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Boateng não quer que filho ouça sobre racismo

O jogador do Milan foi vítima de racismo este ano, e deixou o campo durante um amistoso contra o Pro Patria, disputado em 3 de janeiro

O jogador do AC Milan, Boateng: Boateng declarou que seus ídolos são Martin Luther King, Muhammed Ali e Nelson Mandela, ao destacar que são um exemplo não por serem negros, mas por terem lutado contra o racismo. (Claudio Villa/ Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2013 às 16h50.

O meia ganês Kevin-Prince Boateng, do Milan, que este ano foi vítima de racismo e deixou o campo durante um amistoso contra o Pro Patria, disputado em 3 de janeiro, afirmou nesta sexta-feira em entrevista à Fifa que quer deixar seu filho longe do preconceito racial.

Boateng comentou seus problemas com o racismo na adolescência, quando ainda vivia em Berlim.

"Sofri discriminação, apesar de Berlim receber e integrar tantas culturas e nacionalidades diferentes. Quando era jovem tentava ignorar porque não queria enfrentar todas as consequências. Agora que sou mais velho e pai, quero fazer tudo para que meu filho cresça sem ouvir a palavra racismo. Esse seria o mundo perfeito", disse.

Naquela dia 3 de janeiro, Boateng chutou uma bola nas arquibancadas e saiu de campo seguido por todos seus companheiros e pela comissão técnica do Milan. A ação chamou a atenção do mundo do futebol e da ONU.

Boateng participou do Dia Internacional pela Erradicação da Discriminação Racial, organizado pelas Nações Unidas e realizado em Genebra, onde fez um discurso confirmando que o racismo "continua sendo um problema" e que se não houver luta contra essa "praga", muitos "serão infectados" por uma das "doenças mais perigosas".

O atleta ganês afirmou que um dos passos para exorcizar o preconceito do futebol é "reconhecer que é um assunto extremamente complexo".

Boateng declarou que seus ídolos são Martin Luther King, Muhammed Ali e Nelson Mandela, ao destacar que são um exemplo não por serem negros, mas por terem lutado contra o racismo. O jogador também quer ser um exemplo para os mais jovens e disse que abandonar o campo ao ouvir as ofensas foi uma "reação emocional".

"O que eu senti é complicado de definir com palavras. Foi um misto de muitas emoções: tristeza, raiva e decepção. Não quero que ninguém se sinta assim jamais", concluiu.

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Boateng comentou seus problemas com o racismo na adolescência, quando ainda vivia em Berlim.

"Sofri discriminação, apesar de Berlim receber e integrar tantas culturas e nacionalidades diferentes. Quando era jovem tentava ignorar porque não queria enfrentar todas as consequências. Agora que sou mais velho e pai, quero fazer tudo para que meu filho cresça sem ouvir a palavra racismo. Esse seria o mundo perfeito", disse.

Naquela dia 3 de janeiro, Boateng chutou uma bola nas arquibancadas e saiu de campo seguido por todos seus companheiros e pela comissão técnica do Milan. A ação chamou a atenção do mundo do futebol e da ONU.

Boateng participou do Dia Internacional pela Erradicação da Discriminação Racial, organizado pelas Nações Unidas e realizado em Genebra, onde fez um discurso confirmando que o racismo "continua sendo um problema" e que se não houver luta contra essa "praga", muitos "serão infectados" por uma das "doenças mais perigosas".

O atleta ganês afirmou que um dos passos para exorcizar o preconceito do futebol é "reconhecer que é um assunto extremamente complexo".

Boateng declarou que seus ídolos são Martin Luther King, Muhammed Ali e Nelson Mandela, ao destacar que são um exemplo não por serem negros, mas por terem lutado contra o racismo. O jogador também quer ser um exemplo para os mais jovens e disse que abandonar o campo ao ouvir as ofensas foi uma "reação emocional".

"O que eu senti é complicado de definir com palavras. Foi um misto de muitas emoções: tristeza, raiva e decepção. Não quero que ninguém se sinta assim jamais", concluiu.

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