Trecho do filme Indiana Jones: doutor alega que o crânio foi roubado em Belize 88 anos atrás e que os produtores do longa não tinham o direito de usar sua cópia (Indiana Jones Official)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 19h19.
Los Angeles - Um arqueólogo de Belize está processando os produtores de um filme da série "Indiana Jones" por usar uma cópia da chamada Caveira de Cristal, que ele afirma ser um tesouro nacional roubado.
Segundo a revista Hollywood Reporter, o doutor Jaime Awe alega que o crânio foi roubado em Belize 88 anos atrás e que os produtores do longa não tinham o direito de usar sua cópia no filme "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", de 2008.
Em um processo apresentado em Illinois na semana passada, Awe pede a devolução da Caveira de Cristal a uma família caçadora de tesouros que supostamente a teria roubado, noticiou esta sexta-feira a revista, especializada na indústria cinematográfica.
Mas a ação legal também se dirige à Lucasfilm, a sua proprietária, Walt Disney Co., e à Paramount Pictures, que distribuiu o filme de Steven Spielberg, por supostamente usar uma réplica da caveira.
Diretor do Instituto de Arqueologia de Belize, Awe alega que a caveira foi encontrada pela filha de um aventureiro chamado F.A. Mitchell-Hedges debaixo de um altar desmoronado nas ruínas de um templo em Belize, e foi levada aos Estados Unidos em 1930.
Diz-se que a família ganhou dinheiro exibindo a caveira, que teria sido usada como modelo para o filme de Indiana Jones.
"A LucasFilm nunca procurou, nem recebeu permissão para utilizar a Caveira de Mitchell-Hedges ou sua cópia no filme", diz o processo, que teve uma cópia publicada na Hollywood Reporter.
"Até agora, Belize não obteve nenhum ganho resultante da venda do filme ou dos direitos relativos", acrescentou. O filme arrecadou cerca de US$ 786 milhões em todo o mundo.
A caveira é um dos quatro crânios de cristal roubados de Belize. Os outros estão em exibição em Londres, Paris e Washington.