane, em Le Havre, classificado à próxima fase.

No mais equilibrado grupo desta edição do Mundial, a seleção avançou em terceiro lugar em uma chave em que três equipes se classificaram com seis pontos, tendo vencido com tranquilidade a Jamaica (3 a 0), sofrido uma dura derrota para a Austrália (3 a 2) após abrir dois gols de vantagem, e obtido a classificação com a difícil vitória sobre a Itália (1 a 0).

Nesses compromissos, algumas jogadoras da seleção atingiram feitos marcantes. Foi o caso de Cristiane, que marcou três vezes contra a Jamaica, de Formiga, ao se tornar a única jogadora a disputar sete edições do Mundial, e, principalmente, de Marta, que, com seus dois gols de pênalti, se transformou na maior artilheira da história das Copas com 17, um a mais do que o alemão Miroslav Klose.

O brilho desses talentos tornam o Brasil um adversário respeitado por qualquer oponente no cenário mundial. Mas a equipe sabe que precisa minimizar os erros cometidos nos compromissos anteriores para superar uma das equipes que avançou às oitavas de final com três vitórias.

"Chegamos em uma fase que não dá mais para cometer erros, agora quem perder volta pra casa. Então acho que temos que impor o nosso melhor futebol, não tem que ter medo de nada, temos que enfrentar de igual pra igual. E vamos pra cima!", prometeu Cristiane, artilheira do Brasil no Mundial com quatro gols marcados.

Além de encarar as anfitriãs, a seleção precisará deixar para trás o retrospecto negativo de nunca ter vencido a França. As seleções se encontraram no Mundial de 2003, com empate por 1 a 1. Depois disso, as equipes fizeram sete amistosos, com cinco vitórias e dois empates.

Embora neste Mundial os problemas físicos venham sendo uma rotina na seleção, o tempo de preparação entre a vitória sobre a Itália, na última terça, e o confronto deste domingo, dá a Vadão a esperança de contar com um time mais inteiro contra a França.

A expectativa do treinador e do departamento médico é de que Marta enfim suporte os 90 minutos, após se recuperar de lesão que a deixou de fora da estreia contra a Jamaica - depois só atuou no primeiro tempo diante das australianas e foi substituída na etapa final do confronto com as italianas. Além disso, Formiga retorna ao meio-campo após cumprir suspensão no compromisso anterior, também tendo se aproveitado do período em que ficou sem atuar para se livrar de dores no tornozelo.

Rival neste domingo, a França é a quarta colocada no ranking da Fifa, seis posições à frente da seleção. E joga em casa com a possibilidade e a pressão de carregar o sonho de "unificar" os títulos mundiais feminino, que nunca venceu, e masculino com suas seleções.

Na história do Mundial Feminino, o quarto lugar em 2011 é o melhor resultado alcançado pela França. Mas agora busca repetir o sucesso do seu principal clube com a seleção. É o caso do Lyon, vencedor das últimas quatro edições da Liga dos Campeões e base da equipe dirigida por Corinne Diacre, com seis das 11 titulares sendo da equipe.

Esse cenário torna a França favorita a triunfar diante do Brasil, avançando para um aguardado e provável confronto com os Estados Unidos, outra destaque da fase de grupos do Mundial e que na segunda-feira enfrentará a Espanha nas oitavas de final, em Reims.

Mas o favoritismo francês, e a expectativa de sua confirmação em um estádio lotado em Le Havre, poderá ser explorado pela seleção brasileira. "O peso está mais nas costas delas do que nas nossas. Acho até que isso vai ser ótimo para nós", afirmou a zagueira Kathellen, que atua no futebol francês, no Bordeaux, esperançosa em aproveitar o status de azarão para frustrar as donas da casa no Mundial.

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