As dietas mais populares do mundo
Pesquisa indica quais são as dietas que grande parte da população acima do peso conhece e as que essas pessoas mais usam para emagrecer
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2013 às 18h18.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h27.
São Paulo – Em tempos de padrões estéticos cada vez mais exigentes, fazer dieta se tornou rotina para quem não abre mão da magreza. Diante disso, cada vez mais regimes pipocam por aí para ensinar às pessoas como emagrecer e alcançar o peso ideal. Uma pesquisa recente da editora Euromonitor International, que divulga informações sobre o mercado, mostrou que há algumas dietas que são conhecidas no mundo todo, mas não são necessariamente as mais populares e mais usadas pelas pessoas. A seguir, você confere quais são as que fazem mais sucesso e são mais adotadas.
A dieta dos Vigilantes do Peso pode até não ser a mais conhecida, de acordo com a pesquisa, mas é a mais popular entre as principais. O programa representou pouco menos de 40% das respostas ligadas à popularidade, enquanto, em termos de conhecimento do público, ela chegou a cerca de 50%, perdendo apenas para a dieta do Dr. Atkins. O método dos Vigilantes do Peso controla o emagrecimento pela contagem de pontos – não apenas de calorias, de acordo com uma tabela de alimentos. Quanto mais saudável é a comida, menos pontos ela vale, o que significa que a pessoa pode comê-la em maiores quantidades sem se preocupar. Além disso, há reuniões periódicas e acompanhamento para facilitar a mudança. Como não é baseada em grandes restrições, as chances de o programa dar certo é considerável.
Conhecida também como dieta da proteína, a dieta do Dr. Atkins é a mais bem conhecida pelas pessoas da pesquisa, superando 50% das respostas, mas está em segundo lugar no que diz respeito a popularidade, com quase 20%. A ideia principal do programa alimentar é priorizar os alimentos proteicos, de origem animal, e cortar de vez carboidratos. A dieta criada pelo médico americano Robert Atkins tem quatro fases, que, aos poucos, diminuem a restrição de carboidratos. Por ser muito restritiva, a chance de abandono do regime é considerável e é possível desenvolver problemas de saúde, como problemas renais, intestinais, de humor, sono e fraqueza, devido ao excesso de certos nutrientes e à falta de outros.
Criada pelo médico francês Pierre Dukan, nos anos 90, a dieta Dukan voltou à moda depois de a princesa Kate Middleton aderir ao programa. No levantamento, o regime ficou em terceiro lugar, com 15% de popularidade e pouco mais do que isso no quesito “conhecimento” do público. A dieta consiste em quatro fases. A duração das três primeiras depende da quantidade de quilos que a pessoa deseja perder. A primeira restringe o consumo a apenas alimentos ricos em proteínas, como carnes e laticínios. A segunda permite comer os mesmos pratos da anterior e de itens de uma nova lista de legumes. As duas fases seguintes não têm foco no emagrecimento, mas na manutenção do peso alcançado. A terceira inclui outras comidas à lista, como frutas, pão integral, queijo e outros carboidratos. E a última, que dura a vida inteira, permite o consumo de quaisquer alimentos, contanto que o indivíduo siga três regras: comer apenas proteínas em um dia da semana, caminhar 20 minutos todos os dias e consumir três colheres de sopa de farelo de aveia por dia.
A Dieta do Mediterrâneo ficou praticamente empatada com a Dukan, no critério popularidade, enquanto na avaliação sobre o conhecimento sobre ela, a porcentagem foi de pouco menos de 30%. Além de emagrecer, essa dieta pode fazer bem à saúde, prevenindo doenças como diabetes e câncer. Esse cardápio é rico em frutas, verduras, legumes, azeite de oliva, nozes, peixes, laticínios, grãos como lentilha e grão de bico, e vinho tinto. No entanto, comidas com gordura saturada, carne vermelha e açúcares em geral devem ser evitados, mas não necessariamente cortados da lista.
A polêmica Dieta Paleolítica (ou Paleo) apareceu em quinto lugar quanto à popularidade atual, com pouco mais de 10% das respostas, mas sua fama é um pouco maior, girando em torno de 15%. O princípio adotado pelo programa alimentar é comer apenas os itens que se pode caçar ou coletar, como se fazia no tempo das cavernas. Isso significa que alimentos que passaram a ser consumidos com o advento da agricultura, ao longo da história humana, devem ser cortados. Isso vale para grãos (arroz, feijões, aveia, trigo, cevada, milho), óleos de sementes, como soja, milho e canola, e alimentos industrializados. Estão liberadas comidas não processadas, vegetais orgânicos e carnes de animais criados no pasto.
Contrariando o que a maioria dos nutricionistas e médicos fala, a Dieta do Jejum (Fast Diet) aparece em sexto lugar, com uma adesão de quase 10% e um conhecimento do público em torno dos 15%. O plano alimentar semanal indica que a pessoa coma normalmente durante cinco dias e, nos dois seguintes, coma apenas 25% da quantidade de calorias ingeridas anteriormente. Apesar de haver chance de emagrecer com o programa, é provável sofrer com efeitos colaterais, como alteração no metabolismo, perda de massa muscular em vez de gordura e problemas de humor, dores de cabeça e fraqueza.
A Dieta Slim Fast, cujo nome remete a uma marca de shakes emagrecedores comercializados pela Unilever em diversos países, é uma das mais conhecidas (quase 40%), segundo a pesquisa, porém não tem tantos adeptos, já que sua popularidade registrou menos de 10%. A dieta tem base no controle de porções e calorias consumidas, somado à substituição de refeições por alimentos da companhia, como shakes, barrinhas, sopas e macarrão pensados para quem quer perder peso.
Com quase 20% de conhecimento do público e cerca de 5% de adeptos, a Dieta Jenny Craig possui três fases. A primeira é mais rígida, que admite apenas alimentos pré-embalados, com baixo teor de gordura, açúcar e sódio. A segunda permite a inserção gradual de alimentos comuns, de acordo com a quantidade de quilos perdidos até o momento, e ainda prevê o apoio por material escrito e consultorias para haver uma real mudança de hábitos alimentares. Por fim, na terceira e última fase, a pessoa deve buscar manter seu peso seguindo as orientações do plano para evitar recaídas.
A última dieta que teve um número mais expressivo de adeptos (cerca de 5%) e conhecedores (mais de 20%), de acordo com o levantamento, foi a de South Beach. Inicialmente criada para pacientes com problemas do coração, o médico americano Arthur Agatston, que criou o regime, percebeu que ele também é útil na perda de peso. Nesse programa, há três fases, sendo que na primeira (que dura duas semanas) quase todos os carboidratos devem ser evitados. Na segunda, alguns itens voltam ao cardápio até que o peso desejado seja alcançado, e, na última, a reeducação alimentar deve se manter para segurar o ponteiro da balança.