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Banda Atari Teenage Riot faz show em São Paulo

Em contato com hackers e cultura cibernética, banda canta contra espionagem da NSA

Atari Teenage Riot
DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 09h44.

Quando Edward Snowden revelou detalhes assustadores sobre esquemas de vigilância e espionagem mundial executados pela NSA (a norte-americana Agência de Segurança Nacional), Alec Empire, líder da banda alemã Atari Teenage Riot, não sabia se o sabor era doce ou azedo. A banda, que sempre se intitulou anarquista tecnológico, usava seu hardcore eletrônico para quebrar a euforia digital iniciada na década de 1990. Em contato com hackers e cultura cibernética, Empire diz que suspeitava de ações como aquelas expostas por Snowden. "Só não tinha ideia de até onde iria isso tudo", contou o músico.

O Atari Teenage Riot usa de crítica política como inspiração para todas as faixas. São punks do novo século, quase como agentes criados para tentar evitar que o futuro de Matrix, trilogia de filmes dos irmãos Wachowskis, se torne realidade.

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Prestes a se apresentar em São Paulo pela terceira vez, depois de shows em 1998 e 2012, Empire explica que o novo álbum do grupo formado ainda por Nic Endo, CX KiDTRONiK e Rowdy Superstar, foi impactado diretamente pelas revelações de espionagem. Diferentemente dos outros discos, cujas mensagens soavam mais sombrias, desta vez a ideia era "fazer com que as pessoas entendessem que era melhor se recompor e tentar entender o que aconteceu", explicou. Daí o nome de Reset, escolhido para o quarto álbum do grupo, lançado no ano passado.

São as canções deste trabalho que definirão a apresentação do ATR, como conta Empire, mas se existe alguma positividade nas mensagens da banda, não espere por um show mais mansinho. Conhecida por criarem pequenas revoluções a cada performance, a banda pretende incendiar o Cine Joia nesta quarta, 19, às 23h. "Sim, fazemos música eletrônica, mas nada é previsível num show nosso. Esse é o grande barato", contou Empire. "Nas últimas passagens pelo Brasil, as pessoas subiam no palco. Gosto de não saber o que vai acontecer, dessa imprevisibilidade, entende?".

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