William e Kate Middleton: dois locutores ligaram para o hospital fingindo ser a rainha Elizabeth II e o príncipe Charles para conseguir informações sobre a gravidez da duquesa (REUTERS/Andrew Winning)
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2012 às 07h16.
Última atualização em 6 de agosto de 2020 às 11h01.
Sydney - Os apresentadores da rádio australiana que participaram do trote telefônico a Kate Middleton em um hospital de Londres, o que poderia ter causado o suicídio de uma enfermeira, não serão processados judicialmente, informaram nesta sexta-feira as autoridades australianas.
O subcomissário da Polícia do estado de Nova Gales do Sul, Nick Kaldas, explicou que as autoridades britânicas chegaram a entrar em contato após o suicídio da enfermeira Jacinta Saldanha, mas, segundo ele, não queriam ouvir os locutores da emissora "2dayFM", Mel Greig e Michael Christian.
"Houve contatos iniciais após a morte de Jacinta Saldanha, mas não muitos desde então. Devido a passagem do tempo, achamos que é pouco provável que sejam apresentadas acusações judiciais aos apresentadores", declarou Kaldas à imprensa australiana.
A enfermeira Jacinta Saldanha, de 46 anos, se suicidou no último dia 7 de dezembro em sua residência em Londres, dias depois que os dois locutores ligaram ao hospital King Edward VII fingindo ser a rainha Elizabeth II e o príncipe Charles para conseguir informações sobre a gravidez da duquesa de Cambridge.
A chamada foi atendida por Saldanha, que transferiu a ligação para outra funcionária que estava no quarto de Kate, a mesma que detalhou o estado de saúde da duquesa.
Os locutores, que chegaram a ser ameaçados de morte por causa do trote, pediram desculpas publicas em meados de dezembro na TV australiana, enquanto a emissora de rádio anunciou uma doação de US$ 525 mil à família de Saldanha.
Autoridade Australiana das Comunicações e Meios de Comunicação (ACMA) anunciou que ainda averiguará o trote telefônico realizado pela emissora "2DayFM" em relação a uma possível violação dos requisitos de sua licença e das normativas vigentes para as rádios comerciais. No entanto, o órgão ainda não apresentou uma conclusão.