Acarajé e caruru são vetados por devotos de Santa Bárbara na Bahia
A tradicional distribuição dos alimentos no Pelourinho não vai acontecer esse ano para não causar aglomerações; só haverá missas fechadas
Matheus Doliveira
Publicado em 4 de dezembro de 2020 às 11h52.
Última atualização em 4 de dezembro de 2020 às 12h22.
A tradicional distribuição de acarajés e cururu -- cozido de quiabos ou cururus (planta) que costuma acompanhar o bolinho --- pelos devotos de Santa Bárbara, na Bahia , não acontecerá esse ano.
No estado, o calendário de festas religiosas celebradas há décadas começa nesta sexta-feira 4, mas devido à pandemia , as imensas posições darão lugar a missas em locais fechados e com público reduzido.
Tradicionalmente, são as baianas mais velhas quem distribuem os acarajés e o cururuem frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, centro histórico e patrimônio da humanidade pela Unesco.
Segundo aAssociação Nacional das Baianas de Acarajé, muitas das mulheres que distribuem o alimento são do grupo de risco da covid-19, um dos motivos do cancelamento da distribuição.
Além disso, a procissão que reúne católicos, candomblecistas e umbandistas para formar um imenso tapete vermelho de fiéis em homenagem à Santa Bárbara, padroeira dos bombeiros, foi suspensa.