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Após recurso, Djokovic poderá permanecer na Austrália até segunda-feira

Tenista teve visto cancelado por não comprovar vacinação contra a Covid-19

Djokovic: o adiamento do retorno para a Sérvia ocorre por conta de um recurso apresentado pelo advogado de Djokovic na Justiça australiana (Asanka Brendon Ratnayake/Reuters)
AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de janeiro de 2022 às 07h18.

Líder do ranking mundial de tênis , o sérvio Novak Djokovic poderá permanecer na Austrália até segunda-feira. O atleta seria deportado após ter o visto cancelado pelo governo do país nesta quarta-feira, já que não comprovou se foi imunizado contra a covid-19.

O adiamento do retorno para a Sérvia ocorre por conta de um recurso apresentado pelo advogado de Djokovic na Justiça australiana. Uma audiência sobre o caso foi marcada para o início da próxima semana e o promotor Christopher Tran confirmou para a imprensa local que o governo não pretende deportar o sérvio até esta data.

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A ida de Djokovic ao Australian Open era uma especulação, até o tenista confirmar presença no Grand Slam nesta semana, quando anunciou que conseguiu uma isenção da obrigatoriedade do comprovante de vacinação. Já no avião, soube de um problema referente ao visto, pois não teria preenchido o formulário correto para o tipo de passe solicitado. Apesar de o atleta não revelar se recebeu a vacina, ele e a família já deram declarações de que recusariam as doses.

Ele foi retido no aeroporto de Tullamarine, em Melbourne, na Austrália, ao aterrissar por volta das 23h30 (às 9h30 no Horário de Brasília) nesta quarta-feira e lá ficou por mais de seis horas, enquanto as autoridades discutiam o caso.

Apesar de o comitê do torneio autorizar exceções especiais, o governo do estado de Vitória, que irá sediar a competição, determinou que apenas atletas, funcionários, árbitros e torcedores completamente imunizados serão autorizados a ingressar no Melbourne Park.

Repercussão

Adversário de Djokovic , Rafael Nadal diz que lamenta a ausência do sérvio no Australian Open, mas defende que o atleta precisa arcar com a decisão que tomou sobre a vacinação.

— A única coisa clara para mim é que se você está vacinado, pode jogar na Austrália e em qualquer lugar. O mundo na minha opinião tem sofrido o suficiente para não seguir as regras. Ele tomou suas próprias decisões e todos são livres para tomar suas próprias decisões, mas há algumas consequências — ressaltou em um breve encontro com jornalistas nesta quinta.

Já o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, defendeu que o atleta barrado foi vítima de "assédio" e que "toda a Sérvia" o apoia.

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, nega que o cancelamento do visto tenha relação com "qualquer posição particular em relação à Sérvia", e descreveu o país como "um bom amigo da Austrália".

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