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Anticoncepcional masculino pode chegar ao mercado em 2017

A Parsemus Fondation anunciou que um polímero reversível não hormonal provou ser eficaz em um estudo com babuínos

Anticoncepcional: Parsemus Fondation planeja iniciar testes em humanos no próximo ano (iStockphoto)
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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 12h05.

São Paulo - Uma organização americana sem fins lucrativos, focada no desenvolvimento de abordagens médicas de baixo custo, criou um anticoncepcional masculino que pretende trazer ao mercado até 2017.

A Parsemus Fondation anunciou que um polímero reversível não hormonal - que bloqueia os canais deferentes - provou ser eficaz em um estudo com babuínos.

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O estudo injetou o chamado Vasalgel em três babuínos machos com acesso sexual irrestrito a 10 ou 15 fêmeas cada. Seis meses depois, nenhuma delas ficou grávida.

Com o sucesso do experimento animal e um novo financiamento da David e Lucile Packard Foundation, a Parsemus Fondation planeja iniciar testes em humanos no próximo ano.

O Vasalgel é, basicamente, uma releitura da tecnologia médica chamada RISUG (inibição reversível de esperma sob orientação, na sigla em inglês), que foi desenvolvida por um médico chamado Sujoy Guha há mais de 15 anos, na Índia, onde tem ficado em ensaios clínicos desde então.

Ao contrário da maioria dos métodos femininos de controle de natalidade, o Vasalgel não é hormonal e requer apenas um único tratamento, a fim de ser eficaz durante um período prolongado de tempo.

Ao invés de cortar os canais deferentes, como seria feito em um procedimento de vasectomia, o Vasalgel envolve a injeção de um contraceptivo polímero diretamente para esses canais.

Este polímero, então, bloqueará qualquer esperma que tente passar através do tubo. A qualquer momento, no entanto, o dispositivo pode ser retirado com outra injeção e o esperma volta à sua “velocidade normal”.

De acordo com a página de FAQ da Parsemus Fondation, eles esperam entrar no mercado em 2017, custando, em suas palavras, “menos do que uma televisão de tela plana”.

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